pub

Publicado a: 12/08/2017

Bispo, Holly Hood e Dealema n’O Sol da Caparica: assim se vê a força do R, A, P!

Publicado a: 12/08/2017

[TEXTO] Hugo Ribeiro [FOTOS] Hélder White

Logo a meio da tarde, no espaço Debaixo da Língua, deu para perceber que Bispo concentra muitas atenções. Em conversa com Rui Miguel Abreu e Sam Alone, o rapper de Algueirão-Mem Martins levou muitos adolescentes a sentarem-se à sombra das árvores para ouvirem não rimas, mas palavras em torno da arte de rimar. E descobriram-se afinidades entre o rap e o rock, com Poli, o homem que também conhecemos por Sam Alone a confessar ser um grande fã de Allen Halloween.

Uma hora mais tarde, Bispo subiu ao palco, ofereceu-nos os seus maiores êxitos e deixou clara a sua enorme empatia com o público que recita as suas letras em uníssono. Com Fumaxa a oferecer-lhe os beats, temas como “Puto Strong”, dedicado a um irmão que é um herói, “No Meu Caminho” ou “Não Fui Sincero” arrancaram performances seguras ao rapper que sozinho no microfone sabe já muito bem como segurar uma multidão. Actuação segura de um artista com enorme margem de progressão na carreira, porque parece estar a rimar o que as pessoas da sua idade sentem de facto. E nem sempre é assim.

 


20786206_10208299548921158_322913140_n

20751412_10208299548681152_341440185_n

20751464_10208299548601150_2030066871_n


Uma hora mais tarde, quando o sol ainda brilhava intenso, Holly Hood levou o som da Superbad até à multidão. É mais do que claro que artistas como Holly Hood ou Bispo, para falar apenas dos dois primeiros nomes a pisarem o palco Blitz, representam o futuro no que às preferências do público diz respeito. O sucesso nas plataformas virtuais ecoa um sucesso real, feito de gente que conhece cada beat, cada rima, e que amplifica o sinal que estes artistas lhes dão rimando e sentindo com eles.

Holly Hood cantou – pela primeira vez, assegurou – para os seus pais, fez “Fácil”, “Qualquer Boda” ou “Ignorante” agigantarem-se e com Here’s Johnny e No Money em palco (a injectar aquele “Veneno” de que o povo gosta…) assumiu a condição de voz de uma geração. Não a única, seguramente, que esta é uma geração plural, mas seguramente uma das que não cai em saco roto e é escutada atentamente. Belíssimo concerto.

 


20751603_10208299640283442_836590032_n

20751335_10208299639963434_2051600251_n

20814941_10208299640123438_1527106196_n

20751178_10208299640243441_770725980_n

20751496_10208299639923433_1763238446_n

20792917_10208299640323443_213652051_n


O cair da tarde ainda trouxe os veteranos Dealema ao palco. Os talentos de Mundo e Maze, de Expeão e Fuse, do grande Dj Guze, são tão fundos e tão variados que no palco se podem espraiar bem para lá do cancioneiro do pentágono: Fuse pôde abrir a sua Caixa de Pandora, Maze permitiu que os seus “Brilhantes Diamantes” brilhassem de facto, e de maneira intensa, uma vez mais. E tudo isto ao lado de clássicos como “Sala 101”, com dedicatórias a filhos que são a coisa mais importante da vida – salvé Gaspar – e um nível de entrosamento que é muito invulgar, mas também muito real.

Esta aposta d’O Sol da Caparica no rap tuga está mais do que ganha e esta noite ainda trouxe Carlão até ao palco principal para uma celebração colectiva de intensidade reforçada.

 


20814045_10208299838728403_1296777605_n

20815069_10208299838328393_1541597278_n

20814831_10208299838248391_56535614_n

20793245_10208299838168389_59174874_n

20793024_10208299838048386_1893004811_n

20786625_10208299837768379_384656080_n

20839110_10208299837728378_1387571671_n

20751197_10208299836688352_499001630_n

20786556_10208299836768354_241159536_n

20751564_10208299836808355_1789407055_n

20786462_10208299836648351_246390658_n

20814144_10208299832928258_387585014_n

pub

Últimos da categoria: Reportagem

RBTV

Últimos artigos