Shabaka Hutchings responde apenas por Shabaka em “Black meditation”, o avanço inaugural de Afrikan Culture, a sua primeira incursão a solo pela Impulse!, com edição marcada para o dia 20 de Maio.
Habituamo-nos a ouvi-lo liderar os destinos dos Sons Of Kemet, The Comet Is Coming e Shabaka And The Ancestors, bem como a surgir por entre alinhamentos de projectos de Makaya McCraven, Sarathy Korwar, Carlos Niño, Yazz Ahmed, Brownswood Recordings ou até para a própria Blue Note.
A um par de semanas de completar 38 anos, o músico britânico ingressa numa nova aventura pela Impulse! — a casa que acolhe todo o output criativo dos seus grupos desde 2018 — agora ao leme da sua própria identidade musical, enquanto Shabaka. Mais contemplativo, é num profundo transe abre o caminho para o primeiro trabalho em nome próprio, Afrikan Culture, no qual residem oito temas compostos por si e produzidos a meias com Dilip Harris.
Naquele que definiu como sendo um “projecto muito especial“, Hutchings tem ao seu serviço vários instrumentos de sopro, tratados como um conjunto de camadas e em interacção com as amostras sónicas recolhidas de Kadialy Kouyate (kora), Alina Bzhezhinska (harpa) e Dave Okumu (bateria). Num comunicado, abriu ainda mais o jogo:
“O Afrikan Culture foi criado em torno da ideia da meditação e daquilo que significa para mim poder acalmar a mente e aceitar a música que vem à superfície. Foi composto com vários tipos de flautas shakuhachi e uma técnica de criação que eu tenho andado a experimentar, que consiste na disposição de várias camadas de flautas para criar uma floresta de som, onde as melodias e os ritmos flutuam e se vislumbram no espaço.”