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Publicado a: 24/01/2017

7 pontos a reter da conversa entre Big Sean e Zane Lowe

Publicado a: 24/01/2017

[TEXTO] Hugo Jorge [FOTO] Direitos Reservados

 

A pouco mais de uma semana do lançamento do novo álbum, I Decided, Big Sean passou pelo programa na Beats 1 do neo-zelandês Zane Lowe. A conversa serviu para o rapper de Detroit falar da colaboração com Eminem, da presença silenciosa de Kanye West, da sua maturação como artista ou das chatices com a editora.

I Decided chega a 3 de Fevereiro. Fica aqui o essencial da conversa.

 


[O PROCESSO CRIATIVO] 

Das ideias directamente para o microfone, Big Sean admitiu que o papel, isto é, cadernos e apontamentos, não tem lugar no seu processo criativo. Tudo se resume ao momento em que entra no estúdio e transforma o que carrega em música, directamente para o microfone. O processo é “algo espiritual” e Big Sean media antes das gravações.

 



[FÃ DE EMINEM]

Provavelmente a maior novidade de toda a entrevista e mais uma razão para ficarmos impacientes com o que aí vem: Eminem estará em I Decided. Para Big Sean, MM era a única pessoa com quem imaginava colaborar em “No Favors”. “Fez-me lembrar o porquê de ser um fã de Eminem”, disse Sean. Como se isto não bastasse, o próprio Zane Lowe – que ouviu uma versão inacabada do álbum – garante que Marshall Mathers está irreconhecível e num registo diferente.

 


[COLABORAÇÃO COM ANDRE 3000 E O MENTOR RICK RUBIN]

Na lista exclusiva de pessoas que já ouviram I Decided estão Andre 3000 e Rick Rubin. Enquanto o segundo funcionou como uma espécie de mentor, que colocou tudo em perspectiva, com sugestões como “muda a música aqui” ou “talvez devesses entrar com a batida aqui”, o vocalista dos Outkast foi mais longe e disse a Sean que este “não falhou uma linha”. Muito se falou sobre uma possível colaboração entre os dois, algo que deverá ficar para mais tarde.

 


[A INFLUÊNCIA DAS EDITORAS]

É sabido que a relação entre músicos e discográficas nem sempre é pacífica, mas as revelações de Big Sean vêm provar o quão desmesurado, e muitas vezes aleatório, é o poder de quem manda. “Vou ser sincero, estes contratos muitas vezes limitam-me e não me deixam ter o número de músicas que eu queria no álbum. Como artista, tenho um conjunto de restrições. Se eu quisesse pôr 20 faixas no álbum teria de pagar do meu próprio bolso por cada faixa extra. Isto não faz sentido nenhum, eu sei, mas é fodido. Tenho de ligar a esta gente e dizer-lhes: deixem-me lançar a porcaria da minha música!”, disse, perante um Zane Lowe incrédulo.

 


[A PARTICIPAÇÃO INVISÍVEL DE KANYE WEST]

Não é nenhuma colaboração, mas a presença de Kanye West faz-se sentir neste álbum. “A energia dele está colada ao álbum, mas, ao mesmo tempo, ele confia em mim artisticamente”. Além de ajustes técnicos em algumas faixas, o máximo que podemos ouvir de Kanye no álbum é um verso “samplado” e repetido ao longo de “Bounce Back”.

 


[UM ÁLBUM SOBRE DECISÕES E IDENTIDADE]

Num raro exercício de auto-crítica, Big Sean recua uns anos e admite não ser fã dos seus primeiros trabalhos – Finally Famous (2011) e Hall of Fame (2013) – porque não conseguia ser genuíno e dependia de outros. Por isso, Dark Sky Paradise (2015) é, na verdade, o seu “primeiro” trabalho, enquanto I Decided dá continuidade a um conceito em construção. “Decidi que este álbum é um Snapchat daquilo que estou a sentir no momento. I Decided tem tantos significados. Sinto que a vida tem tudo a ver com as decisões que tomas”, explicou.

 


[SUPER METRO BOOMIN]

Este não será o último trabalho de Big Sean e a verdade é que o rapper tem muito por onde pegar quando voltar aos estúdios. Há vários instrumentais de Metro Boomin – um dos produtores de I Decided – que não foram incluídos, mas nem por isso deixam de ser bons. Um deles, “Super Metro 3”, “merece existir só por si”, disse Sean.

 


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