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Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 07/08/2020

À descoberta das recentes edições da Habibi Funk.

Das arábias com amor (e solidariedade)

Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 07/08/2020

Num Verão quente e atípico como o que este ano se vive, nada melhor que a música para nos transportar para outros mundos virtualmente inacessíveis, e que agora se apresentam tão longínquos e distantes como outrora foram, antes da exponencial e, pensávamos nó, permanente globalização que nos uniu e aproximou. Afinal, tal como no arquétipo simbolizado por Adão, o fruto proibido é sempre o mais apetecido, e uma sensação de saudosismo pelas viagens por outros países e culturas começa a apoderar-se de nós nesta época estival. 

Se vivemos numa era de transição em que muitas nações abdicaram apaticamente (ficando a dúvida se intencional e conscientemente) das suas mais básicas liberdades democráticas e individuais, ainda não foi desta que pelo menos a maioria abdicou da sua liberdade intelectual: todavia é-nos permitido fechar os olhos e viajar para outros mundos e universos, pensar livremente e sem restrições, imaginar sem medos e formatações. Ora, a monotonia e isolamento associados ao confinamento e distanciamento social, a impossibilidade de viajar para o estrangeiro, e o adiar indefinido de planos, são factores que podem ter como consequência estados absurdos caracterizados pela falta de estímulos e criatividade. Deste modo, porque não recorrermos a uma bengala que facilite esse processo tão essencial de descoberta que é a viagem? Para este efeito, nada melhor que viajar com a música — qual wormhole que nos transporta através espaço e no tempo –, embarcando numas férias bem low cost mas igualmente prazerosas e enriquecedoras.

Neste artigo propõe-se uma viagem ao mundo árabe, passando a pente fino os últimos lançamentos da Habibi Funk, editora com curadoria do DJ alemão Jannis Stürtz que conta já com 14 lançamentos que contemplam uma ecléctica selecção que funde rock, funk, folk, jazz e world music. Todos os discos são cantados em árabe (à excepção da mais recente compilação, que contém alguns temas em inglês), língua de uma extrema e fascinante riqueza fonética que confere, de algum modo, um certo romantismo exótico aos registos. Assim, e porque conhecer o mundo é conhecermo-nos a nós próprios, aconselhamos a que apertem os cintos para iniciarmos esta viagem que terá várias paragens, tão excitantes como inusitadas, por vários lugares do mundo árabe: do jazz sudanês ao reggae líbio, do folk rock libanês à fusão da música dos gnaoua com o funk blues psicadélico, apresentamos cinco discos que tornarão este Verão mais tolerável.



[Vários Artistas] Habibi Funk 0014: Solidarity with Beirut

É em momentos como este que percebemos que a música tem um papel que transcende o seu intrínseco valor cultural e de entretenimento. É impossível ficar indiferente à tragédia que actualmente se vive em Beirute, resultado de uma colossal explosão que, implacavelmente, ceifou a vida a centenas de pessoas e feriu milhares, destruindo parte de uma cidade já de si afectada por inúmeros problemas económicos e sociais. Impressionantes imagens do acontecimento têm assombrado os meios de comunicação social de todo o mundo: o cogumelo formado durante a abismal libertação de energia trouxe-nos à memória sombrias recordações de uma outra explosão, essa nuclear e bem mais mortífera, que ocorreu em Hiroshima, 75 anos e 2 dias antes da tragédia de Beirute. Assim, sentido-se no dever e obrigação de retribuir todo o património musical que já recebeu proveniente da capital do Líbano, a Habibi Funk demonstrou neste lançamento a sua solidariedade para com Beirute através da edição de uma compilação de artistas locais e da qual todos os lucros da sua venda revertem para a Cruz Vermelha Libanesa.

