No início deste mês, a CAIS anunciava que a sua nova edição teria Dillaz na posição de director convidado. “Tu ‘vais-me’ ver na revista”, cantava em “1100 Cegonhas“, tema lançado em Junho de 2018, num acto premonitório para o que aconteceria em Setembro de 2021.
Pouco dado a entrevistas (contam-se pelos dedos das mãos as que encontramos quando pesquisamos “Dillaz entrevista” no Google), o artista (“nascido no Zambujeiro, desenvolvido na Madorna”) tomou assim conta da publicação criada pela associação portuguesa, um “instrumento de capacitação para a participação de pessoas em situação ou em risco de carência económica e social”. Lá dentro poderão encontrar um editorial de André Neto, e este é o único excerto disso que se encontra no digital: “Ensaiávamos para o ano que todos faziam prever ser espetacular. Não poderíamos imaginar que os primeiros rumores acerca de uma pandemia, se poderiam instalar, de forma tão permanente e marcante, nas nossas vidas.”
Para além do texto assinado pelo próprio, há ainda uma abordagem à questão da legalização da canábis em Portugal, à importância da União Audiovisual ou um relato na primeira pessoa de Henrique Carvalhal, guitarrista da banda de Dillaz e músico que tem deixado a sua marca em temas de Lhast, Harold ou Wet Bed Gang. Sabemos, também, que o MC deixou uma recomendação de um filme: À Espera de um Milagre (1999).
O autor de Reflexo anda desde Março de 2020 a antecipar o álbum que vai suceder a esse registo de 2016: “Conto”, “Galileu” e “Juvena” foram os singles lançados desde então.