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Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 10/12/2021

A abordagem portuguesa à city pop.

Atalaia Airlines e “a piada mais elaborada do mundo”

Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 10/12/2021

Uns querem o Montijo, outros Alcochete: certezas quanto à localização do novo aeroporto nacional é coisa que parece não haver para os lados do Palácio de S. Bento. Entretanto, na Rua da Atalaia, em Lisboa, nasce uma “empresa” pronta para nos pôr nos céus. O primeiro voo foi realizado há pouco tempo e teve aterragem no Super Bock em Stock — segundo os próprios foi um sucesso e a procura foi muita. Pode-se, então, esperar mais viagens desta Atalaia Airlines

Nesta banda, que não quer ser banda mas uma companhia aérea sonora, encontramos Afonso Serro, Pedro Puccini e Humberto Dias. Foi com os dois primeiros que conversámos na tentativa de perceber um pouco mais sobre esta experiência que oferece jazz, humor, city pop, algum vaporwave, rádio, “Niteflix”, uma voltinha de bicicleta e, quem sabe, uma futura telenovela. Um verdadeiro serviço de primeira classe prestado com a preciosa ajuda de David Bruno, Mike El Nite, João Sala, Iguana Garcia, Alexandre Guerreiro, Yuuku e, claro, Joaquim Quadros, um funcionário especial que une todos estes colaboradores. 

Depois de conhecermos a equipa, quisemos também conhecer a sede, as origens do nome e quais são as suas reais motivações. Os Atalaia Airlines respondem-nos a tudo isso e ainda pensam sobre as ligações do humor com a música nacional, a ideia de se colocarem em segundo plano e o amor da banda pela city pop.

Agora só nos resta dizer: “Namastereo”.



O vosso álbum “aterrou” muito recentemente, mas a verdade é que o início desta viagem já tem algum tempo. Lembro-me de ouvir falar no vosso projecto já há bastante tempo. 

[Afonso Serro] Ya. O “Primeira Classe” já saiu há um ano e meio. O nosso single-êxito [risos]. 

Porquê só agora o álbum?

[Afonso Serro] Primeiro de tudo, as músicas demoraram algum tempo a fazer, a gravar e isso tudo, o que até é bom sinal. Por outro lado, isto demorou este tempo todo porque acabou por envolver tantas identidades à mistura que a coisa quase ganhou um rumo diferente daquilo que tínhamos pensado inicialmente. Entrou o pessoal da Cuca Monga — a editora do disco –, mais os vídeos, mais novas ideias. Foram sempre acontecendo mais coisas e mais coisas. As músicas também foram sendo feitas ao longo deste tempo. Para falar a verdade, também não tínhamos grande pressa, não tínhamos nenhuma expectativa.

Disseste que isto cresceu para lá da ideia inicial que tinhas. Isso significa que todo o conceito que ouvimos no disco não foi planeado na sua génese? 

[Pedro Puccini] Acho que o produto final está próximo daquilo que tínhamos imaginado ao início. Em termos de conceito diria que ficou aquilo que nós queríamos. Mas, ao mesmo tempo, não estava na nossa ideia fazer algo com esta dimensão, queríamos fazer algo do nosso tamanho, só que entretanto isto explodiu para uma cena onde todas as músicas tinham um convidado diferente, nem que fosse a tocar ferrinhos. 

[Afonso Serro] Com o tempo também mudaram muitas coisas. A ideia inicial, era um “bora fazer uma coisa estupidamente elaborada só pela diversão” e acabámos por fazer isso. Houve uma altura em que eu dizia que Atalaia Airlines era a piada mais elaborada do mundo. [Risos] E é, no fundo, isso.

Vocês referiram a enorme quantidade de convidados envolvidos no projecto. Como é que isso se foi processando? 

[Pedro Puccini] Já fazia parte da ideia, sempre pensámos em convidar pessoas, apesar de no início a nossa ideia para as vocalizações ser com outras pessoas.  

