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[Foto]: Direitos Reservados
Em Outubro passado editou com MF Doom o álbum colaborativo NehruvianDOOM (Lex Records) e logo pelo dia do lançamento oficial do disco firmou contrato com a Mass Appeal Records, a editora de Nas, a lenda de Queens que assumiu mesmo a produção executiva do álbum de estreia a solo do rapaz. Só alguns privilegiados podem gabar-se de ter partilhado o estúdio com duas verdadeiras lendas do hip hop, e de entre esses raros serão os que o fizeram aos 18 anos. Bishop Nehru está nesse rol de exclusivos e o seu destino está a ser desenhado na companhia de autênticos pesos-pesados do género. A abrir um ano que se avizinha de grandes vôos, o jovem de Nova Iorque disponibilizou online o seu mais recente trabalho, The Nehruvian EP.
O extended play é banhado a boom-bap, que será o mesmo que dizer que é a Golden Era espelhada num miúdo da era pós-2.0. É sob esse manto que Markel Scott, nome próprio, se desdobra num elevado débito de rimas – é rap rápido, quase sem fôlego, cuspindo de um trago – e de foco na realidade que o rodeia e que o afecta. Abordagem temática e estilística que terá impressionado Nas, que se apressou a recrutar Bishop Nehru para a sua label ao mesmo tempo que o colocava noutro patamar ao afirmar que o rapaz era “o futuro da música”. É uma descrição que contextualiza Bishop Nahru numa perspectiva global, que nos diz que há capacidade de adaptação no rapaz para diferentes géneros. De certa forma não surpreende: Markel Scott, em entrevista à Billboard, recordou mesmo que vem de um background de influências punk, pop e jazz.
Bishop Nehru é tido como um promissor talento entre os rappers nova-iorquinos da nova escola. E para além do EP agora disponibilizado, vale a pena conhecer um pouco mais de Bishop Nehru através da longa entrevista que concedeu à Wax Poetics – sendo mesmo capa da edição 61 sob o título “The Phenom”.
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