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Emicida, Rael, Valete e Capicua juntaram-se para criar Língua Franca, projecto que une o Brasil e Portugal para celebrar ao património comum do português. O álbum de estreia chega na próxima sexta-feira, mas, a partir de hoje, podem descobrir, no metro de Lisboa e Porto, o universo musical criado pelo quarteto com a ajuda de produtores como Nave, Kassin e Fred Ferreira através de mupis com QR Codes que podem ser lidos com smartphones e que dão acesso a diferentes temas do trabalho de estreia do colectivo que integra o cartaz da edição deste ano do super Bock Super Rock.
Para antecipar o projecto, Caetano Veloso, um dos maiores nomes da música brasileira, escreveu sobre Língua Franca. Podem ler um excerto do seu incrivelmente elogioso texto em baixo:
“Eles trocam mutações de palavras da língua inglesa (e de nomes de pioneiros anglófonos) ocorridas na gestação do hip-hop no Brasil e em Portugal, misturam-nos com os mitos africanos, afro-baianos, afro-brasileiros, afro-lisboetas, trazem tudo para dentro dos coloquialismos de suas quebradas transatlânticas e enriquecem a nossa vida. Dão-nos esperança. Criam esperança. São os génios invisíveis que se fazem ver. Falam aos amigos. Cantam a deusa do ébano. Guerreiam o ego. Abrem trilhas futuras. É disso que todos precisamos. Porque, como escreveu Bernardo Soares, que é um dos nomes de Fernando Pessoa: ‘Minha pátria é a língua portuguesa’.”
Enquanto não chega o disco, fiquem com “Ela” e “A Chapa é Quente”:
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