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Texto: ReB Team
Fotografia: Arlindo Camacho
Publicado a: 01/11/2022

Antes bem acompanhada do que sozinha.

Da Chick: “O Good Company é um disco com muita alma criado por muitas almas”

Texto: ReB Team
Fotografia: Arlindo Camacho
Publicado a: 01/11/2022

Na primeira metade de Outubro, Da Chick lançou o sucessor de conversations with the beat (2020). O seu título é Good Company e não haja dúvidas de que os companheiros são bem bons: Beware Jack, João Gomes, Fred Ferreira, Melo D e Gui Salgueiro são nomes que encontramos nos créditos do novo disco de Teresa Sousa.

Antes dos dois concertos de apresentação do álbum (em Lisboa, no B.Leza, a 3 de Novembro, e no Porto, no Passos Manuel, a 12 do mesmo mês), a cantora e produtora debruça-se (a convite do Rimas e Batidas) sobre 9 tópicos que se relacionam directamente com o conjunto de 11 faixas que acaba de lançar pela sua casa de sempre, a Discotexas.



[A soul]

“A soul no meu novo disco Good Company é muito mais do que um género musical. As pessoas que convidei para entrarem neste meu campo magnético têm uma alma/soul muito especial e profunda e é disso que é feita a soul music. Mas este disco percorre outros universos como o jazz, hip hop, funk, electrónica e dá até um olá à bossa. Talvez a soul aqui seja o ingrediente que une tudo isto. É um disco com muita alma criado por muitas almas.”

[Cool Hipnoise]

“Não me recordo a primeira vez que ouvi Cool Hipnoise, mas provavelmente na MTV ou na Oxigénio. E o feeling que tenho sempre que oiço ainda hoje é harmonia, é como chegar a casa. Eu acredito que para se fazer este tipo de som são precisas duas coisas: soul e bom gosto. E ou se nasce ou não se nasce com isso.”

[O hip hop]

“O hip hop é soul, e quanto mais soulful é o hip hop mais ele fala comigo. Desde A Tribe Called Quest a Digable Planets, da família Soulquarian, à Queen Latifah esse é o tipo de hip hop que me inspira e que inspira toda uma nova geração de artistas que também admiro como Princess Nokia, Little Simz, Anderson .Paak, Childish Gambino…”

[Beware Jack]

“O Beware é diferente. Quando ele veio falar comigo há uns anos para cantar numa música do disco dele, fiquei mesmo impressionada com a sua obra e especialmente com a sua mente. Ele pensa diferente, ele fala diferente e, para além disso, tem uma alma muito especial. ‘Imaginação’ é um passeio no parque com o Beware… somos os dois miúdos a brincar sem medo de cair, sujar, apenas vivendo o presente da nossa imaginação.”

[A Discotexas]

“É uma família que cresce junta, com os mesmo princípios e a mesma forma de ver a música. It’s all about love and hard work. Para mim só faz sentido ter uma relação com uma editora assim, com espaço para sermos nós.”

[A composição]

“Acontece nas aventuras do dia-a-dia e surge nas mais variadas formas. Gosto de escrever, desenhar, imaginar, experimentar, arriscar e é disso que me alimento. Contudo, neste disco eu quis mais! Quis partilhar ritmos, ideias, vozes e energias, quis criar coisas bonitas com companhia, com sorrisos e abraços.”

[Inglês vs Português]

“Até hoje ainda não descobri porque me é tão natural compor em inglês… é instantâneo e, como em tudo o que faço por amor, deixo que aconteça. Nunca recusei o português… sempre disse que quando ele chegar, será aceite com naturalidade. E chegou! E estou muito orgulhosa dos três temas em português do disco – ‘Imaginação’, ‘Amor ao Mar’ e ‘Get Down’ e ainda mais por em dois desses temas estar acompanhada pelos gurus Beware Jack e Melo D. Aprendi muito com eles.”

[O estúdio]

“Onde a magia acontece e literalmente a minha casa, o meu safe place. Onde tenho os meus instrumentos, as minhas plantas, os meus discos, fotografias, coisas que me deixam tranquila. Passo grande parte da minha vida aqui e quando saio para um passeio introspectivo é aqui que volto para apontar os pensamentos dessa viagem, pequena ou grande.”

[O palco]

“Bom, eu acho que nasci mesmo para estar no palco. Há algo de muito apelativo em ter um público à minha frente, expectante para ver o que vai sair dali. Gosto da energia que se gera num concerto e isso é visível do palco para a audiência e vice-versa. A música ao vivo é imprevisível, é um momento único irrepetível, e essa adrenalina faz-me estar feliz, confiante e muito grata de poder ter esse tempo para exprimir a minha música a vivo e a cores a 100%.”


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