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Publicado a: 30/10/2015

“Circa 1143” é a nova faixa de Baked Donuts

Publicado a: 30/10/2015

“Enquanto portugueses, há que amar o País em que vivemos”, afirma Diogo Algarvio, metade dos Baked Donuts, enquanto reflecte com incredulidade sobre a elevada abstenção (a rondar os 40%) que mais uma vez ensombrou umas eleições legislativas decisivas em Portugal. É daí que provém a chama de “Circa 1143”, faixa que acaba de lançar com André Osório, a outra metade do duo associado à ASTROrecords. Acima de tudo, o tema é actual e impõe uma questão que é intrínseca à juventude portuguesa nos dias que correm: “continuar a viver na indiferença ou obrigar a cabeça a pensar nos males do nosso país?”

Diogo Algarvio, que cresceu em Carcavelos, tem um currículo musical que cruza “todos os géneros musicais”, sendo que “o rap sempre se manteve” na linha da frente. Exterior às rimas que escreve, ainda tentou ser a mudança que queria ver na política, avançando como autarca por Carcavelos quando frequentava o curso de Gestão. Mas cedo deu de caras de com uma realidade “tão suja e corrompida” que o levou a um rápido afastamento desses meandros, procurando outras vias para expor as suas inquietações sociais e políticas. O rap foi a resposta.

Com um background distinto, André Osório cresceu com o legado do jazz nas veias – é filho do maestro Pedro Osório. Quando Diogo e André se conheceram, em épocas de estudos secundários, partilharam sessões de piano e recitação de poesia, até que nasceu a ideia de criar um projecto conjunto.

Em 2014, os Baked Donuts começaram a soltar as primeiras rimas e beats e quis o destino que se juntassem à ASTROrecords, editora que carimba este novo trabalho.

Com André Osório a viver na Costa Rica, não há ainda grandes planos ou deadlines em agenda. Por isso, Diogo Algarvio encara Baked Donuts não só como o prolongamento de uma amizade transatlântica, mas também como um reconfortante meio de partilha de uma mensagem, de um pensamento. “Apaixonei-me para a vida, não me imagino a deixar de fazer rap. É o que assegura a minha sanidade depois de um dia de stress e trabalho. E se no final do dia as pessoas gostarem do que faço, ainda melhor. É um absoluto privilégio.”

 


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