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Publicado a: 03/02/2018

B Quest: “Sinto-me cada vez mais capaz de ultrapassar os meus limites”

Publicado a: 03/02/2018

[TEXTO] Gonçalo Oliveira [FOTO] Maria Ana Marques

“Sem Ti” é o mais recente tema de Álibi a transitar para o capítulo do audiovisual. O EP de estreia de B Quest foi editado no Verão passado e no novo vídeo podemos ver o rapper lado a lado com Cálculo. Maria Ana Marques assina a realização da peça, uma história pautada por esse sentimento tão típico do povo português: a saudade.

Dividido em três actos, Álibi continha 12 faixas que serviram para dar a conhecer ao mundo o lado mais poético de Cláudio Bastos. Este não foi o seu primeiro contacto com o rap, embora tenha sido o projecto no qual apostou mais fortemente — criatividade, esforço, tempo e a quantia monetária necessária para arrancar com um trabalho de maior amplitude. Essa dose extra de dedicação fez com que Álibi fosse apresentado no registo mais sério, profissional e sincero possível. Do vídeos às batidas e das rimas que assina aos versos emprestados por artistas com mais anos de casa.

Totalmente produzido por C Octave aka Clave, o EP de estreia de B Quest é diversificado nas temáticas e nos registos sónicos que a música urbana hoje contempla.

 



Este é mais um dos temas do teu EP de estreia a saltar para o formato vídeo. Como se deu esta colaboração com o Cálculo? Já se conheciam antes da tua aventura no disco?

Sim, já mantínhamos o contacto antes desta colaboração que, aliás, nem é a primeira, visto que ele já tinha produzido um tema para o projecto que tinha nos Carpe Diem CHC. Nós fomos convidados para abrir o concerto de apresentação do álbum dele, o A Zul, que foi em Braga há uns anos. A partir daí surgiram oportunidades de trabalharmos juntos. Até já fui a um workshop dirigido por ele. Hoje em dia já mantemos uma relação de amizade, através dele conheci o pessoal de Barcelos. E entre nós todos vão existir muitos mais projectos colaborativos.

De que forma consideras importante estas colaborações entre artistas da mesma vertente? Seja pela troca de experiências ou até mesmo pela “picardia” saudável na disputa da faixa, por exemplo.

Eu olho para as colaborações como oportunidades para nos desafiarmos e de aprendermos com quem trabalhamos. Neste caso, foi possível ter na faixa alguém que admiro muito. Ao início temos sempre aquele “receio” que a pessoa com quem trabalhamos não vá sentir muito o teu repertório ou o projecto em questão. E não há mal nenhum nisso, pois apenas temos de encarar de uma forma motivacional. A partir do momento em que o trabalho arranca, é como tu falaste: a “picardia” saudável que existe costuma dar bastantes frutos, pois faz vir ao de cima os melhores atributos de cada um. E isso é algo muito especial que o rap me proporcionou.

Que balanço fazes do teu EP? Tiveste boas reacções?

Como é óbvio, gostaria que o EP chegasse aos ouvidos do mundo todo. Sei que dei muito de mim para que a obra chegasse a ver a luz do dia, e o feedback que recebi recompensou tudo. Sozinho consegui vender já quase 400 cópias e, quando a venda é feita pessoalmente, fico com a sensação que as pessoas também ganham a impressão que isto realmente custa a fazer, tanto monetariamente, como em termos de tempo e de esforço. Há uma complexidade de parâmetros que estão subjacentes à criação de uma obra e quando recebes um feedback positivo por parte do ouvinte sentes que realmente fazes algo que interessa. O objectivo passa por continuar a expor o EP, tentando marcar umas datas, e soltar música nova cá para fora, de forma a demonstrar que não me contento com o Álibi apenas — sinto-me cada vez mais capaz de ultrapassar os meus limites.

Agora com este último vídeo, dás por encerrado esse capítulo ou vais explorar mais singles do EP? Que planos reservas para 2018?

Sim, penso que este vídeo acaba por ser a última cena que irei carregar relacionada com o EP (em termos de temas e videoclipes).  Já tenho umas quantas faixas novas prontas, estou apenas a estudar a melhor forma de as lançar. Tenho “estudado” as maneiras mais interactivas para com o ouvinte, de forma a envolvê-lo mais nas músicas em si. Tenho também alguns projectos sobre os quais me irei debruçar mais este ano, tanto com pessoal cá de Famalicão como de Barcelos. Será também um ano em que me focarei mais na produção, pois tenho recebido vários convites nesse sentido. Mas, acima de tudo, gostaria que 2018 fosse um ano em que continuasse a atingir aos poucos certos objectivos que estabeleço para mim mesmo. Aprendi que a dedicação provém em boa parte da satisfação, daí procurar atingir certas metas para continuar a criar cada vez mais e melhor.

 


https://youtu.be/C3VMi8kvdnk?list=PLqmHZrW2oUWYuBiQ4Vert2p5IRV552N-e

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