[Afonso Serro] Verdade seja dita, as nossas músicas, apesar de estarem bem apenas com os instrumentos, precisavam de ter vocais para chegar às dimensões que pretendíamos. Era preciso ter alguém a cantar e, se fosse possível, um daqueles dos anos 80, do gospel e isso, que em Portugal é algo que efectivamente não encontramos. Chamámos os amigos e a partir daí passou para o David Bruno e para o Mike El Nite e por aí fora. 

Eles acabaram por também ter o seu dedo nas composições? Vocês gravaram juntos ou quando eles entraram já o instrumental estava completo e fechado? 

[Afonso Serro] Alguns foram connosco para estúdio, outros gravaram no estúdio deles ou em casa, desde que as coisas ficassem bem não nos opusemos a nada. Isto foi um bocado como se fosse o Alchemist a trabalhar com um rapper qualquer que esteja agora na berra. Mostras os beats aos MCs e eles depois ouvem, escolhem e cantam por cima. Foi um bocado isso. Nós tínhamos um leque de músicas e depois eles escolhiam uma e conforme as que escolhiam ficavam entregues e seguíamos para o próximo.

[Pedro Puccini] As mudanças que podem ter acontecido foram todas muito residuais, as músicas quando iam para os convidados já estavam praticamente fechadas, não havia grande coisa para mudar. Nós também fazíamos o exercício de pensar quem poderia cantar naquelas faixas e aí convidávamos as pessoas. 

Eu perguntei isto por causa da energia que se sente nas músicas. Todos os convidados são diferentes entre si, mas de alguma maneira as músicas encaixam na perfeição neles. A “Primeira Classe” poderia perfeitamente ser uma música do David Bruno, assim como a “Niteflix” facilmente estaria no próximo álbum no Mike El Nite. Quase podiam ser singles deles. 

[Afonso Serro] É assim, existe alguma coerência entre a estética deles e a estética da nossa banda, acho que isso se nota. A “Primeira Classe”, para mim, já era a “Primeira Classe” mesmo se o David Bruno não tivesse entrado porque era ao que aquilo soava. Da mesma maneira que a “Niteflix” soa a um beat mais recente do Mike El Nite. Achámos que acabava por ser uma escolha óbvia por estar dentro da mesma estética. Mas, apesar disto tudo, o que eu gostava era que as pessoas ouvissem o disco mesmo à antiga, do início ao fim. 

Interessante dizeres isso porque eu acho que este álbum acaba por só funcionar se for assim feito. As músicas soltas por si só não apresentam a mesma dinâmica, da mesma maneira que toda a fórmula deixa de fazer sentido se ouvires as faixas num formato random. Se saltares os interlúdios não têm o mesmo impacto.

[Pedro Puccini] É isso. Se não ouvires aquilo do início ao fim não vai fazer sentido. Os interlúdios também estão lá para criar essa coesão entre as músicas, porque os convidados são tão diferentes, mesmo os instrumentais são tão distintos que sem eles sentias um bocado que estavas a ouvir uma pilha de músicas que não se interligam muito bem umas com as outras. 

[Afonso Serro] Realmente aqueles interlúdios são uma espécie de argamassa que junta tudo. Tens razão nisso. Acabou por ser uma piada que fez todo o sentido porque vai ao ponto filosófico da estética — aquilo faz esteticamente sentido. Cria uma imagem mental na cabeça das pessoas, assim como várias emoções, sejam elas quais forem. Sem os interlúdios até pode ficar fixe na mesma, mas seria um álbum com uma sensação totalmente diferente. Eu curti. 

Acho que um dos resultados dos interlúdios é que acabam por gerar uma coisa engraçada, que é colocar a vossa banda em segundo plano. As músicas deixam de ser vossas para passarem a ser dos convidados. A atenção é toda dada a eles, são eles os referidos. As vossas músicas passam quase a sensação de serem apenas uma tela onde se construíram “as músicas dos convidados” e os vossos temas solo por outro lado são quase como publicidades do Ondas FM, a estação referida durante o álbum. 

[Pedro Puccini] É uma análise interessante, nunca tinha pensado nisso dessa forma, mas é exactamente isso, está certo. 