Musicalmente falando, esta compilação é uma interessante montra da cena musical dos anos 70 e 80 da capital libanesa, com estéticas sonoras que vão desde o folk rock à música disco. Entre os artistas contemplados encontra-se Rogér Fakhr, que contribuiu com dois temas, “Lady Rain” e “Sometimes You Feel Bad”, músicas folk imersas numa atmosfera com laivos de Neil Young e Townes Van Zandt. Já do grupo Ferkat Al Ard — fundado por Issam Hajali, Toufic Farroukh (que também contribui com “Villes invisibles” para esta compilação com uma canção repleta de esperança e escalas orientais) e Elie Saba — é incluído o tema “Nia’am”, uma bela música onde se sente uma leve brisa de bossa nova mesclada com o característico folk psicadélico de Issam.

“Heik ha Nishtghil?“ — uma faixa de Munir Khauli gravada durante os anos 80 — expõe os problemas sociais e económicos de Beirute, não podendo ser perspicazmente mais actual: “Jobs are scarce, some folks clothed, some barefoot, the dollar rate is rising […] Bombs and explosions, booze and drugs, poverty and downtroddenness/ What a situation.“. “Stand up”, dos Force, é uma música com claras semelhanças à “Message in the Bottle” dos The Police, e que, num contexto de guerra civil, incita os libaneses – tal como o fez Bob Marley — a lutarem pelos seus direitos (“Stand up for your rights”). Por fim, para terminar a compilação, temos “Someday”, uma canção de Abboud Saadi, que também é membros dos Force, facto que poderá ajudar a explicar a semelhante estética musical entre este tema e o anterior.

A selecção musical deste Solidarity With Beirut é excelente e a causa a ele associada ainda mais merecedora da nossa atenção — não há escusas para não se estar consciente da situação e se ser solidário.



[Sharhabil Ahmed] Habibi Funk 0013: The King of Sudanese Jazz

O Sudão é um daqueles territórios de complexas relações políticas, marcado por décadas de guerra civil que culminaram no surgimento de um novo país em pleno século XXI. Porém, apesar de toda a instabilidade social, uma das regiões com mais etnias do mundo não poderia deixar de carregar aos ombros uma riquíssima herança musical que bebe em grande parte da tradição musical árabe e da África subsariana. Especificamente, o maior género musical no Sudão contemporâneo é o haqibah, uma evolução do madeeh (canções islâmicas em jeito de vassalagem a Alá e Maomé), e que, tal como descrita por Sherbail Ahmed, é “[…] música vocal tradicional com pouco acompanhamento além de uma pandeireta [o riq].”. Ficou por referir que os acapellas podem também ser acompanhados por instrumentos tonais, como o piano ou o qanun (espécie de cítara). 

Os anos 60 não foram tempos de profunda ruptura apenas na paisagem sónica ocidental. Também lá ao longe, no Darfur, se acompanhou — idiossincraticamente, pois claro! — a evolução das sonoridades mundiais. É neste contexto de mudança que surge Sharhabil Ahmed, músico sudanês que se propôs a modernizar a música da sua região através da incorporação de influências e instrumentos ocidentais. Para enquadrarmos melhor a situação, nada melhor que o fazer através de palavras proferidas pelo próprio: “Quando a nossa geração chegou na década de 1960, viemos com um estilo novo. Foi uma altura de revolução mundial na música. Na Europa, os ritmos do swing e do tango estavam a ser substituídos pelo jazz, samba, rock and roll. Também fomos influenciados por esse rejuvenescimento no Sudão.”

Em termos sónicos, fica, desde já, o aviso de que a ideia que os sudaneses tinham do jazz não se assemelha, de todo, ao cânone jazzístico ocidental. A música deste The King of Sudanese Jazz pode ser descrita como uma singular combinação de música congolesa, rockabilly, surf rock e funk, onde as escalas pentatónicas se mesclam com harmonias da África Oriental. O pináculo do disco é logo o primeiro tema, “Argos Fish”, que nos remete para o distante universo de garage rock psicadélico do Psychotic Reaction dos Count Five. Os restantes seis temas são igualmente notáveis: a guitarra eléctrica a falar uma espécie de blues africano; o saxofone a substituir a tradicional harmónica; e a suave voz de Sharhabil que constantemente nos transporta para as áridas terras sudanesas — uma autêntica delícia!

