Menos de dois meses após lançar a doce e luminosa “deixa-me em paz”, que mereceu uma entrevista no Rimas e Batidas a escrutinar o tema e os passos que se seguem, Herlander acaba de revelar um novo single. “vertigens” é, ao contrário da antecessora, uma canção mais nocturna e obscura, “não necessariamente triste ou perturbada”, mas “sem medo do escuro” porque o artista afirma ter a consciência de que é ele o portador da luz.
“É uma manifestação. Sou eu a bater o meu pé, a não ter medo de alienação e a dizer que eu não preciso da validação de quem não ma quer dar, e que eu estou a caminho de onde quero chegar, independentemente do caminho ser mais longo ou não”, explica o cantor e produtor num comunicado enviado à redacção do Rimas e Batidas.
“Não tenho muito a perder e, se perco, não me pertence. O meu trabalho é ser criativo, não criticar a minha criatividade. E eu sei que sou necessário sem qualquer sacrifício artístico. Vou vomitar e manchar todo o meu ser nestas músicas e falar com os que querem esse diálogo. Sou eu a atirar-me de cabeça, de bem alto, e a não querer saber se me vou partir todo no fim ou se vou levitar. Não procuro ser aceite, pedir autorização, nem pedir por um lugar à mesa. O lugar está lá sempre, porque eu trago o meu próprio assento”, acrescenta o artista que recentemente assinou com a Sony Music Portugal, que enfrenta os padrões e as convenções para abraçar a aceitação própria.
“Era sempre motivado a ser mais pequeno, a querer menos ou a tomar menos riscos, a diluir-me na multidão para receber aceitação. Mas para mim sempre foi óbvio que aceitação de algo a que me tinha de render não é aceitação”, conclui Herlander.
O artista apresenta-se esta sexta-feira, 11 de Julho, no Palco Coreto do NOS Alive, no Passeio Marítimo de Algés, a partir das 00h25. Será a estreia ao vivo de “vertigens”, no dia em que apresenta a canção ao mundo.