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Fotografia: Ben Kirschenbaum
Publicado a: 28/01/2021

Uma banda de Israel no catálogo do selo californiano.

Apifera: “O que nós fazemos? É uma espécie de jazz, sim…”

Fotografia: Ben Kirschenbaum
Publicado a: 28/01/2021

Chamam-se Apifera — nome de uma orquídea com uma capacidade acima da média para atrair abelhas –, são israelitas e acabam de se estrear com Overstand no catálogo da norte-americana Stones Throw, a editora que lançou Madlib, que revelou Dâm-Funk e que nos prendou com Mayer Hawthorne, por exemplo. É igualmente a editora responsável por ter lançado os dois mais recentes álbuns de Rejoicer, produtor e multi-instrumentista cujo verdadeiro nome é Yuval Havkin.

Conferindo as fichas técnicas de Energy Dreams e Spiritual Sleaze, percebe-se que o músico baseado em Tel Aviv recorre com frequência à cena local quando precisa de instrumentistas para executar as suas ideias, que normalmente cruzam o espaço que existe entre o hip e o jazz, o funk e a electrónica de fusão, os anos 70 e um outro tempo qualquer que provavelmente ainda não alcançámos porque ainda se esconde no futuro.

Após tanto trabalho em estúdio, Havkin acabou por encontrar no baterista Amir Bresler, no baixista Yonatan Albalak e no também teclista Nitai Hershkovits os aliados de que necessitava para este projecto que quer transformar em música a ideia que juntos formaram da natureza. Na sessão de Overstand particpam mais alguns amigos, incluindo uma secção de sopros num par de temas e o irmão de Yuval Havkin, o igualmente teclista e ainda baixista Nomok. Tudo gente com trabalhos já lançados em nome próprio, carregadíssimos de uma experiência que salta à vista quando se escuta este álbum de estreia, que já mereceu atenção da coluna Notas Azuis e também do homónimo programa de rádio da Antena 3.

Num encontro Zoom com o Rimas e Batidas, compareceram, a partir das suas casas em Tel Aviv, Amir, Yonathan e Nitai, que nos explicaram o que importa saber sobre Overstand e revelaram ainda que já há material gravado para o segundo álbum de Apifera.



A minha primeira pergunta tem a ver com o último álbum do Rejoicer, porque eu vejo a versão ao vivo do Spiritual Sleaze como uma espécie de começo para o projecto Apifera. É assim?

[Amir Bresler] Eu não tenho bem ideia de como é que isto começou.

[Nitai Hershkovits] Eu acho que o live de Rejoicer veio de nos juntarmos em estúdio para tocarmos juntos este tipo de alinhamento. Entretanto, “ok, nós já vimos como é que isto vai soar”. Nós já andávamos a trabalhar em estúdio antes disto começar. Íamos gravando um ou dois temas que gostávamos muito e achámos “vamos fazer uma banda”. Fazia parte do Time Grove Ensemble, que apenas tinha uma edição na Raw Tapes.

Então e quando é que decidiram “temos alguma coisa aqui, vamos fazer algo diferente?” Isto porque se trata de um projecto diferente. Tiveram algum tipo de referência a apontar a direcção para a qual deveriam seguir?

[Amir] Acho que apenas ouvimos os discos que gostamos. Não creio que tenha existido uma referência específica.

Então não houve aquela jantarada em que se partilham discos antigos pelo meio e se decide “temos de ir nesta ou naquela direcção.”

[Nitai] Sem dúvida que fazemos isso! Nós temos algumas reuniões em que metemos a tocar música uns para os outros. Por vezes acontece isso, “devíamos fazer isto para a nossa banda, ir naquela direcção”. As referências estão sempre presentes e são uma ferramenta forte para nós escrevermos juntos.

O material que têm no álbum soa muito a live. Eu li que o gravaram em três dias. Podem recordar como correram essas sessões?