[Afonso Serro] É a verdade. É o que eu estou sempre a dizer, Atalaia Airlines não é uma banda convencional, Atalaia Airlines é o oposto, eu chego ao ponto de dizer que Atalia Airlines não é uma banda, é uma empresa. Atalaia Airlines é uma companhia aérea [risos]. Isto mexe com imensas pessoas, imensos mails, pessoas que nem têm a ver com música, mexe com pessoas que estão no Japão e nos Estados Unidos. 

[Pedro Puccini] Reunimo-nos mais vezes para debater assuntos sérios do que para tocar [risos].

[Afonso Serro] Ya, a música não está em segundo plano, mas a banda enquanto instrumentista está sempre em segundo plano.

Vocês falaram nesse conceito de ser uma empresa e lembrei-me que enquanto corria o vosso Instagram passei pelo restaurante “O Avião”, que fica numa tal Rua da Atalaia. Qual é a vossa ligação a esse restaurante?

[Pedro Puccini] É a nossa sede oficial, se passares por lá num dia qualquer da semana é muito possível encontrares qualquer um de nós. O nome nasce dali, eu e o Afonso tivemos um momento em que passávamos lá a vida, acho que só fechava ao domingo.

[Afonso Serro] Não, não, estava aberto também, houve uma altura que fomos todos os dias, durante umas duas semanas.

[Pedro Puccini] Duas semanas ou dois anos? [Risos]

[Afonso Serro] Estou a dizer sem intervalos. Aquilo é um tasco onde toda a gente se junta. Há mais malta da música de Lisboa que vai lá parar, e nesse sentido é fixe. Conhecemos malta lá, fizemos lá amizades e achamos que a banda surgiu um bocado a partir daí, porque efectivamente foi lá que conheci o Pedro, que estabelecemos a nossa amizade e começámos a fazer a banda. Aliás, decidimos fazer a banda porque o nome Atalaia Airlines é mesmo fixe, porque tivemos muitas outras ideias para fazer bandas, mas nunca fizemos. Bandas e filmes, lojas, empresas, partidos políticos [risos]. Atalaia Airlines foi uma das ideias que se materializou.

[Pedro Puccini] Também acho que era a mais fácil.

[Afonso Serro] Há pessoas que cantam sobre os problemas da sua classe social, os problemas da rua, há pessoas que fazem músicas de intervenção, nós fazemos músicas sobre a tasca onde vamos para homenagearmos o Sr. António e as nossas vivências [risos]. 

Não sei se sabes onde fica…? Aquilo é à beira do Bairro Alto, numa esquina, antigamente eram só bandidos naquela zona, era a rua mais perigosa da Misericórdia. Depois limparam a bandidagem e aquilo transformou-se num sítio [que está sempre à] pinha, se fores lá a uma sexta feira ou a um sábado tu não andas. Ou seja, nós vamos para lá a uma quarta-feira porque ao fim de semana esquece. 

Uma coisa que acho interessante nas vossas músicas, e que acho que fazem mesmo bem, é trabalhar nessa linha extremamente ténue entre o que é sério e respeitável e o que é uma simples e pura brincadeira. Como é construir música nessa linha? 

[Afonso Serro] Ya, é tramado. Pessoalmente, e não falo por mais nenhum dos membros do grupo, se as pessoas interpretam isto como uma simples brincadeira, para mim não é o fim do mundo, não me choca, tem humor por isso está-se bem. Mas, mesmo que as pessoas se apercebam desta componente humorística, eu ficava mesmo muito feliz se reconhecessem o valor técnico e artístico do que foi feito porque as músicas estão efectivamente boas e digo isto como se não fosse eu a fazê-las. Aquilo tem uma estrutura, tem uns acordes porreiros, tem uns solos, as coisas estão complexas, nota-se que quem fez aquilo tem muitas influências, desde o jazz… e há ali uma linguagem do jazz bastante estabelecida até ao rock, city pop, música electrónica, ou seja, há ali culturalmente um bom índice musical, e eu gostava muito que as pessoas reconhecessem isso porque foi efetivamente para isso que trabalhei neste projecto. É uma brincadeira, sim, mas eu quero que as pessoas reconheçam [isso].



