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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 15/02/2019

Cálculo: “Estou sempre à procura do groove divino”

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 15/02/2019

Saiu hoje “Complicado”, um novo tema de Cálculo em colaboração com Zim, que também assinou a realização do videoclipe.

Este é o primeiro sinal musical dado por Cálculo em 2019, um ano após a edição de Tourquesa, o segundo álbum de originais do rapper e produtor de Barcelos, que teve “Iguais” (com Harold), “Estrelas” ou “Melhor de Mim” (com Macaia) enquanto singles.

Cálculo é um dos responsáveis pela plataforma #Bclnessashit, que tem servido de montra no YouTube para os talentos emergentes do hip hop de Barcelos.

Estivemos à conversa com Hugo Martins, que explicou o processo de criação deste tema “Complicado”.



Que complicações são estas de que falas no teu novo tema?

São as complicações das relações humanas ou pelo menos traços delas. Acho que os dois versos abordam as complicações de maneira diferente mas que no fundo estão na mesma narrativa. Este tema fala da “insegurança orgulhosa” que todos temos, uns mais outros menos. A letra acaba por reflectir também a intenção boa do proteccionismo, mas ao mesmo tempo a frieza que a experiência traz.

A batida difere daquilo que tens apresentado até ao momento, a puxar para um acid jazz bastante funky e servido a baixas rotações. Como é que foi o processo de criação do instrumental e o que te levou a remar para este lado? E de que forma é que aparece o Zim na equação?

A primeira ideia do instrumental nasceu numa daquelas sessões de estúdio criativas. Normalmente quando vou para o estúdio, não vou com nada pensado. Escuto samples, faço esboços de batidas, faço uns arranjos e normalmente as ideias que prolongam o processo criativo muitas horas são aqueles que acabam por resultar em algo concreto. Foi o que aconteceu neste caso, quando tinha a batida, acordes principais e o loop da bassline, o hooknasceu no dia seguinte. Gosto da vibe que o som naturalmente tomou e também gosto de viajar e arriscar, mas tudo tem de ter um sentido. Eu consumo muita música diferente e estou sempre à procura do groove divino, ainda não o encontrei mas é essa viagem que permite que a minha criatividade se encontre.

Fast forward, enquanto estava a fazer uma videochamada com o Zim, estávamos a curtir tanto a vibe do beat que daquela energia surgiram rapidamente os versos. Em sessões de estúdio seguintes, com o meu parceiro de banda e artista talentoso Beni Mizrahi, nasceram progressões e arranjos adicionais que deram ao tema um tom ainda mais especial.

O Zim foi também o produtor e realizador do vídeo. A Michelle Cascais e Rui Soares interpretaram e coreografaram a dança, conseguiram na perfeição “pintar” a ideia que eu tinha em mente. O Mic misturou e fez o master. O fotógrafo e behind the scenes man Bad Mike trabalha comigo em estrada também. Tudo isto para dizer que toda a energia e visão vem dum grupo coeso e sobretudo de um grupo de amigos que tudo fizeram para a obra ter um corpo e ter a alma de cada um.

A faixa serve para antecipar algum novo projecto?

Quantas tonalidades de cores ainda faltam percorrer?

Que planos traçaste para 2019?

Lançar música que tenho na gaveta e continuar a produzir.


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