[Yonatan Albalak] O conceito é ligarmos os instrumentos e começar a tocar. Assim que alguém surge com uma ideia digna de ser trabalhada, pensamos logo “vamos por aqui”. Toda a gente dá a sua opinião e tenta encontrar a sua própria melodia, acorde ou batida. Ou então ajuda os outros a conseguirem encontrar. “Podemos tentar si bemol? Que tal tu trabalhares a melodia e tu trabalhas a secção de ritmo?” A coisa desenrola-se até termos uma canção completa. Gravamo-la logo após a concluirmos. Logo depois de a aprendermos a tocar pela primeira vez, desde o início ao fim. Gravamos uns três takes e está feito. “Vamos seguir em frente”. No pior cenário, mais tarde temos de fazer overdub de uma ou duas pistas. Mas essencialmente é compor, tocar e gravar. Tudo num período de cerca de quatro horas por música. Por isso temos entre duas a três faixas por dia. É um processo bastante rápido. Antes de dares conta já tens um álbum pronto.

E gravam em multipistas?

[Yonatan] Gravamos em multipistas, mas a coisa fica logo praticamente pronta. Quero dizer que não existe quase pós-produção. Nós gravamos o som no próprio local com os microfones. Todas essas escolhas são tidas antes de começarmos a gravar.



Podem falar um pouco mais sobre esse aspecto mais técnico do disco? Quais foram os instrumentos que utilizaram? Foi um processo digital, analógico?

[Nitai] É digital. Usamos sintetizadores analógicos, porque gostamos muito daqueles ambientes. Normalmente recorremos a um mono e a um ou dois polifónicos. O Yonatan toca baixo, outras vezes é o Amir a tocar o baixo. E nessas alturas, claro, não existe bateria.

Usam algum fretless da Fender?

[Yonatan] A nível de guitarras? Hum… Eu tenho uma guitarra muito especial que arranjei um dia antes de começarmos a gravar o álbum. É uma Fender Bass VI, não sei se conheces. É basicamente uma guitarra afinada uma oitava abaixo, por isso está dentro do espectro do baixo e ainda tem as duas cordas mais agudas. Na verdade não soa nem a baixo nem a guitarra. Consegues um som bastante versátil com aquilo. Tens uma espécie de guitarra nas notas mais agudas e uma espécie de baixo nas notas mais graves. A parte do baixo é bastante magrinha, por isso uso efeitos para lhe dar outra dimensão. Também uso um Gibson SG como baixo neste álbum.

Há alguma história assim mais engraçada por detrás dessas ferramentas? Compraram algum desses instrumentos a alguém assim mais famoso, por exemplo?

[Yonatan] [risos] Eu gosto das tuas perguntas.

[Amir] Temos aquele microfone!

[Yonatan] Pois é. Temos uma grande história com esse microfone. [Risos] Grande parte do som de bateria que tu ouves foi gravado com um Neumann M49 B que eu consegui através do meu pai. Ele encontrou-o num contentor e pensou, “eu não sei o que vou fazer com isto mas posso dá-lo ao meu filho”. Eu também não sabia o que fazer com aquilo, tinha uns 18 anos na altura. Fui ao Google pesquisar por ele e “ok, este é o melhor microfone do mundo”. Arranjei-o e agora uso-o para tudo.

[Nitai] E tens dois desses!

[Yonatan] Sim, tenho dois.

Quanto ao nome que deram à banda, achei uma ideia muito interessante: a pessoa que escreveu o press release tenta interpretá-lo como algo que faz a conexão entre o vosso som e a natureza. Como é que isto nasceu exactamente?

[Yonatan] Essa é uma história engraçada também. Foi o Nitai que surgiu com este nome, porque precisávamos de mudar o nome inicial. A primeira opção foi Lake View. Eu e o Yuval tínhamos ido em digressão pela Índia com o projecto Buttering Trio e passámos por uma cidade, Pushkar, em Rajasthan, que tem um lago. Todos os hotéis e restaurantes de lá tinham uma placa a dizer “Lake View”. “Hello sir, do you want to come to have dinner? We have this lake view. Want to stay in our guest house? We have the lake view…” [risos] Então chamámos a banda Lake View. Só que uma semana após termos chegado a este nome e o termos entregue à editora, descobrimos uma banda qualquer hipster de electrónica chamada Lake View. O nome então já não servia e precisávamos de outra coisa.