Mas não sentes que essa ideia de não levar as coisas demasiado a sério pode ser de certa forma libertadora criativamente, mesmo com toda essa dificuldade da linha?

[Afonso Serro] Sim, mas vamos ver. Eu acho que nós aqui, em Portugal, temos essa vertente humorística muito presente. O Chico da Tina veio-me logo à cabeça. Um dos rappers mais famosos do nosso país é um rapper humorístico. 

[Pedro Puccini] O David Bruno também é um gajo que faz isso. Música com humor, mas também com seriedade, tu ouves as músicas dele e consegues perceber que houve ali um trabalho de pesquisa e de estudo feito, que é sério. Não é só chegar ali e mandar umas postas. 

[Afonso Serro] Mesmo o pessoal da Cuca Monga, Ganso, Bispo e isso, eles também são todos humorísticos. Mas é assim, nós somos as pessoas mais privilegiadas do mundo, nós somos homens, brancos, heterossexuais, vivemos numa capital, vamos cantar sobre que problemas? Não há muito o que falar. Nós, enquanto homens portugueses, a não ser que sejamos cantautores, maior parte das vezes vamos fazer coisas humorísticas. O David Bruno é um grande rapper, as letras dele têm cabeça, só que não é o Chullage, não é político, ele fala daquilo que é a realidade dele, sobre as suas vivências, sobre o que é ir ao café da sua zona, sobre a rotunda da Repsol, sobre o Honda Civic a dar rateres na VCI. Ele faz rap sobre a realidade dele e nós fazemos o mesmo com a nossa.

Dizes isso do David Bruno não ser político, mas na “Primeira Classe” até há ali linhas que podem ser vistas como políticas, como aquela que dá a entender que podes dever dinheiro mas se tiveres algum poder está tudo bem.

[Pedro Puccini] Aquilo no fundo é a história de um personagem, que é um empreiteiro que faz trinta por uma linha e que se está a borrifar para toda a gente e para tudo, que só pensa nele.

[Afonso Serro] É uma coisa que aconteceu naqueles anos 80 e 90, os patos bravos, aqueles construtores que faziam prédios sem licenças e coisas do tipo, muito dinheiro se meteu no bolso nessa altura. 

Voltando à estética do álbum. Diriam que fizeram um trabalho de city pop à portuguesa?

[Afonso Serro] É isso, disseste tudo.

[Pedro Puccini] Foi exatamente essa a estética que quisemos canalizar. A verdadeira estética da city pop, que é um bocado fútil, mas que no fundo é aquilo que é a nossa realidade. 

De onde é que veio essa ideia de pegar na city pop? A ideia que eu tenho é que o género acaba hoje por ser mais um meme que outra coisa.

[Pedro Puccini] No fundo foi. Quando apareceu a “Plastic Love” no algoritmo do YouTube aquilo acabou por se tornar um meme. Entretanto descobrimos pérolas incríveis, como os discos do Jackie Chan, o verdadeiro Jackie Chan, ele tem um ou dois álbuns de city pop. 

[Afonso Serro] O Jackie Chan tem um grande disco, mas pronto. A city pop foi o novo digging. Estás no YouTube a ver um vídeo que só tem caracteres japoneses, os comentários estão todos em japonês, não fazes ideia do que se está ali a passar, mas estás ali a descobrir grandes bangers. É um bocado irónico aquilo ser tão fuleiro mas ao mesmo tempo soar tão bem. Todos os discos e todos os artistas da city pop são basicamente cópias do Michael Jackson, podemos pôr já isso em cima da mesa, porque é a verdade, mas soa tudo mesmo bem. E, pronto, nós andávamos a ouvir muita city pop na altura, fomos fazendo e as coisas foram acontecendo.

E com uma japonesa chamada Yuuko. Como é que nasceu esta colaboração?

