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Publicado a: 05/12/2017

David Byrne anunciado para o EDP Cool Jazz de 2018

Publicado a: 05/12/2017

[FOTO] Direitos Reservados

David Byrne acaba de ser anunciado para o cartaz da edição 2018 do festival EDP Cool Jazz. O músico tocará no Parque dos Poetas a 11 de julho juntando-se assim a Gregory Porter no cartaz do festival que conta com eventos em vários espaços do Concelho de Oeiras.

O músico tem vindo a anunciar várias datas no verão festivaleiro europeu do próximo ano e esta actividade poderá indicar que há um novo trabalho a caminho, o que representaria a primeira novidade discográfica na sua carreira desde 2012, ano em que lançou Love This Giant, álbum colaborativo com St. Vincent. Na última década, esse registo colaborativo tem, aliás sido o favorito do ex-Talking Heads que se envolveu em projectos com artistas como Caetano Veloso, Fatboy Slim ou Brian Eno.

O músico tem sido também um activo pensador: lançou os livros How Music Works em 2013 e Bicycle Diaries em 2010, dois importantes documentos para entender o seu sério pensamento sobre os rumos contemporâneos da música. Byrne, que mantém uma newsletter regular, faz um programa de rádio e é muitas vezes chamado a assinar artigos em publicações de referência – como o The Guardian, por exemplo, o Creative Time ou até a Wired – fez carreira nos Talking Heads, grupo que se estabeleceu em Nova Iorque e se estreou em 1977 e lançou oito extraordinários álbuns, o último dos quais, Naked, em 1988. Nesses trabalhos, Byrne conduziu o grupo por uma particular fusão de punk e new wave com funk, músicas do mundo e uma visão muito personalizada da América, em álbuns que são hoje vistos como clássicos absolutos – como Fear of Music ou Remain in Light – e como influências decisivas em bandas como os LCD Soundsystem ou Vampire Weekend, para nomear apenas um par de exemplos.

Ainda durante a carreira dos Talking Heads, David Byrne lançou-se em nome próprio, primeiro com a pioneira e ainda hoje altamente referenciada obra realizada a meias com Brian Eno, My Life in The Bush of Ghosts, um dos primeiros registos com uso abundante de sampling e uma influência decisiva para o hip hop, e depois, a partir de 1989, com Rei Momo. Na sua discografia a solo, Byrne explorou ligações à música do Brasil, de Cuba, ao funk e aos modos latinos. Byrne foi ainda fundador da importante editora Luaka Bop, casa de importantes antologias dedicadas a mestres como o brasileiro Tim Maia ou o nigeriano William Onyeabor e que é também a casa americana de Floating Points.

 


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