[Nitai] Eu creio que era uma dupla de country americana.

[Yonatan] Isso! Não podíamos usá-lo. Apifera foi a alternativa.

Vamos falar de como é que a electrónica consegue caber nesta visão muito natural do mundo que vocês estão a tentar transmitir. Eu sou um grande fã de Mort Garson, Beaver & Krause… Todos eles fizeram discos de electrónica que tentaram transmitir uma ligação com a natureza, fazendo música para plantas, por exemplo, que é para onde aponta o vosso nome. Vocês estão a par deste tipo de experiências?

[Nitai] Claro que sim. Todos nós gostamos de ouvir cenas psicadélicas no geral. Os humanos também fazem parte da natureza. Não estamos separados dela. E a música acaba por ser uma extensão de tudo isso. Acho que, para nós, é muito natural não falarmos sobre notas musicais e assim quando tocamos. Nós falamos sobre ideias… Cenas que não são necessariamente musicais…

Tipo o quê? Cheiros, sabores?

[Nitai] Sim. E cores, paisagens… Por exemplo, tivemos uma sessão de gravação no outro dia, para o nosso segundo álbum, em que no primeiro dia colocámos um ecrã a passar umas animações estranhas. Cenas tipo as da Adult Swim. Só para estarmos a compor a pensar em algo. De repente alguém diz “vamos acima, depois abaixo e vamos viajar em torno disso”. Entendes o que quero dizer?

[Amir] É do tipo “agora estamos felizes, agora estamos tristes…”

Vocês por acaso conhecem as Oblique Strategies, do Brian Eno?

[Yonatan] Ya! Isso é um set de cartas excelente.

Sim. Um conjunto de cartas que vão dando umas instruções doidas ao pessoal que está em estúdio. Tipo “agora vamos fingir que é tudo azul”, ou “vamos trocar as funções de cada um”, ou “pensem numa cena…” Coisas desse género.

[Yonatan] Eu quis comprar isso como prenda para um amigo meu, só que custa à volta de 200 dólares, algo assim desse género. Uma quantia ridícula. [Risos]

[Amir] Se bem que o valor disso é incalculável…

[Yonatan] É verdade. Devíamos ter um baralho desses. Eu tenho um amigo que tem isso. Às vezes tirávamos uma carta e pensávamos: “olha, isso é fixe!”

[Amir] Mas também o temos de forma natural e é isso que eu gosto. O não termos de falar sobre música. Somos nerds de música, mas quando chega a hora de escrever queremos estar todos na mesma linha. Há alguém que percebe um pouco mais de música, o outro pode perceber um pouco menos… Todos nós conhecemos a natureza, as direcções, as cores… Por isso, creio que encontrámos algo que nos faz sentir confortáveis, acima de tudo.

[Yonatan] Às vezes, a meio de uma sessão, alguém surge com uma expressão qualquer… Lembro-me da última sessão que fizemos, para o tal segundo álbum, em que o nosso engenheiro de som surgiu com esta designação: “ancient mesopotamia“. [risos] Isso ditou a vibração daquela faixa. Tentámos explorar as tonalidades daquilo que seria uma cultura antiga e fomos nesse sentido.

Existe uma certa teoria, não sei se vocês estão a par: há cientistas que defendem que os vasos que eram feitos pelos etruscos e os mesopotâmios podem ter sido as primeiras formas de gravar som. Porque enquanto os vasos estavam a ser criados, na roda do oleiro, iam gravando coisas no barro…

[Yonatan] Wow! Tipo vinil?

Exactamente. Há cientistas que acreditam que esses vasos têm sons gravados. Só não temos é a tecnologia que nos permita descodificar esses sons. É uma cena marada.

[Yonatan] Ya. Mas muito fixe.



Falem-me agora da vossa ligação à Stones Throw, que deduzo ter começado com o Rejoicer. Quando é que vocês os abordaram para dizer que tinham algo novo em mãos?

