A Sonoscopia, associação de incansável pesquisa sonora, volta a desarrumar a casa para mais uma edição do seu não-festival de Verão. A 10ª edição do No Noise vai fazer-se ouvir na tarde e noite de 2 de Agosto em várias possibilidades de sonoridades não idiomáticas. Enquanto outros e outras vão a banhos, na cidade do Porto os mergulhos, ainda que limitados a 99 pessoas, serão na música de expressão exploratória e criativa.
As portas abrem às 15h para, meia hora depois, se dar início a todo o resto com a poética visual de Maria do Mar e Olivier Perriquet (sala MG). O projecto intimista que Ludovic Gerst vai desenvolvendo sob o nome de Frise Lumiére, em torno dos baixos e harmonias, irá ouvir-se alto às 16h15 no bar da casa. De volta à sala MG, às 17h, erguer-se-á uma muralha sonora por via da trompete processada em electrónica de João Almeida como Hocus. Wouter Jaspers e Pedro Sousa unirão de forma ruidosa a electrónica de um ao tenor acústico processado do outro no bar às 17h45. O exterior da casa recebe, às 18h30, “Augmented Reality Orchestra: the audience is the orchestra”, uma proposta performativa de realidade aumentada de Hardi Kurda & Werner Hasler. Ás 19h15, as canções de intervenção pop de Mary Ocher fecharão a tarde, antes do jantar servido às 20h.
A noite começa às 21h com duas propostas na sala MG. Primeiro os dispositivos mecânicos de Alfredo Costa Monteiro, portuense há muito radicado em Barcelona de onde prossegue a sua busca do aturado ruído, seguindo-se às 21h45 um duo de percussão performática servido pelas mãos de Karla Isidorou e Alessandra Bellon como K&A. Um outro duo, mas de interpretações contemporâneas de poesia medieval basca, irá escutar-se de Ibon RG e Garazi Navas, que encerrará as não-festividades a partir das 22h no jardim, nessa noite esperada de Agosto.
Um conjunto de nove propostas numa “partilha de sons e pessoas curiosas, ouvindo o futuro pelo presente de quem faz”, como refere em apresentação a Sonoscopia. A reserva de bilhetes deve ser feita pelo e-mail [email protected].