Yago Oproprio tem viagem marcada para Portugal com três concertos, os primeiros em solo nacional, na calha para Outubro: Salão Brazil (Coimbra, dia 25), Musicbox (Lisboa, dia 27) e Hard Club (Porto, dia 28) são os espaços por onde o rapper brasileiro vai passar. Os bilhetes para cada uma das datas custam 15 euros.
Nascido num bairro da Zona Leste de São Paulo, a exposição a outras culturas faz parte da vida de Yago Carvalho desde cedo, tendo vivido um largo período em Caracas, na Venezuela, com a sua mãe. As suas influências são, por isso, amplas — começam em Sabotage, Racionais MC’s ou Chico Buarque e estendem-se a artistas de outras zonas e expressões da América Latina, como Calle 13, Orishas ou Don Omar.
Com pouco mais de três anos de carreira, também o sucesso lhe bateu precocemente à porta mal começou a lançar os primeiros singles. Alicerçados num rap que nos oferece um ponto-de-vista daquilo que são as vivências nas periferias de duas grandes e distintas cidades, tem em temas como “Rajada”, “Comunista Elegante“, “Amor Incendiário” e “Nômade IV” os seus maiores sucessos até à data, embora estes possam ser destronados muito em breve, já que foi no passado dia 3 de Março que editou o seu aguardado primeiro disco, O Inquilino, um curta-duração que alberga cinco novas músicas.
Produzido por Patrício Sid, o EP traz-nos “reflexões e histórias de Yago ou pessoas ao seu redor, como lapsos de memória, relacionamentos afetivos e situações tóxicas da vida em geral,” conforme nota um comunicado enviado ao Rimas e Batidas. Ainda sobre o projecto que o vai conduzir às primeiras apresentações ao vivo no nosso país, é o próprio rapper quem se alonga nos comentários:
“Fiz questão que o EP tivesse um conceito bem definido e a ideia é essa mesma, contida na faixa-título, é um convite para a pessoa chegar; abro a minha casa para o ouvinte, o que é sempre um exercício de troca, eu abro espaço para o ouvinte e ele também para me escutar. Para mim fazer música é algo muito doloroso, tenho muita dificuldade ao mesmo tempo em que percebo ser a única forma de me expressar, são impulsos, desabafos que surgem e a partir deles vou lapidando. O Inquilino é um refúgio para Yago e também para o ouvinte, que ele possa mergulhar em outros mundo enquanto vive sua vida.”