[Nitai] Uma semana após gravarmos o álbum. Nem sequer estava misturado. Eles gostaram instantaneamente. Pensaram até que já estava masterizado.

[Yonatan] Eu creio que conseguimos entrar ainda antes disso. Porque o Rejoicer já tinha editado por eles e propôs-lhes o projecto. Deixou-os ouvir algum material mais antigo, cenas do Time Grove Ensemble…

Vocês certamente notam que está algo a acontecer com o jazz. Quero dizer, está em todo o lado. Todas as editoras estão a assinar com nomes emergentes que se ligam a esta vibração muito específica. Sentem que o facto de entrarem numa editora que teve o hip hop como base é sintoma de alguma tendência de fundo? E eu na verdade nem sei se vocês se vêem como uma banda de jazz…

[Amir] O jazz hoje está muito diferente daquilo que era nos anos 50, 60. Sinto que o jazz neste momento tem um estilo muito mais amplo. Somos uma espécie de jazz, meio que pop mas não totalmente pop. Meio que rock, música brasileira… É uma espécie de jazz, sim.

[Yonatan] Quase que cabemos debaixo do guarda-chuva do jazz. Acho que abordagem ao jazz moderno é do tipo “vamos improvisar, não necessariamente com aqueles solos demasiado longos, mas em cima de uma batida firme”. É ter toda a gente a tocar em simultâneo. Talvez a cena mais próxima seja aquela cena do jazz de fusão mais primordial, tipo Weather Report, em que todos estão a criar em conjunto. Também tens esta mistura entre sons acústicos e eléctricos, máquinas e humanos…

Espero que seja minimamente jazz, porque eu vou pôr a vossa música a tocar num programa de jazz este domingo. [risos]

[Amir] É sim. É jazz. [Risos]

Sobre a vossa colaboração com o Steve Arrington: como é que isso aconteceu? Presumo que tenha sido pela Internet e que talvez vocês nem se tenham juntado em estúdio. Mas como é que, de repente, uns tipos de Israel acabam a colaborar com esta lenda do funk?

[Nitai] O Peanut Butter Wolf, o chefe da Stones Throw, levou-lhe a nossa música para uma das sessões que eles fizeram lá nos estúdios deles. “Olha, enviaram-me isto. Queres ouvir?” Ele ouviu o álbum todo e disse “isto soa bem”. Depois enviou-nos de volta e nós “mas que cena é esta?!” Sabes? Pareciam retalhos da nossa música.

Ou seja, ele pegou na vossa faixa e fugiu com ela? [risos]

[Nitai] Eles entretanto continuaram a trabalhar na produção daquilo com o MNDSGN e o resto da malta. Para nós tudo bem. Nós tínhamos a nossa própria visão daquilo que seria o tema, claro. Era uma cena instrumental e nem sequer tínhamos imaginado ter alguém aos gritos em cima daquilo. [risos] Mas ficámos muito contentes por ter acontecido, porque ao ouvir o Steve Arrington… Ele é mesmo uma lenda. Quer dizer, eu não o conhecia, mas fiquei contente por mo apresentarem e por ter feito parte do projecto dele. Foi bom tendo em conta que éramos uma banda que ninguém conhecia ainda.

Eu estou em Portugal, que fica mais ou menos a meio do caminho ente Israel e os Estados Unidos da América. No entanto sei muito pouco sobre a cultura musical de Israel. Parece um segredo bem guardado. Existe uma cena sequer? E quão vibrante é? Vocês inserem-se nela, têm sítios para tocar ao vivo aí?

[Amir] Tem uma cena muito fixe na verdade. É uma cultura bonita. Há homens e mulheres a fazerem coisas interessantes aqui e todos nos conhecemos uns aos outros em Tel Aviv. A vibração é boa e faz-nos querer criar mais.

Há muitos estúdios e editoras? Espaços para tocar ao vivo?

