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Publicado a: 08/02/2017

Cruz Credo nas palavras de Kristóman: “Falo o que vejo – sem regras e sem procurar agradar a ninguém”

Publicado a: 08/02/2017

[FOTO] Yo Cliché

Kristóman acaba de lançar Cruz Credo, novo trabalho que sucede a Remédio Santo. O membro dos Tribruto aparece com um estilo renovado e a procurar o trap como principal municiador de beats para as suas famosas punchlines.

O primeiro single, “Carapaus”, esteve envolvido numa polémica de dislikes e o Rimas e Batidas acompanhou o caso de perto, como podem ler aqui. Cruz Credo está agora disponível na íntegra e quem melhor para apresentar cada tema do que o próprio? A palavra a Kristóman:

 


[“AQUELA PRESSURE”]

É um tema que surgiu de uma dica que eu estou sempre a referir em situações de aperto. Um gajo sofrer aquela pressure (aquela pressão). Decidi convidar o RealPunch, parceiro de estrada e das punchlines, porque realmente sentimos que as nossos punchlines fazem causar aquela pressure nos bacanos. Estão sempre na expectativa, “o que será que eles trazem desta vez?” O Punch fez mesmo aquele refrão que eu queria.

[“PILHA”]

Este provavelmente é o som em que puxo mais pelo flow. A métrica foi mais trabalhada e daí o resultado ter ficado bom, a meu ver, neste beat de trap. Vai ter video brevemente. E “pára-me a pilha” é uma expressão que se usa quando já ’tás no limite. Realmente, um gajo já não pode ouvir estes choramingas na net sempre à procura dos teus defeitos para não dizer que tá bom ou que ninguém lhes dá oportunidades.

[“PÃO DURO”]

Este som resulta de uma noite em Lisboa na casa do [DJ] Big, aliás até está no fim do som o skit do que aconteceu. Chegámos a casa depois de um concerto no Sumol e comecei a picar cebola para fazermos uns ovos mexidos com cebola, queijo, entre outros coisas e o meu puto André Amaral ficou de fazer aquelas belas torradas da fome das 7 da manhã – que toda a gente sabe como é -, mas nisto ele referiu num tom de gozo que os meus tropas no Algarve deviam comer só pão duro pela maneira como eu estava a picar a cebola. Só visto mesmo. Então ficou com esse nome o som, pelo momento que marcou essa noite.

[“CRUZ CREDO”]

É a música que dá nome ao EP. Cruz credo porquê? Porque penso que é uma reviravolta de certa forma na minha maneira de estar e cantar rap, rimar em instrumentais de que sempre gostei mas nos quais tinha medo de arriscar, medo da crítica. Realmente percebi que é isto que eu gosto de fazer e que é esta a maneira que gosto de fazer rap: instrumentais agressivos, pensados também para resultar ao vivo, mas que acima de tudo me fazem sentir confortável. “Cruz Credo” é o meu lado I don’t give a fuck, falo o que vejo – sem regras e sem procurar agradar a ninguém.

[“PREGOS”]

Porque a cabeça deles (haters) só serve para martelar e nesta faixa decidi convidar o meu puto RafaStone – que está a começar agora e é aqui da zona. Fazia todo o sentido convidar alguém com quem me identifico e tem a mesma fome de rap. Para mim, um real gangster é aquele que não falha em casa, não falha às suas obrigações e não perde tempo a falar dos outros. Por isso mesmo, fiz questão de referir isso no refrão.

[“CARAPAUS”]

Esta é aquela musica que realmente pensei que tinha de ser a cara do EP, porque vivemos uma era de “haterismo” e bacanos a pensar que são tubarões, quando no fundo são apenas mais uns carapaus de corrida. Desde que comecei a fazer rap que faço punchlines. Não mudei, nem vou mudar e esses bacanos andam sempre de um lado para o outro para virem tentar respirar uma “beca” ao de cima. É um single que veio acompanhado de video que podem ver no youtube que foi realizado pelo meu bro YoCliché.

Apesar do EP não ser só trap, é neste estilo que me vejo realmente a fazer o que gosto e vou continuar a fazê-lo ao longo do ano neste formato. Vou continuar a aparecer com instrumentais pesados e punchlines afiadas.

 


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