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Publicado a: 27/10/2017

DJ Ride: “Ter a minha música na Saturate era um dos meus objectivos pessoais”

Publicado a: 27/10/2017

[FOTOS] Aidan Kless

DJ Ride acaba de lançar Noesis, o seu primeiro EP com o selo da Saturate Records, editora de Hamburgo, Alemanha, de que assume ser “fã desde as primeiras edições”. Com quatro faixas originais e cinco remisturas, o DJ e produtor português atira-se neste novo trabalho para terrenos mais pesados numa viagem curta mas recompensadora.

Depois de se estrear pela label com “Fuk It”, faixa que pertence a Bushwick, EP de Holly, o membro dos Beatbombers alcança o objectivo de lançar o seu próprio projecto pela Saturate. Nesta demanda, o artwork ficou a cargo de Thomas Wahle e os remixes são de yunis, Jimmy Pé, Gold Standard, DJ Pound e Psy Fi.

Numa troca de e-mails com DJ Ride, o Rimas e Batidas desvendou todos os pequenos passos que levaram a Noesis:

 


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Como é que surge a tua ligação com a Saturate Records?

Eu sou fã da Saturate Records desde as suas primeiras edições. Quando eu tinha as noites Rockit lembro-me de passar dezenas de músicas da Saturate. Nos dois Boiler Rooms em que participei, toquei muitas faixas desta label. Têm nomes muito fortes na cena bass internacional, desde o Zeke Beats, Mad Zach, heroBust, G Jones, Bleep Bloop, Pixelord, Crimes, Chee, etc.. Ter a minha música nesta plataforma era um dos meus objectivos pessoais. A minha ligação começou com uma collab que fiz para o EP do Holly. Mantive contacto com um dos bosses, fui enviando coisas e ele foi gostando. Participei na última compilação SATURATED Vol6 e depois surgiu o convite para um EP.

Conta-me mais sobre a concepção deste EP. Isto é tudo material criado em 2017 ou temos aqui faixas que sobraram de sessões mais antigas?

Fui agora confirmar isso na data dos ficheiros! É tudo de 2017, menos a faixa “F#$k Up The P”, que comecei no final de 2016. Este foi provavelmente o ano em que fiz mais beats e pus de parte os mais heavy para labels como a Saturate. Como fã da editora, sei que há um tipo de sonoridade que eles procuram e fui moldando alguns dos meus beats para ir de encontro a essa visão.

Como é que funcionou a escolha dos produtores para as remisturas? Foste tu que seleccionaste?

A escolha foi mais consoante a disponibilidade de cada um. Tínhamos uma agenda apertada, mas alguns dos nomes fui eu que escolhi a partir do roster da editora. Por exemplo, o Yunis e o DJ Pound são dois beatmakers muito fortes.

Mais um ano em grande com novo álbum de Beatbombers e muitos festivais major na agenda. O que é que falta fazer? A tua lista começa a ficar curta, certamente…

Sim, foi um bom ano, mesmo. Termos ganho outro título mundial ajudou imenso, mas eu, definitivamente, não vivo agarrado ao passado. Sinto sempre que ainda está tudo (ou quase tudo) por fazer. Há sempre qualquer coisa que posso melhorar, tenho sempre novas ideias a fervilhar, tanta coisa que ainda quero fazer. Por exemplo, gostava imenso de voltar aos campeonatos, mas desta vez a solo. O último que entrei foi em 2015 e consegui ir à final do Red Bull 3style no Japão. Tenho andado a trabalhar em novos sets de scratch. Quero continuar a produzir livremente como tenho feito. Vários estilos para diferentes contextos. Tenho sempre uma lista no estúdio de coisas para trabalhar, objectivos, e acredita que é enorme (risos).

Lançaste o teu último álbum a solo em 2015. Estás a trabalhar num novo ou a tua cabeça está noutro lado neste momento?

Está definitivamente noutro(s) lado(s). Posso adiantar que estou envolvido em álbuns de outras pessoas, mas num meu não me vejo tão cedo a fazer outro. Uma das razões é porque já editei cinco e é um formato que deixou de me entusiasmar. Neste momento, o meu grande foco é continuar a produzir música que eu possa passar nos meus sets. Passo cada vez mais música minha nas minhas actuações que é algo que me deixa mesmo muito contente. Tenho muitos temas para lançar e claro, colaborações e alguns projectos que para já não posso falar para 2018 por isso nos próximos tempos vou continuar a dividir o meu tempo entre o estúdio e as actuações.

 


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