pub

Publicado a: 03/07/2017

Bispo: “2017 está a ser um bom ano”

Publicado a: 03/07/2017

[TEXTO] Alexandre Ribeiro [FOTOS] Hélder White

Momentos depois desta entrevista acontecer, Bispo actuava frente a milhares de pessoas que cantavam “Lembra-te”, um dos seus maiores singles, como se não houvesse amanhã, umas das recepções mais calorosas que vimos n’A História do Hip Hop Tuga. Para quem pôde assistir ao concerto do rapper na edição do ano passado do Sumol Summer Fest, o panorama foi o mesmo e só o tamanho do palco é que mudou.

Desde a Origem, álbum de estreia editado em 2015, marcou um ponto de viragem na carreira de Bispo. Agora, Fora D’Horas é o trabalho na ordem do dia, o primeiro EP colaborativo com o seu DJ e produtor Fumaxa. O Rimas e Batidas aproveitou a actuação no festival na Ericeira para conversar com a dupla sobre as novidades:

 


bispo-3


Assinaste recentemente pela Sony. Como é que surgiu o convite?

Bispo: Pá, sinceramente, nem sei como aconteceu, mas houve um dia que o Fred chegou ao pé de mim e disse que havia esse interesse. O Fred era a pessoa com quem eu estava a trabalhar quando surgiu o convite. Foi bom. É uma boa oportunidade. É uma boa porta que se está a abrir neste momento.

Fora D’Horas é o vosso primeiro trabalho em colaboração. O EP foi, literalmente, feito fora de horas?

Bispo: Passámos uma semana inteira a gravar na Big Bit. Já tínhamos gravado uma ou outra faixa no laboratório do Fumaxa, no estúdio dos GROGNation também.

Fumaxa: Quando o Bispo estava a gravar o Desde a Origem na Big Bit, eu também passei várias noites com ele lá no estúdio. Ele gravou cerca de 30 sons no total e só saíram 15. Dos que ficaram por sair, alguns eram beats meus e ele teve a ideia de fazer um EP todo produzido por mim. Inicialmente tínhamos esses sons que gravamos em 2015…

Bispo: Nem saíram.

Fumaxa: Não saíram porque entretanto começámos a andar mais na estrada e a ter menos tempo para estar no estúdio. E, agora que eu já tenho um laboratório em casa, dá para gravar testes e gravar algumas cenas finais. Entretanto, vimos que se calhar se fôssemos para um estúdio como a Big Bit tínhamos mais qualidade, e foi isso que fizemos.

Bispo: Também porque um gajo ali sentiu-se em casa quando gravou o Desde a Origem, em 2015, e é sempre um prazer voltar. Mantive uma ligação muito boa com o Lince. É sempre fixe gravar na Big Bit. Estamos sempre à vontade.

 


bispo-1


Vais actuar daqui a nada com alguns dos nomes mais importantes do rap nacional, muitos deles artistas que provavelmente ouviste em loop enquanto eras mais novo. Como é que te sentes por ter a oportunidade de dividir o palco com eles num momento como este?

Bispo: A cada vitória, tu sentes que a luta faz sentido. Quando chegas ao fim e venceste algo, obtiveste algo, vês que valeu a pena o teu esforço e valeu a pena estar fora de horas. 2017 está a ser um bom ano. Todos os anos são para ser o melhor ano e este ano está a ser o melhor.

Vamos pela primeira vez ao Sudoeste. Pela primeira vez estamos no palco principal [do Sumol]. Vou poder partilhar o palco com amigos de infância. Amigos que eram meus amigos sem saberem. Estou a falar dos amigos que ouvia nos phones.

E agora? O que é que se segue para o Bispo?

Bispo: Ainda vamos trabalhar um bocado no EP. Vamos mostrar mais do EP em vídeo porque também queremos transmitir certas ideias. Claro que quando tu acabas uma cena já estás a pensar noutra. Já há alguma cena na minha cabeça pensada para fazer. Vamos caminhar para um álbum.

Fumaxa: A cena é ir fazendo e o que sair, saiu.

Bispo: Mas vai ser um álbum…

 


pub

Últimos da categoria: Entrevistas

RBTV

Últimos artigos