Na noite deste sábado, 20 de Dezembro às 21 horas, a ADÃO, no Barreiro, assinala o Solstício com “uma não-festa para quem não aguenta”, através de uma série de propostas multi-disciplinares que têm a música no centro.
Este será o evento piloto da desenlace, a associação que nasceu a partir das “cinzas” d’A Colina e que quer dar mais palco às diferentes culturas musicais que se escutam por entre os túneis subterrâneos do circuito nacional. O início está marcado para as 21 horas com uma apresentação da ambient experimental do sintrense Zé Burnay, que nos últimos anos lançou os álbuns Solar Invocation, Fumigant Drift e Hawk Feet In Bloom. Seguem-lhe Rodolfo Sobral e Pedro Tavares (aka funcionário) às 22 horas, dois artistas sediados no distrito de Setúbal que recorrem à improvisação para as suas expedições sonoras rumo a lugares incertos — como podemos ouvir nos discos Having Friends Over e A New Accident Model.
Quando o relógio marcar 23 horas, o palco será todo de Pedro Sousa, um dos mais inventivos saxofonistas da sua geração, que apesar de ter bases no jazz desdobra o seu sopro por universos tão distintos quanto os do dub ou do rock. À meia-noite dá-se a aparição inédita de Âmbar em solo nacional, uma dupla formada pelo baixo eléctrico de Ravenna Escaleira (que este ano editou Vagabondage) e pela guitarra eléctrica de Pedro Gomes (o cérebro por detrás de CAVEIRA), dois nomes de sólido currículo no panorama da cena DIY portuguesa. A fechar, o artista, DJ, coleccionador e promotor britânico Max Dade, responsável pelos eventos datacentre, sobe ao palco pela uma da manhã.