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David Bowie, noticia a imprensa mundial, faleceu aos 69 anos após uma luta de 18 meses contra o cancro. A notícia já foi confirmada por Duncan Jones, o seu filho. A família pede respeito pela sua privacidade nesta hora difícil.
O músico britânico tinha acabado de lançar Blackstar na última sexta-feira, dia do seu 69º aniversário. O disco surgiu cerca de três anos depois de The Next Day, trabalho que marcou o regresso do cantor ao activo após uma década de silêncio.
A obra de David Bowie foi marcante para a música popular e reflectiu ou antecipou muitos dos seus avanços com o cantor a merecer o título de pioneiro em muitas áreas, incluindo a electrónica. Trabalhou de perto com Brian Eno em meados dos anos 70, aproximou-se da cena experimental alemã com o seu famoso “retiro” berlinense que se traduziu numa das mais decisivas trilogias da música popular: os álbuns Heroes, Low e Lodger. Na década de 80, Bowie afirmou-se como uma estrela de escala planetária, foi um dos ícones consagrados pela era dourada da MTV e dos videoclips e, nos anos 90, embrenhou-se ainda mais nos domínios da electrónica tendo em trabalhos como Earthling experimentado até com o drum ‘n’ bass. Mas terá sido sobretudo a sua atitude exploratória face à música, a sua capacidade de reinvenção que mais marcou músicos de todos os quadrantes que sabem que a procura é essencial para o acto de criação.
David Bowie faleceu ontem, dia 10 de Janeiro, e deixa atrás de si uma longa obra, com 26 álbuns de originais, muitas gravações ao vivo e participações variadas no mundo do cinema.
https://www.youtube.com/watch?v=Tgcc5V9Hu3g
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