Depois de no ano passado ter acontecido em formato reduzido no Terreiro do Paço, o Iminente volta a organizar uma edição em modo takeover, mas desta vez nos jardins do Museu de Lisboa – Palácio Pimenta, no Campo Grande. Reservem na agenda o fim-de-semana de 12 e 13 de Outubro. Tal como em 2023, a entrada será gratuita.
Entre árvores, plantas e pavões, a música, a performance e as artes visuais serão as protagonistas durante estes dois dias. No cartaz estão nomes como os Dealema, Tristany Mundu (que alegadamente irá levantar o véu do seu próximo álbum), Silly, DJ Marfox com Deejay Rifox e Deejay Veiga, Afrokillerz, Hetta, EVAWAVE, Cíntia, Puçanga, Shaka Lion, Violeta Azevedo, Suzana Francês, Sam The Kid e DJ Big, Isabel Costa e Polido, Kenny Caetano e George Silver.
Está também garantida uma sessão musical com curadoria da associação Chelas é o Sítio e as apresentações do projecto Bairros, com mediação de Maze, DJ Marfox e Inês Oliveira.
Há dois destaques internacionais: um concerto dos OMA, a banda que acompanha Isaiah Rashad ao vivo e que toca nas festas de Bruno Mars no Bellagio, que é conhecida pelas versões de clássicos de hip hop; e o DJ britânico Yung Singh, conhecido por fundir sonoridades como grime, jungle ou UK garage com as suas raízes punjabi.
Tal como no ano passado, vão existir espectáculos que cruzam música, artes visuais e performativas, desta vez com um colectivo formado por Piny, Lila Tiago e Vês Três, o trio das artistas Ana Malta | NUMPÁRA, Madalena Pequito e Maria de Brito Matias.
Em relação às artes visuais e instalações, haverá peças dos Unidigrazz, Sepher AWK, João Fortuna, Atelier JQTS, Robert Panda, Kiam, Maotik, Sara Sadik, Lauren Moffatt e showcooking da iniciativa Cozinha Verde. Não percam também as intervenções feitas pelos colectivos inéditos formados por ±MaisMenos±, Xullaji e Gaya de Medeiros; e Carlota Lagido, Carín Geada, Batida e Shahd Wadi.
A programação inclui ainda performances de breaking e krump e dois momentos de pensamento e discussão, co-organizados em parceria com o jornal Mensagem de Lisboa, com os assuntos “Processos e temas do projecto Residências Iminente” e “Potencial das artes digitais na participação”.
É essa a grande palavra-chave e o mote deste ano: participação. “É o tema mas também a forma do festival este ano”, explicou Margarida Mata, uma das pessoas responsáveis pela curadoria do Iminente, na apresentação do evento que decorreu esta terça-feira, 24 de Setembro.
“Começa logo com a lógica como programámos. Não existe a figura do programador, é uma programação multicéfala, entre mim, a Pauline Foessel, o António Brito Guterres, o Alexandre Farto e o Shaka Lion, mas com outras interferências. O programa do Iminente não tem um dono, é também ele participativo na forma como se constrói.”
Da sua perspectiva, o Museu de Lisboa “permite apresentações mais intimistas, de maior proximidade”. O relvado vai acolher os dois palcos — o Museu e o Estufa — que vão ter música de forma intercalada. As instalações e as artes visuais estarão espalhadas pelo jardim. Graças aos diferentes projectos integrados no Iminente que fomentam a criação, esta edição inclui um “programa absolutamente inédito e irrepetível”. “Não é possível ver este programa noutro sítio.”