Da Chick lança novo material em mixtape

Da Chick acaba de disponibilizar Fly Love, mixtape onde reinterpreta alguns clássicos e onde encaixa igualmente três novas canções: “Throwing Away Love”, “Cotton Candy” e “Coolest Chick” que surgem num alinhamento onde há também passagens pelas obras de Marvin Gaye, Donald Byrd ou Asha Puthli, tudo nomes reverenciados no universo do diggin’ mais comprometido com o groove.

Esta foi a forma mais adequada que arranjei para expor as minhas ideias e sentimentos”, explica-nos Da Chick que sucede a Chick to Chick com este Fly Love. “Queria falar sobre um assunto de uma forma fluída e que de certa maneira fosse informal  e despreocupada de masters ou “qualidade” sonora. Quis fazer algo mais caseiro e sentido, sem pensar muito”.

Entre recriações de material alheio e apropriações directas de alguns clássicos, como sempre acontece em qualquer mixtape, há material inédito: “Eu faço muito diggin na net e de vez em quando deparo-me com raridades ou coisas muito boas que me dão vontade de escrever ou ficar a reflectir enquanto as oiço”, adianta-nos a voz de “Do The Clap”. “Foi o caso destas três malhas de One Tone, Gabriel Fefer e Nightmares on Wax. Na verdade, destes produtores só conhecia Nightmares on Wax, mas este tema tinha me passado ao lado. Mas foi daquelas músicas que aos 10seg já estava de caneta na mão. Nao cheguei abordar nenhum dos produtores, mas tenciono mostrar a minha versão a Nightmares quando ele vier cá em outubro”.  E o que há nestas peças que conquista a atenção de da Chick? “Não sei bem o que me conquista nestes instrumentais, mas de certa forma foram os temas que me abriram a cabeça para escrever sobre um tema que queria soltar cá para fora há muito, este lost love”.

Além dos nomes já citados de Marvin Gaye, Donald Byrd ou Asha Puthli, há por aqui abordagens a material de John Holt e Ronn Mattlock, percebendo-se que a artista portuguesa quis navegar águas tranquilas: “A piada de fazer uma mixtape na minha opinião ou caso é poder brincar com estas referências e enquadra-las no meu mundo e confesso que foi difícil deixar muitas outras de fora. Mas consigo orgulhar-me destes 20 e poucos minutos que contaram uma história de 3 anos. É engraçado ao longo do tempo como te vais encaixando com as musicas e letras que ouves e que muitas delas relatam histórias como se fossem tuas. Esta mixtape acabou por ser um puzzle para mim, juntar musicas, escrever e chegar a uma história com fim”.

Próximos passos? “Para além de me divertir e continuar a fazer o que gosto, esta mixtape serviu para soltar muita coisa que tinha cá dentro e fazer reboot a uma fase.Continuo em concertos dentro e fora de Portugal, a produzir musicas novas a trabalhar com produtores novos e a ter novidades para breve. Quiça fazer mais mixtapes destas pelo meio ;)”.