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Publicado a: 15/10/2018

Bruno Mota: “Entrar no Venom com o Pusha T foi a certeza absoluta de que estou a fazer o que mais gosto”

Publicado a: 15/10/2018

[TEXTO] Alexandre Ribeiro [FOTO] Rui Penetra

Numa indústria que está cada vez mais sobrecarregada com novos cantores, rappers, beatmakers e produtores, uma colocação num disco de um artista reputado é, para muitos, um vislumbre para um universo distante e luxuoso onde só alguns privilegiados conseguem entrar.

O produtor português Bruno Mota teve essa oportunidade com “No Problem”, faixa de Pusha T que fez parte de Venom, longa-metragem da Marvel que estreou no início do mês. Responsável por alguns dos hits de Virgul ou April Ivy, o associado da RedMojo, editora nacional com especial apetência para produzir canções orientadas para o universo pop, falou com o Rimas e Batidas sobre o caminho que o levou até à ficha de créditos de um blockbuster norte-americano.

 



[O INÍCIO] 

“Comecei com 15 anos a tocar com amigos em bandas de punk rock, daí fui saltando entre várias bandas e diferentes géneros musicais, até que comecei a investir em mim e fui estudar música. Tirei o curso de piano da Trinity College em Oeiras, estudei técnicas de áudio na Graça e acabei por interessar-me em gravar o máximo de ideias que tinha, e daí ganhei o interesse de compor e produzir.”

 

[A REDMOJO]

“Entrei na RedMojo praticamente no início. Conheci o Emerson [Ferreira], que é quem está à frente de toda esta loucura, há quatro anos através de um produtor amigo, o Tiago Carvalho, e houve logo um clique. Ele contactou-me para começarmos a trabalhar e desde então tem sido todos os dias!”

 

[PUSHA T E VENOM]

“Foi graças à RedMojo que cheguei a um dos maiores achievements da minha carreira. Costumamos trabalhar com um produtor chamado Vinay Vyas, que tem já uma boa lista de créditos como Nicki Minaj, Flo Rida, Jason Derulo, entre outros. Ele tinha uma demo que o A&R já tinha ouvido e adorava a vibe, depois o Vinay pediu-me para explorar o meu gosto musical e dei um approach rock à música, com guitarras e drums mais pesadas, foi aí que se submeteu a música ao Venom e adoraram. Entretanto adaptámos a música a pedido da editora, para que pudesse ter o Pusha T, e nessa altura entrou o J-Mike que fez um trabalho incrível em adaptar a música ao universo dele sem perder a vibe que tínhamos inicialmente para o Venom.”

 

[FAZER MÚSICA PARA FILMES]

“Era um objectivo, sempre gostei de ver músicas sincronizadas com vídeo, acho que transcende mais sentidos e isso a mim aumenta-me o sentimento que tenho da música. O ano passado tive a oportunidade de, juntamente com o Riic Wolf, fazer a música oficial da Vodafone Portugal e a partir daí percebi que o meu objectivo podia ser concretizado. Entrar no Venom com o Pusha T foi a certeza absoluta de que estou a fazer o que mais gosto e a seguir o caminho que tracei.”

 


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