[Yonatan] Nem por isso. Nem se trata da quantidade de editoras e de salas de concertos. Tem a ver com o quão stressadas andam as pessoas com esta nova realidade… Eu não lhe chamaria guerra, mas de facto existe sempre uma guerra psicológica a decorrer. Creio que isso empurra as pessoas e leva-as a querem exceder-se e a encontrar a sua própria voz. É como um caldeirão de diferentes culturas. O nosso país começou com gente que veio de todo o lado. Há culturas que vieram de Este, outras do Oeste. Muitas vibrações diferentes que acabam por ser interessantes e que não consegues encontrar em mais lado nenhum. Imagina Nova Iorque, mas em ponto muito mais pequeno. Temos muita gente trabalhadora…



Qual é a população de Tel Aviv?

[Nitai] Diria umas 500 mil pessoas, incluindo a periferia.

[Yonatan] E todos querem conseguir vingar. Todos se esforçam imenso para serem eles próprios.

Creio que todos vocês têm o desejo de tocar ao vivo. O que é que vocês tencionam fazer em 2021?

[Nitai] Neste momento não temos público para os concertos. Toda a gente está confinada, tanto na Europa como nos EUA. Aquilo que estamos a fazer é, em conjunto com as editoras, sessões ao vivo. Temos um concerto dia 28 de Janeiro, em que vamos fazer uma espécie de celebração com a secção de sopros original e um teclista amigo nosso, o Noam Havkin (Nomok). É isto que temos agora. Fazemos o que podemos, via stream, como toda a gente está a fazer agora, até que consigamos agendar espectáculos.

[Yonatan] Aí vamos tomar conta do mundo!

Eu tenho visto o nome de Israel muitas vezes mencionado nas notícias por cá, em Portugal. Isto porque tanto Portugal como Israel estão a lidar muito mal com toda esta questão da pandemia neste momento. Os nossos países lideram as taxas de morte e tudo mais. Como é que vocês estão a lidar com isto? Vejo que cada um de vocês está na sua própria casa enquanto conversam comigo. É um período muito difícil para um músico, certo?

[Amir] Para os músicos isto está a ser muito difícil. Mas ao mesmo tempo é bonito porque temos tempo para fazer coisas diferentes daquilo que faríamos habitualmente. Eu ando a tocar imenso piano, por exemplo. Ando a experimentar coisas diferentes do normal. Mas encontramo-nos uns com os outros muitas vezes. Não estamos sempre confinados. Encontramo-nos para tocar. Apenas não actuamos ao vivo. É uma altura muito especial e temos de tentar aproveitar para ir fazendo outras coisas.

[Yonatan] Também trabalhamos a partir de casa. A cena ao vivo está morta. É engraçado dizer que algo “vivo” está “morto”. [Risos] Mas continuamos a gravar nas nossas casas. Enviamos faixas a outras pessoas para trabalharem nos seus estúdios. As pessoas são contratadas para gravar para outras pessoas pela Internet. Isso ajuda muito. E, claro, produzimos, compomos… Tudo o que der para fazer em casa ou num estúdio. Esse mercado está mesmo a acontecer.

Tenho uma última questão para vocês. Existe esta ligação entre os judeus e Portugal… Vocês conhecem Portugal? Já tiveram a oportunidade de nos visitar?

[Yonatan] Eu estou a tentar tirar o passaporte português. É o mais próximo que tenho. [risos]

Mas nunca cá estiveste?

[Yonatan] Não. Espera. Talvez tenha estado… Houve uma digressão que passou por Espanha e eu tenho quase a certeza que Portugal não estava na agenda, mas sou capaz de ter ido a Portugal passar um dia. Só que não me lembro. [Risos]

[Amir] Eu estive no Brasil. [risos]

Partilhamos a mesma língua de qualquer forma.

[Nitai] Eu estive em Portugal uma vez, num festival de jazz que acontece no norte. Consegues dizer-me o nome?

Guimarães?

[Nitai] Não.

Porto?

[Nitai] Isso. Mas esse é o nome da cidade, não é?

Sim. E costuma acontecer por lá um festival de jazz.

[Nitai] Pronto. Foi a única vez que tive aí. Há dez anos.


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