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Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 18/05/2022

A capital portuguesa ganhou uma nova loja de sintetizadores.

A Patch Point veio tornar a Lisboa electrónica mais interessante e comunitária

Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 18/05/2022

De Berlim para a capital portuguesa, a Patch Point instalou-se na Rua do Operário, na Graça, e trouxe consigo um projecto comunitário que ultrapassa a barreira mercantil. Os sintetizadores são construídos de novas e divertidas formas para explorar som sem regras, sempre com designs curiosos e peculiares que nos obrigam a abordar a criação sonora de uma forma desafiante.

A Patch Point é a distribuidora e manufacturadora oficial do sistema modular Serge Modular, da marca Ciant-Lonbarde, de eKalimbas e de um modelo que ainda não foi revelado. A madeira de todos os instrumentos é produzida na loja de madeiras que têm em Berlim. De acordo com Darrin Wiener, membro da loja responsável pela vinda para Lisboa, juntamente com Violeta Azevedo, “muitos dos nossos instrumentos são pós-apocalípticos, alimentando-se de luz solar e baterias, com transportadoras feitas inteiramente de madeira, sendo que somos os únicos manufacturadores e a única loja este tipo de instrumentos do mundo.”

Para além da oferta única que apresentam, a loja apresenta toda uma vertente comunitária que pretende oferecer à população da zona: desde workshops gratuitos (os pagos cobram apenas o custo do material, sendo que levam o resultado final para casa) sobre os instrumentos que produzem (e não só, também terão workshops de soldagem, síntese modular e teoria electrónica), a um estúdio completamente grátis, que qualquer pessoa pode aceder e levar os seus instrumentos e também utilizar alguns disponibilizados lá, e a um espaço para residências artísticas. Apesar de, à primeira vista, parecer mais uma ideia que contribui para o processo de gentrificação de Lisboa, é num ponto fulcral que acaba por se distinguir das importações que têm vindo a minar a cidade: a tentativa de contribuir para uma Lisboa mais culta e informada ao invés de tentar construir algo novo por cima das pessoas que lá vivem sem qualquer respeito por elas. Uma lógica de dar e receber sem pisar nem contaminar o que já aqui está e quem já cá mora.

Para celebrar a inauguração do espaço, a Patch Point juntou-se às DAMAS, vizinha de baixo, para num casamento perfeito programarem dois dias de concertos, instalações, e workshops. No dia 19 de Maio começa por volta 14 horas com instalações artísticas de Ben Zamora e Gijs Gieskes na loja. Ainda no mesmo espaço, pelas 17h30, vamos ter dois Multi-Channel Concerts por parte de Max Eilbacher e Soundspa. O serão continua nas DAMAS, onde a noite fica entregue a Carincur, Hainbach e Wilted Woman. 

Na sexta-feira, dia 20, as instalações mantém-se e serão complementadas com workshops guiados por Gieskes, focados na criação de um Módulo eurorack vu perc (as inscrições são feitas no site patch-point.com) seguidos por duas performances de Mestre Galissa e Gijs Gieskes. Mais tarde, nas DAMAS, é a vez de Aurora Pinho, DJ Foguinho, Thomas Ankersmit e Zöe Mc Pherson tomarem as rédeas. À excepção do workshop, tudo o resto é entrada livre.


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