Esta quinta-feira, dia 3 de Dezembro, pelas 19 horas, Rui Miguel Abreu volta a “sentar-se” nas páginas de Instagram e YouTube da Fnac para falar com figuras da música portuguesa sobre o presente e futuro da arte e da profissão.
A sessão de amanhã acontece com Adolfo Luxúria Canibal, vocalista dos históricos Mão Morta, banda que lançou o seu mais recente trabalho, No Fim Era o Frio, em 2019. No Bandcamp, o frontman descreve o disco da seguinte forma:
“Este álbum apresenta-se como uma narrativa distópica onde conceitos como aquecimento global ou subida das águas do mar servem de cenário para um questionar e decompor de diferentes paradigmas do quotidiano.
São paradigmas que nos rodeiam e com os quais nos relacionamos e replicamos, desviados para um enquadramento onde a familiaridade ganha a estranheza que permite a sua percepção.
Mas uma percepção demencial, num horizonte ficcional que nunca sabemos se é real ou delirante e onde as composições criadas dão novas vidas e leituras ao frio cosmológico e à solidão humana, aqui ecos de uma mesma inadaptação existencial e vazio afectivo.
Ao vivo, os Mão Morta recriam a distopia, dando espaço para o palco funcionar como terreiro dessa demanda de calor humano, sem outro programa para além do mantra hipnótico tecido pela música.”
Este mês, a agenda de E Agora? completa-se com DJ Ride (no dia 10) e Dino D’Santiago (no dia 17), dois artistas com lançamentos que marcaram a discografia nacional de 2020: o primeiro lançou Beat Tape, Vol.1 e Lightspeed, o segundo apresentou KRIOLA, registo com participações de Julinho KSD e Vado Más Ki Ás.