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Fotografia: Tseng Kwong Chi
Publicado a: 09/09/2019

De 10 de Setembro a 10 de Novembro.

Cascais recorda a arte e o activismo de Keith Haring em exposição

Fotografia: Tseng Kwong Chi
Publicado a: 09/09/2019

De Nova Iorque para Cascais, Keith Haring nunca nos deixou. 17 obras do artista plástico podem ser vistas gratuitamente no CascaisShopping, de 10 de Setembro a 10 de Novembro, como parte da exposição Keith Haring. Entre a arte, o ativismo e a moda.

A inauguração faz-se no Piso 1 do centro comercial, com a recriação da performance de 1987 que viu Haring pintar o corpo de Grace Jones, pela modelo Sharam Diniz. Na exposição, serão ainda revisitadas peças de designers de moda inspirados por Haring; uma destas é a réplica do casaco que Madonna usou na festa de aniversário do artista plástico, em 1984.

Além da mostra, a estação ferroviária de Cascais será decorada com motivos da sua obra, que estará também patente no exterior e interior de uma carruagem de comboio que faz o percurso entre Cascais e Lisboa, com o design do artista português AkaCorleone — em homenagem à ideia da mobilidade que permeou a carreira de Haring.


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O objetivo é “transportar o visitante para Nova Iorque em plena década de 1980”, quando o artista originário da Pensilvânia se popularizou ao usar as paredes das estações de metro como a sua tela, antes de assinar campanhas publicitárias e exposições pelo mundo fora.

O seu trabalho funcionou sempre como “produto da street vibe”, como descrito pelo DJ Junior Vasquez: a comunidade e a música completavam o grande quadro de Haring, que encapsulava estas dimensões na icónica Paradise Garage. A discoteca gay, com a presença fulcral do DJ Larry Levan, veio a modelar a experiência nocturna das décadas seguintes, com uma “convergência exuberante de arte, música e performance” que emanou de Haring.

Até ao fim, o seu trabalho começou cada vez mais a vincar uma estreita relação com o activismo, uma maior sede pela educação para o sexo seguro e a SIDA, de mãos dadas com um olhar natural para a homossexualidade: uma expressão inequivocamente Haring, de braços abertos para um mundo que crescia a largos passos para a diversidade sexual e criativa. Foi neste sentido que foi criada a Keith Haring Foundation, visando apoiar “organizações sem fins lucrativos” envolvidas na pesquisa e na prestação de cuidados a pacientes com SIDA.

O impacto de Haring continua vivo no mundo da arte, como se poderá comprovar na exposição do CascaisShopping — pronto a preencher os espaços brancos de um metropolitano, de um comboio, ou do mundo.


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