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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 22/09/2023

Com M capital.

Chong Kwong: “A minha forma de criar tem ‘liberdade’ escrito no meio”

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 22/09/2023

“Queen Size” é o novo single de Chong Kwong, que volta aos lançamentos em nome próprio um ano e meio depois do seu último tema, “High”, produzido por DJ Ride.

Com o álbum Filha da Mãe, ao que tudo indica, em suspenso, Vanessa Pires volta a apresentar trabalho a solo em mais uma faixa que versa sobre o papel da mulher nos mais variados âmbitos. Descrito pela própria como uma homenagem, uma ode às mulheres de todas as cores, formas, tamanhos e talentos”, a rapper juntou-se à realizadora Leonor Patrocínio para concretizar a sua mensagem num vídeo que promove, precisamente, essa diversidade.

Depois de uma pequena paragem criativa, a MC que voltou ao activo em 2019 com uma nova proposta a solo reencontrou-se e assume-se agora pronta a dar seguimento ao que em “Queen Size” — canção produzida pelo seu colaborador habitual, SnakeDizzy — deu início. A artista portuguesa falou, por isso, com o ReB sobre este novo capítulo, discorrendo em particular sobre a faixa que hoje estreia.



O poder da mulher — na sociedade e no próprio rap — é uma das grandes bandeiras da tua música. Que mensagem em particular quiseste passar, em relação a esse tema, neste “Queen Size”?

A música é uma homenagem, uma ode às mulheres de todas as cores, culturas, formas, tamanhos e talentos. Vai para além do género. A ideia de que existe apenas uma coroa e que todas as mulheres devem competir por ela é bullshit. Isso é uma noção que nos foi incutida inconscientemente para nos limitarmos a competir umas contra as outras. Existem coroas à medida de cada uma, e cada vez que te mostras ao mundo, sem medo de seres tu, já a puseste na cabeça. E por cada mulher que inspiras e apoias à tua volta, acrescentas mais um diamante à tua coroa. Essa é a minha definição de Queen.

O que é que te motivou na visão da realizadora Leonor Patrocínio ao ponto de te levar a procurar trabalhar com ela sobre este tema?

O desafio era criar uma equipa atrás e à frente da câmara composta 100% por mulheres que trouxessem para cima da mesa todo o seu talento, autenticidade e criatividade. O cast é composto por mulheres com quem me identifico a vários níveis, e queria imortalizar isso num momento que acabou por ser de muita sisterhood e link-ups inspiradores. Cada convite foi pessoal, e eu queria que cada mulher brilhasse tal como é, queria que se representassem a elas próprias, sem medo. Queria que esse hustle e essa atitude passassem para a câmara.

Esta sequência de singles que lançaste nos últimos dois anos vem no seguimento da tua reapresentação com a trilogia de temas composta por “Chong Kwong”, “Não Te Convidei” e “Salute”?

As minhas músicas espelham aquilo que vivo, aquilo que sinto, aquilo em que acredito, mas acima de tudo aquilo que quero deixar como legado enquanto artista. Cada uma delas tem um significado especial que eu gosto de pensar que é intemporal. 

Há um projecto maior a ser desenvolvido à volta destas faixas soltas? Talvez um álbum?

O objectivo vai ser sempre mostrar o que se passa dentro do Palácio Chong Kwong. Whatever it is. É assim que eu faço a minha arte. Se isso se traduzir num álbum mais tarde, dope. Se não, dope também. A minha forma de criar tem “liberdade” escrito no meio.

Lanças este “Queen Size” depois de, segundo nos chegou, um “hiato pós-pandemia”. Que paragem foi esta que assinalas? Houve, de alguma forma, uma redefinição de ideias e prioridades na tua carreira?

Apesar desse hiato não ter sido planeado, só me trouxe coisas boas. Além de ter redefinido a minha equipa, houve sem dúvida uma nova forma de encarar a minha música. Nesse processo, houve muita soul searching. Sinto-me mais livre e mais segura a fazê-la, sem ceder a pressões externas. Estou ainda mais ligada comigo e com a minha legacy. Então, no final do dia, o balanço só é positivo. 

Que novidades tens por desvendar em breve? Quais são os próximos passos que podemos esperar da Chong Kwong?

Se eu contar tudo também não tem piada. Mas podem esperar mais música com certeza e outras surpresas pelo caminho.


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