[Afonso Serro] Fui eu que andei à procura de pessoas japonesas, mas não encontrei em lado nenhum, até que a conheci na Internet. Pedi para ela cantar, dei-lhe uma melodia e ela disse que sim, que gravava umas vocals e isso. Eu disse-lhe que era para um projecto em Portugal, que não era uma coisa grande, que somos um país pequenino e tal, ela só perguntou se ia para o Spotify. Eu disse que sim e ela fez. E é uma das minhas favoritas, essa música está mesmo fixe. 

Uma coisa que as pessoas não sabem — mas que vamos deixar claro quando sair o lado físico do disco — é que nessa música quem está a tocar guitarra é o meu primeiro professor de jazz, o Pedro Madaleno, que era tipo o príncipe da fusão em Portugal nos anos 80 e 90. Ele veio da Berklee para aqui para fazer discos tipo Pat Metheny. 

E agora está a fazer city pop.

[Afonso Serro] Ya, mas ele não sabe no que se meteu [risos]. Eu só lhe mandei um mail a pedir para gravar uma coisinha e tal. Ele disse que fazia isso na boa, mas não sabe muito bem naquilo que se meteu. Agora é tarde demais.

Para terminar a entrevista gostaria de saber: como foi essa vossa primeira aterragem em pleno Super Bock em Stock?

[Afonso Serro] Foi um sucesso.

[Pedro Puccini] Correu mesmo bem, foi uma coisa que me surpreendeu. As pessoas estarem ali a curtirem, a cantar as músicas, a saberem as letras. A sala estava cheia.

[Afonso Serro] E mandavam aviõezinhos de papel.

[Pedro Puccini] Ya, a dizer Atalaia Airlines. Foi incrível. Nenhum de nós estava à espera daquilo. Estava lá malta para nos ver. Julgávamos que isto ia passar um bocado nas sombras e não. Eu tive pessoas a dizer que tiveram dificuldades para entrar. Estava mesmo à pinha, não estava à espera. Ainda estou a processar o concerto, para falar a verdade. 

Pelo que vi no Instagram, parecia uma grande festa. Muita gente no palco. Como é que é transportar este álbum para o palco com tantos convidados?

[Afonso Serro] É difícil. É mesmo um grande stress. Foi um tiro no escuro, por acaso correu mesmo bem porque os convidados alinharam. Isso obrigou-nos a montar um bom concerto. As músicas foram estendidas, levámos mais músicos para além de nós os três.

[Pedro Puccini] Banda éramos seis, mas depois com os convidados… quando tocámos a “Um Pouco Mais” éramos nove.

Mas nem todos os concertos vão poder ser assim com estes convidados todos. 

[Pedro Puccini] Vamos ter de arranjar alternativas. Tocar em trio, provavelmente, arranjar um esquema qualquer em que se transforma aquilo mais num espectáculo do que num simples concerto, não sei. Uma maneira de introduzir os convidados sem eles estarem lá.

Eu por acaso ia perguntar isso, se já pensaram na ideia de incorporar imagem em concerto, porque se há coisa que este álbum tem é a capacidade de criar uma imagem na cabeça do ouvinte. Facilmente criamos uma história com a narração do Quadros, com o vosso nome…

[Pedro Puccini] A ideia seria introduzir audiovisual. Talvez introduzir os convidados em projecção, fazer uns vídeos com eles.

[Afonso Serro] Um holograma [risos].

[Pedro Puccini] Um holograma acho muito complicado, mas porque não, vamos lá complicar mais um bocado [risos]. 

[Afonso Serro] Eu acho que Atalaia é um projecto muito cinematográfico. Nós queríamos fazer uma telenovela com Atalaia mas não deu. 

Uma telenovela? 

[Afonso Serro] Sim, uma telenovela. Primeira temporada, com genérico, com actores e as músicas eram a banda sonora. Essa ideia ainda não morreu.

[Pedro Puccini] Exacto, essa ideia ainda existe, o problema é arranjar fundos. Isto na nossa cabeça funciona muito bem, mas as nossas carteiras não estão assim tão felizes. 


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