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Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 02/11/2020

Uma semana de novidades audiovisuais nos terrenos do hip hop e electrónica pela mão de Gonçalo Oliveira.

7 Dias, 7 Vídeos

Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 02/11/2020

Era digital, informação à velocidade da luz. Vídeos e músicas a soçobrar pelas plataformas virtuais. Novidades emaranhadas entre si, confusão sónica, sentidos desorientados. Quem nos guia? Por onde vamos? Para onde vamos?

7 Dias, 7 Vídeos é o resgate audiovisual semanal nos terrenos do hip hop e electrónica. Filtragem de qualidade, barreira contra a poeira que nos cega com tanto de novo, com tanto para espreitar e escutar.


[Mr. Muthafuckin’ eXquire] “Black Mirror” (prod. Madlib)

Vem aí Pieces of a (Black) Man. Produzido por Madlib, “Black Mirror” foi o primeiro avanço do próximo disco de Mr. Muthafuckin’ eXquire, dado a conhecer em Julho e agora recuperado para a peça visual dirigida por Jaen Coleman. Pelo tom honesto do single e a julgar pelo título escolhido para o LP, em jeito de homenagem a um clássico de Gil Scott-Heron, o rapper de Brooklyn parece estar a caminho do seu projecto mais pessoal e introspectivo até à data.


[Rapsody] “12 Problems”

E se o foco de Mr. Muthafuckin’ eXquire vai para a masculinidade e o desenvolvimento pessoal dentro da comunidade afro-americana, o novo tema de Rapsody é bem mais abrangente e destaca os “12 Problems” que existem actualmente na sociedade dos EUA e que estão na origem das disparidades raciais do país, um tópico que tem sido largamente debatido em 2020 e que agora ganha um novo significado em vésperas de eleições. A faixa integrou o alinhamento de Reprise, uma compilação curada pela Roc Nation e que conta com contribuições de Buddy, Vic Mensa, Jorja Smith ou Ty Dolla $ign.


[Samm Henshaw] “Thoughts & Prayers” Ao Vivo @ A COLORS SHOW

Samm Henshaw começou por se apresentar ao mundo com os dois volumes de The Sound Experiment em 2015 e 2016. Desde então, o músico londrino tem-se focado no mercado dos singles, partilhou o palco com gente como Chance The Rapper e dividiu “Church” com os EarthGang. Ainda sem dar sinais quanto a um novo EP ou um disco de estreia, o cantor de 26 anos foi até ao A COLORS SHOW exercitar o seu poderio vocal em dois temas inéditos — depois deste “Thoughts & Prayers”, a plataforma alemã “Still Broke” na rubrica A COLORS ENCORE.


[Mundo Segundo & Sam The Kid] “Deixar de Ser” feat. New Max

Já lá iam quase dois anos no contador desde que Mundo Segundo e Sam The Kid nos tinham oferecido o último single do seu projecto colaborativo, o clássico instantâneo “Gaia/Chelas”. Agora acompanhados por New Max, no refrão, e DJ Guze e DJ Cruzfader nos pratos, a dupla estreou ontem este “Deixar de Ser”, um tema que eleva a ética de trabalho de dois dos mais respeitados MCs em solo nacional.


[Jontha Links] “Nocturne” feat. Ded Hyatt

O nome Jontha Links surgiu no SoundCloud em 2017 e o seu portfólio tem sido pautado por um misto de sonoridades electrónicas, do mais festivo ao mais melancólico, tendo como referência nomes como Juice WRLD ou Frank Ocean. Na semana passada, a dupla seguiu um rumo diferente quando apresentou “Nocturne” no Reddit como uma espécie de homenagem à música de Earl Sweatshirt, transpondo aquele negrume que marcou o início da carreira do rapper ex-Odd Future para um caótico ano de 2020.


[Wandl] “Under My Skin”

Wandl é um músico, cantor e produtor de 25 anos que nos acena de Viena. Auto-denominado como “the master of broken loops”, o artista austríaco editou no início de Outubro o álbum Womb, do qual faz parte este “Under My Skin”, que esteve em destaque na Majestic Casual na semana passada e fala sobre “auto-dúvida, inibição emocional, a liberdade encontrada na solidão, reconhecimento social indesejado e transcendência.”


[Tierra Whack] “Dora”

Demorou mas está aí. “Dora” é o primeiro tema lançado por Tierra Whack em 2020, sucedendo a “Unemployed”, editado em Março de 2019. Como é já um hábito, a artista da Interscope Records volta a apostar num acompanhamento visual fora da norma, desta vez dirigido por Alex Da Corte, um artista visual conceptual de Camden, Nova Jérsia, que trabalha essencialmente as vertentes de instalação, pintura, escultura e vídeo e cujas exibições o têm levado a percorrer o mundo nas últimas duas décadas.

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