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Fotografia: Diana Mendes
Publicado a: 05/02/2024

O grupo apresentou o álbum homónimo editado no final de Janeiro.

Casa Bonita na Sala LISA: a estreia auspiciosa de uma banda que promete

Fotografia: Diana Mendes
Publicado a: 05/02/2024

Foi sexta-feira, 2 de Fevereiro, que a Sala LISA se encheu para receber o primeiro concerto dos Casa Bonita, que apresentaram o seu álbum homónimo, editado uma semana antes. A noite era de estreia e de apoio aos cinco amigos que resolveram abrir a porta de uma casa instrumental edificada com tijolos de jazz, argamassa funk e betão electrónico.

Não faltam grooves nesta construção sólida que dá os primeiros passos e evidencia um elevado potencial de mercado: o álbum de Casa Bonita assentaria bem em muitos dos festivais portugueses (e internacionais, uma vez que não há barreira linguística), desde o circuito mais restrito do jazz aos grandes eventos de Verão, de copos e petiscos ao sol, que pedem uma banda sonora a condizer.

Ao vivo, e ainda a ganhar ritmo, os Casa Bonita mostraram que têm valências similares às que já tinham provado em estúdio. O concerto aconteceu de algum modo em crescendo e chegou à sua melhor fase com os temas que fizeram aumentar os BPMs e enalteceram um pulsar electrónico, movido a sintetizadores e percussão, complementado com as notas quentes de baixo e as melodias da guitarra, tal e qual uma orquestra funk a fazer balançar os corpos, usando as quebras e os silêncios da melhor forma.

Esta casa na zona dos Anjos cujos residentes são André Cardoso (bateria), João Tenente (piano e sintetizadores), Manuel Melo (guitarra), Matt Nicholson (percussão e sintetizadores) e Simão Brás Afonso (baixo) deu uma auspiciosa e saudável primeira prova de vida, mostrando que está aí para ficar e que existe um grande potencial para explorar. 

Estão assentes os alicerces para que, daqui em diante, se possa pegar na matéria-prima e preencher a casa com novas vidas: novos pisos, assoalhadas, músicas mas, sobretudo, concertos. Esta é uma banda ecléctica que pede estrada e até têm, em paralelo, um colectivo de DJs chamado Aquário até porque os sons que compuseram ganham verdadeiramente vida no palco, ao vivo, de frente para as pessoas, com espaço para a transgressão e para as emoções à flor da pele.


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