Por fim, de referir que o título do disco, The King of Sudanese Jazz, não é uma romântica escolha de génese promocional; pelo contrário, representa com exactidão a realidade do estatuto de Sharhabil no Sudão, onde era, com todo o mérito e direito, o rei do género. E não, não estamos perante um caso de desenvergonhada auto-denominação que fez com que tal epíteto lhe fosse concedido: Sharhabil foi, efectivamente, o vencedor de um concurso que o consagrou como “O Rei do Jazz Sudanês”.



[Ahmed Ben Ali] Habibi Funk 0012: Subhana

Já tivemos “jazz” do Sudão e agora, porque não, reggae da Líbia? Pois é, essa é exactamente a proposta da Habibi Funk neste Subhana, um disco do produtor líbio Ahmed Ben Ali. E se milhares de quilómetros separam a Líbia das Caraíbas, Ben Ali astutamente esclarece a ligação musical que existe entre os dois países: “O ritmo folclórico líbio é muito parecido com o ritmo do reggae. Se os líbios ouvirem reggae é-lhes fácil perceber [a música] porque lhes soa familiar. Esta é a principal razão pela qual o reggae é tão popular aqui [na Líbia]. […] Nós tocamos o reggae à moda da Líbia, que não é igual ao da Jamaica. Nós adicionamos-lhe as nossas notas orientais e dessa mistura nasce algo espectacular”. Esta é a beleza do mundo: encontram-se pontes onde menos se espera — tudo está ligado, certamente. Até mesmo a passagem de Ahmed pelo Reino Unido — onde sabemos que viveu e tocou com vários grupos — poderá explicar esta sua ligação aos ritmos jamaicanos: são conhecidas as íntimas ligações que a ilha britânica tem à música caribenha e sabe-se que estas são resultado de uma influência que começou em 1948 com a geração Windrush – simbolicamente marcada pela chegada de 492 caribenhos ao porto de Tilbury –, acontecimento que viria a alterar profunda e permanentemente a paisagem não só social, mas também musical do Reino Unido: veja-se o reggae,os sound systems de dub, o drum and bass, o jungle, o grime, e os músicos de jazz — tudo expressões da imensurável contribuição desta geração para a cena musical britânica.

Regressando ao reggae libanês de Ahmed Ben Ali, Subhana é composto por quatro temas: são eles “Subhana” e “Damek Majeb” no lado A, e os respectivos instrumentais no lado B. Como não poderia deixar de ser, a história destas músicas está longe de ser linear, certamente não obedecendo aos métodos de produção mais tradicionais (foram ambas gravados no estúdio caseiro de Ben Ali), tendo mesmo um lado caricato a si associado: em 2008, um amigo de Ahmed criou-lhe uma conta de YouTube na qual fez o upload de duas das suas músicas; mais tarde, esse amigo devolveu a conta a Ahmed que acabou por dar upload a mais dois temas; posteriormente, Ahmed esqueceu-se da password da conta, perdendo todo o acesso a esta; ora, a conta permaneceu inalterada durante 11 anos, sendo que duas das músicas que nela se encontravam ganharam algum reconhecimento e que foram — surpresa! surpresa! — os dois temas que constituem o núcleo deste lançamento.

Para carregar play e ouvir os sincopados ritmos de Ahmed Ben Ali numa dessas praias portuguesas que se estendem ao longo do litoral deste pequeno pedaço de terra generosamente rejeitado pelo oceano. Deitados na fina areia com uma cerveja na mão, olharíamos para a massa de água que nos uniria à Líbia: dobraríamos o cabo de São Vicente, cruzaríamos o estreito de Gibraltar perfurando o Mediterrâneo, marearíamos ao longo da costa argelina e tunisina até atravessar um outro estreito, desta feita o de Sicília, para no final seguirmos para oriente e atracarmos em Bengasi, cidade plantada ao largo do Golfo de Sidra, berço de Ahmed Ben Ali e, já agora, deste Subhana.



