Está a chegar um ciclo que pretende afirmar o Mosteiro da Batalha “como um espaço vivo que, além de memória, é também palco de criação artística e partilha cultural”. A iniciativa promete uma experiência única de dois concertos, onde a improvisação e a criatividade do jazz vão dialogar com a história e a arquitetura gótica de um dos monumentos mais emblemáticos do nosso país, classificado como Património Mundial pela UNESCO. Ambos os eventos têm início marcado para as 16 horas e as entradas são gratuitas.
A abrir esta jornada, no dia 19 de Outubro, actuam o guitarrista e compositor Bruno Pernadas e o saxofonista José Soares. O duo, que recentemente representou Portugal no Japão — na Expo Osaka 2025 e em Tóquio —, apresenta um repertório centrado em temas originais, num alinhamento que nos é descrito como uma mescla entre o jazz e a improvisação com a folk, a música contemporânea e até obras de Bach, prometendo uma viagem sonora que desafia as fronteiras dos géneros musicais.
A 23 de Novembro, o palco será ocupado por uma outra proposta singular, com António Eustáquio no guitolão e Carlos Barretto no contrabaixo. O guitolão é um instrumento português raro, idealizado pelo lendário Carlos Paredes e materializado pelo luthier Gilberto Grácio, do qual existem poucos exemplares no mundo. António Eustáquio, um dos seus poucos intérpretes, vai mostrar como soam estas cortas num cruzamento com Carlos Barretto, uma referência incontornável no jazz e na música improvisada em Portugal, criando em palco um diálogo em torno da música portuguesa instrumental e do jazz contemporâneo.