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Texto: ReB Team
Fotografia: Dan Medhurst
Publicado a: 13/01/2022

Febril jazz fabril.

Binker and Moses em colisão de virtuosismo em Feeding The Machines

Texto: ReB Team
Fotografia: Dan Medhurst
Publicado a: 13/01/2022

Binker Golding e Moses Boyd dão as mãos, uma vez mais, em Feeding The Machines, que nos vai chegar a 25 de Fevereiro por intermédio da Gearbox Records.

Desde 2015 que o nome Binker and Moses tem sido sinónimo de uma frutuosa parceria entre dois dos mais ecléticos músicos da nova vaga do jazz britânico. Os primeiros diálogos entre os dois em estúdio ficaram registados no vencedor de um MOBO Award Dem Ones e, desde então, foram mais três os LPs que amealharam enquanto dupla — o mais recente, Escape The Flames, resulta de uma gravação ao vivo no Total Refreshment Centre, em Londres — ao mesmo tempo que se desdobravam entre outros projectos e editavam material em nome próprio.

Produzido pelo veterano Hugh Padgham nos lendários Real World Studios, fundados por Peter Gabriel, Feeding The Machines conta ainda com Max Luthert como “terceiro membro honorário”, ele que ficou responsável por dirigir as tais “máquinas” — “loops em cassete e feitiçaria electrónica”, revela o press-release — que Binker Golding e Moses Boyd alimentaram com o seu saxofone e bateria, respectivamente.

Da exploração do espaço sonoro a um nível mais melódico à poeira levantada pela colisão de ideias mais impulsivas e de maior densidade nascem em breve seis faixas, produto de uma “expansão” assumida pela dupla. Num comunicado, Golding abordou os contornos deste novo trabalho:

“Creio que este álbum, na sua maior parte, carrega um sentimento de solidão. É o álbum mais solitário de Binker and Moses, mesmo apesar dos temas de dança, que eu até gosto bastante. Demarca-se pela diferença. Eu e o Moses queríamos expandir o som da banda sem adicionar mais instrumentistas, como tínhamos feito em álbuns anteriores. De modo a expandir o som do saxofone e da bateria, decidimos convidar o Max Luthert para nos assistir com um modular. Grande parte do que podem ouvir a sair do modular é na verdade uma reorganização do saxofone e da bateria acústicos. A cena é que aquilo sai tão distorcido que podem nem conseguir reconhecer os sons acústicos.”

O autor de Dark Matter (2020) é um dos nomes confirmados para a edição deste ano do ID_NOLIMITS — o produtor e baterista actua no dia 26 de Fevereiro no Centro de Congressos do Estoril, em Cascais.


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