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BIZT, produtor residente em Lisboa, acaba de editar o seu terceiro registo, a mixtape Vongga, que sucede a trabalhos como o álbum Rights ou o EP Believe. À conversa com o Rimas e Batidas, o português revela ter começado em 2011, depois de perceber que o que queria não era “passar som mas ter o meu material”, referindo que “como não tinha formação em termos de produção, tive que recorrer à ajuda de alguns amigos para perceber algumas bases, a partir daí foi sempre a explorar”. O seu mais recente registo é apontado pelo próprio autor aos domínios “breakbeat, bass, tropical” colocando o resultado final “dentro do género global bass music”.
“Na altura estava vidrado no UK Funky então o foco foi essencialmente nessa sonoridade. Sempre segui minimamente essa linha explorando também outros registos, mas a minha produção requer praticamente uma linha de baixo de referência com tarolas dobradas ou até mesmo quebradas. Por vezes dou por mim a tentar variar, mas a chegar sempre ao mesmo tipo de resultado, creio que consegui criar uma identidade sobre as minhas músicas e isso é bastante bom e positivo”, escreveu-nos BIZT por email.
Sobre o seu trabalho anterior, Rights, BIZT explica: “consegui explorar alguns limites e tentei com ajudadas colaborações que me fosse possível criar algo que se adaptasse também ao meu tipo de som”, o que, revela, não seria possível sem a “experiência em explorar vozes, algo que só tinha feito com a Fimmea. Lancei o Ep Believe com carimbo da Tunacat Records, juntamente com uma remistura do Klipar e isso deu-me imensas ideias para um próximo disco, que será estruturado no inicio do próximo ano”.
BIZT conta na carreira com algumas participações de peso com Buraka Som Sistema, T. Williams, Bok Bok, Blaya ou Branko, decididamente importantes para si: “Tenho sorte em ter amigos no mesmo ramo, partilhar palcos com grandes artistas e andar na música há algum tempo, isso faz com que se consiga ir trabalhando e com que os resultados apareçam”. Já sobre onde vai beber, inspiração e não só, BIZT é ambíguo: “Por vezes beber um copo é sair do nosso “habitat”, por outras é precisamente o contrário –óbvio que todos precisamos de fugir das nossas rotinas e ouvir tudo o que a noite nos tem para oferecer”.
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