[Attarazat Addahabia & Faradjallah] Habibi Funk 011: Al Hadaoui

Os territórios magrebinos de Marrocos são as terras dos gnaoua, um grupo étnico descendente de escravos negros de origem subsariana que é detentor de um património musical de riqueza imensurável e fascinante. A música dos gnaoua é de carácter religioso, tocada em comunidade como forma de oração e purificação, normalmente em cerimónias que duram várias horas e que têm como objectivo atingir estados de transe. Os gnaoua tocam também vários instrumentos típicos, como os qraqeb (castanholas de metal), o guembri ou sintir (a “guitarra” baixo dos gnaoua, com três cordas) e o tbel (tambor). A história da música ocidental mescla-se com a música dos gnaoua através de Abdelakabir Faradjallah (fervoroso adepto? Oportunista não é, claro…), promotor desta cultura que se propôs a reinventá-la, essencialmente substituindo o guemberi por uma guitarra eléctrica que o seu cunhado havia comprado França. Fê-lo juntamente com os Attarazat Addahabia, banda formada, em 1968, por 14 membros — espantem-se! — da mesma família. O álbum de aqui falamos, Al Hadaoui, foi gravado nos estúdios da editora Boussiphone, em 1972, nunca tendo sido lançado por razões ainda desconhecidas.

Faradjallah, ao doar electrões a uma tradição musical até então acústica, alargou as suas possibilidades sónicas, exploradas neste Al Hadaoui através de uma roupagem funky cheia de psicadelismo. É, porém, interessante mencionar que várias características centrais à música dos gnaoua foram integralmente conservadas na música dos Attarazat Addahabia & Faradjallah: os versos repetidos até à exaustão; o diálogo estruturado numa matriz de “pergunta-resposta”, onde um coro (feminino, neste caso, mais tradicional de géneros musicais a sul de Marrocos) responde à voz principal (a de Faradjallah); as várias camadas percussivas, amiúde polirrítmicas, e que são um claro vestígio das profundas origens subsarianas desta música — evidentemente, o conteúdo é o mesmo, só a forma mudou!

Al Hadaoui é, deste modo, uma bela e recomendada incursão pela música berbere alternativa, que aqui é explorada ao longo de sete coloridos temas repletos de uma mistura única de música dos gnaoua, blues, funk e psicadelismo. Vale a pena ouvir, reouvir, e conhecer a história, pois Al Hadaoui é um disco irresistível e essencial. Uma menção especial ao tema “Afiana”, uma curiosa reimaginação da “Für Elise” de Beethoven através da peculiar linguagem musical do grupo. 



[Issam Hajali] Habibi Funk 010: Mouasalat Ila Jacad El Ard

Mouasalat Ila Jacad El Ard éuma interessante obra de folk rock libanês envolta numa história repleta de peripécias, tão complexas e mirabolantes como a própria vida: guerra, exílios políticos, dificuldades económicas, escassez de reconhecimento e a miraculosa sobrevivência de algumas cópias (menos de 100 foram produzidas no total) deste registo — tudo elementos que marcaram a produção do álbum e que, inevitavelmente, lhe conferem um singular carisma.

