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Publicado a: 02/08/2016

8 fotos e uma entrevista sobre a tour de Holly na Austrália

Publicado a: 02/08/2016

[FOTOS] Direitos Reservados

Holly torna-se cada vez mais um nome relevante na produção e no DJing nacional. Além dos sucessivos lançamentos que tem protagonizado, o artista das Caldas da Rainha viajou recentemente para o outro lado do mundo: esteve em tour pela Austrália, onde actuou em clubs de Sydney, Brisbane ou Perth.

Além deste feito praticamente inédito em Portugal, especialmente para alguém tão jovem, somou ao currículo discográfico os volumes 35 e 36 das suas beat tapes, através da ASTROrecords, com mais 22 instrumentais no total. Estes argumentos foram o pretexto para uma conversa do Rimas e Batidas com o jovem produtor e DJ, que também nos contou esta história através de oito fotografias tiradas durante a digressão.



Em relação à tour na Austrália, como é que surgiu a oportunidade de a concretizares?

Esta tour na Austrália surgiu através do interesse que uma agência de bookings australiana – a KOSHER – teve no meu trabalho e de me levar à Austrália para partilhar um pouco daquilo que faço, uma vez que já lá tinha uma fan base sólida.


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“Esta é uma das minhas fotos favoritas de sempre a tocar. Foi tirada quando toquei a seguir ao GANZ, em Perth.”


Trataste tu dos preparativos?

Sim! Não tenho manager, não tenho agentes de bookings nem tenho ninguém que me represente ou trate da minha música para além de eu próprio, por isso fui eu que acabei por organizar isto tudo sozinho, com a ajuda da KOSHER, claro.


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“Eu e alguns amigos meus que já conhecia pela net naquela que foi a nossa primeira vez juntos na vida real. Foi muito divertido. Swindail + Enschway + Me + Young Butter.”


Como foi a experiência da viagem e da tour?

Tem sido brutal! É a primeira vez que estou fora da Europa e a primeira que estou a tocar fora de Portugal. Só foi complicado ao início habituar-me às mudanças de horários e a recompor-me depois de viajar mais de 30 horas e a ter que fazer algumas datas onde acabava de tocar e tinha que ir logo para o aeroporto apanhar o avião para outra cidade onde tocava no dia seguinte. Acabava por dormir menos de 2 horas por noite, mas isso acabou por ser algo insignificante com toda a energia que aqui existe.

Acabou também por ser uma experiência pessoal bastante enriquecedora, sendo que fiz esta viagem sozinho e passei bastante tempo a reflectir para mim próprio o quão pequenos somos, o tanto que existe por fazer/criar/viajar/alcançar, o quão que é absurdo às vezes sentirmos-nos confortáveis com o nosso trabalho e que perdemos muito tempo com coisas insignificantes e superficiais, uma vez que o mais importante que podemos fazer nesta vida é viajar e trabalhar naquilo que mais gostamos a cada minuto que estamos vivos.


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“Esta foto é do meu último gig da tour. Tirada em Brisbane.”


O que mais te impressionou na Austrália?

Sem dúvida que foi a beleza deste país e o mindset com que o pessoal aqui aborda a vida. Adoro Portugal mas para quem vive aí sabe que é mais do que comum a mentalidade do pessoal ser um bocado negativa e cheia de incertezas, e vir para aqui e ver que o pessoal vive todo o dia como se fosse o último e que a única coisa que realmente interessa nesta vida é vivê-la a 100%, criar, ser feliz e festejar todos os dias que acordas, foi algo em que me reflecti e me identifiquei bastante.


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“Uma foto tirada a mim a tocar no The Wall em Sydney.”


Tocaste o teu habitual nos sets em Portugal ou fizeste alguma adaptação?

Tenho tocado basicamente o que toco em Portugal. Lá por mudar de meio não quer dizer que vá mudar o meu set, isso para mim nunca é influenciado pelo sítio onde vou tocar mas sim pelos meus feelings e moods. Se calhar a única diferença nos meus sets foi que aqui passei bastante mais música minha e não passei hip-hop tuga! [risos]


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“Em Brisbane havia uns rooftop bars no meio da cidade e antes de partir para Portugal levaram-me a um deles. Nesta foto está o Henry que organizou a festa em Brisbane, mais o Luude, eu e o Enschway.”


Como é que o público reagiu? Já tinhas fãs na Austrália ou amigos do meio?

Ya, isso tem sido uma das surpresas, é brutal viajar para o outro lado do mundo e ver e receber tanto love por parte do pessoal. Tenho tido várias abordagens engraçadas nos concertos, desde a ter grupos de fãs que aparecem com t-shirts feitas por eles a dizer “Holly” [foto em baixo], a pessoal que quer ficar com o meu chapéu como uma recordação minha e outros que me vêm ver para saber mais sobre a minha pessoa, falar comigo sobre questões existenciais ou perceber melhor o meu trabalho.

Quanto ao crowd em si, o pessoal aqui fica mesmo crazy com a música e se for preciso até trepam paredes enquanto tocas. E, sim, já tinha amigos meus de aqui que conheci pela internet e com quem falava quase diariamente, alguns dos quais com quem até já tinha feito vários sons, como é o caso do Spaces, Hier e do Enschway, e foi bastante engraçado conhecê-los na vida real depois de já termos feito alguma arte em conjunto.

 


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“Outra foto minha em Perth. Este gig esgotou e foi o que teve mais gente da tour.”


Por onde gostavas de fazer uma tour da próxima vez?

Qualquer lugar do mundo é bem-vindo.

 


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“Em Brisbane tinha alguns fãs extremos que decidiram vir com t-shirts feitas por eles a dizer “Holly” para o meu gig. Aqui está um deles com o artwork do meu primeiro EP.”


Em relação às beat tapes, há alguma coisa de específico que queiras contar sobre elas? 

Basicamente estas duas beat tapes são mais um conjunto esboços e “lost beats” que tinha no meu disco de backups e que decidi juntar e lançar para o Soundcloud, em vez de as manter aqui só para mim no meu canto, assim como tenho feito com todos os volumes anteriores.


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“Bondi Beach em Sydney.”

 


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