Este disco, que foi o trabalho de estreia de Issam Hajali, é um álbum onde o folk rock se funde com influências árabes e persas de uma forma encantadora. O registo foi gravado apenas num dia, em Paris, em 1977, e coincidiu com o exílio do compositor em França, que havia fugido da sua terra natal — o Líbano — por razões políticas, após a ocupação síria em 1976. No final do mesmo ano, Issam pôde voltar a Beirute, altura em que acabou por regressar a estúdio para refinar a gravação e adicionar-lhe alguns elementos percussivos. A venda do álbum nunca foi fácil, tendo sido a cópia que chegou às mãos de Ziad Rahbani — uma importante figura da música libanesa — aquilo que permitiu a reedição deste disco. Entre os elementos que gravaram o álbum encontravam-se vários músicos cujos nomes foram levados pelo tempo: alguns franceses, um argelino e um iraniano (donde advém a influência persa); conhecido é o nome de Roger Fahr, um amigo de Issam Hajali de Beirute, também ele igualmente exilado em Paris

Em Mouasalat Ila Jacad El Ard damo-nos de caras com uma atmosfera lânguida e melancólica, a meio caminho entre uma descontraída reencarnação libanesa de Mac DeMarco, um sinistro e psicadélico Syd Barrett — tal como se apresentara em Madcap Laughs — e um deprimido Elliott Smith. O começo do disco não é ideal para os fracos de espírito: com um tema de 11 minutos e meio, de carácter recursivo mas não iterativo, enfrentamos uma aparentemente confusa estrutura musical – prevalente, diga-se, ao longo de todo o álbum -, em que atipicamente nos desprendemos do previsível padrão verse, hook, verse, hook (ufa, até que enfim… mas é mesmo preciso ir tão longe no espaço e no tempo para desformatar?). Como consequência, prontamente nos apercebemos de que não estamos perante um trabalho projectado para o consumo rápido: afinal encontramo-nos no final da década de 70, onde conceitos tão desprezíveis como a música “fast food” ainda estavam longe de terem sido conjecturados pela maioria das mentes humanas.

Nesse sentido – permitam-me a divagação! -, o terceiro milénio — tal como pertinentemente observado por Houllebecq — acaba por ser porventura um milénio a mais, “no mesmo sentido em que falamos de um combate a mais para os lutadores de boxes”, onde, em termos gerais, uma linha de definhamento e demência cultural se traça cada vez mais grossa.

Mas voltando à música: podemos dizer, por afinidade, que o tema – -recorrendo a referências ocidentais — se inicia com toques de Joni Mitchell e termina com a “Stairway to Heaven” dos Led Zeppelin, onde a guitarra eléctrica de Jimmy Page é substituído por um santur, instrumento persa de cordas semelhante ao saltério. Já em “Mouasalat Ila Jacad El Ard”, tema homónimo do álbum, pinta-se uma balada em relação à qual é impossível não ficar sensibilizado: não percebemos o que a voz nostálgica de Hajali nos quer transmitir, mas estamos conscientes de que o que tem a dizer é importante e de que constitui, tal como nos revela a tradução do título, uma “Viagem Para Outro Mundo”.

“Khobs” é uma canção que tem como matriz um dedilhado de guitarra que poderia muito bem ter sido protagonizado pelas mãos de Sybille Baier, num mood folk adornado com evidentes overdubs de voz que conferem ao tema volume e profundidade (o álbum foi todo gravado num take, tendo as vozes sido posteriormente dobradas juntamente com o santur). “Lam Azal” e  “Ada” seguem a mesma linha, com a inclusão da percussão e das lisérgicas teclas que nos remetem para os arranjos ácidos de Al Kooper. “Yawma Konna” inicia-se num tom dolente para gradualmente se metamorfosear num tema de prog rock, temperado a especiarias persas, regressando, por fim, ao ponto de partida. “Intazirne” fecha coerentemente o disco desta rica viagem que deixa saudade.

Mouasalat Ila Jacad El Ard é um trabalho vanguardista que nos transporta — sem que precisemos de nos mover — para um Médio Oriente submerso em referências ocidentais.  Uma viagem que nos enriquece cultural e sonicamente, e que pode ser feita com o simples recurso a umas colunas ou auscultadores… não há desculpas para não ouvir!


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