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[TEXTO] Gonçalo Oliveira [FOTO] Direitos Reservados
Era digital, informação à velocidade da luz. Vídeos e músicas a soçobrar pelas plataformas virtuais. Novidades emaranhadas entre si, confusão sónica, sentidos desorientados. Quem nos guia? Por onde vamos? Para onde vamos?
7 Dias, 7 Vídeos é o resgate audiovisual semanal no terreno do hip hop. Filtragem de qualidade, barreira contra a poeira que nos cega com tanto de novo, com tanto para espreitar e escutar.
[Aesop Rock] “Klutz”
Depois de se ter assumido enquanto um dos pilares da Def Jux, no início do milénio, Aesop Rock juntou-se ao plantel da Rhymesayers Entertainment no arranque da presente década. Foi por lá que saíram The Impossible Kid e Skelethon, os dois últimos discos a solo do MC nova-iorquino.
É ao lado de Homeboy Sandman que mais o temos escutado: Triple Fat Lice foi o terceiro EP da dupla, que deu o pontapé de saída para o conceito em 2015. “Klutz” é o primeiro tema de Aesop Rock no presente ano, ele que, em 2017, nos brindou apenas com uma faixa em nome próprio. A lírica está apurada como nunca e o seu jogo de rimas em “Klutz” faz-nos crescer água na boca.
[The Black Eyed Peas] “RING THE ALARM pt.1, pt.2, pt.3”
will.i.am, Taboo e apl.de.ap regressaram pela porta grande. Os The Black Eyed Peas “emagreceram” e decidiram marcar presença em 2018, com a promessa de que um novo disco vem aí a caminho. Depois de revelarem “Street Livin’” no início do ano — clássico instantâneo na era da música descartável —, os The Black Eyed Peas mantiveram a veia de consciencialização social no seu novo single, apresentada sobre a forma de marcha musical com um jogo de tarola bem à medida.
[Black Josh] “YungSwegLawd” (prod. Reklews)
Black Josh continua a antecipar o seu próximo disco. “YungSwegLawd” sucede a “Dem Ways” e é o tema-título de Yung Sweg Lawd, álbum que verá a luz do dia ainda este ano através da Blah Records.
O rapper tem estado bastante activo em 2018 graças às colaborações que somou ao lado de Lee Scott ou Cult Of The Damned, antes de arrancar com a promoção do seu novo projecto a solo. Não menos activa está a Blah Records, que caminha em direcção ao seu décimo lançamento neste ano.
[Death Grips] “Flies”
Os Death Grips levaram a arte do corte e costura para outro nível. A técnica, que frequentemente vemos associada à construção rítmica e melódica das batidas de hip hop, é abordada em “Flies” no capítulo visual. MC Ride levita para se colocar no mesmo patamar que as moscas no terceiro avanço do aguardado Year of the Snitch. A nossa opinião sobre o assunto? Isso não importa muito, até porque isto é música “for your entertainment, got two cents save it.”
[Ramson Badbonez] “Bloodsplat”
A High Focus Records anunciou esta semana a entrada de um novo membro na sua crew. Trata-se de Ramson Badbonez, figura com mais de uma década de ligação ao hip hop britânico, descoberto ainda jovem pelos Task Force, grupo pioneiro do rap feito em Londres.
Com dezenas de edições independentes de menor dimensão, Ramson Badbonez só agora reuniu as condições necessárias para se atirar de cabeça a um segundo álbum de originais. É no âmbito do tão aguardado disco que une esforços com a High Focus, editora pela qual se estreia com este “Bloodsplat”, o single de apresentação do seu mais recente projecto, Jason Bonez.
[Trizz] “Static”
Em Dezembro passado, Trizz estreava-se com Ashes N Dust pela Below System Records. A ligação do rapper norte-americano ao selo discográfico holandês mantém-se e em breve dará novos frutos: “Static” é o primeiro avanço de The Attic, o primeiro de dois álbuns que Trizz planeia lançar em breve.
[MIKE] “Ministry”
“Ministry” é o novo single de MIKE, que se estreou pela Lex Records na passada sexta-feira. O rapper nova-iorquino foi visitar a sua mãe a Inglaterra no decorrer do ano passado e aproveitou a estadia para se focar num disco, criado com base em alguns dos ensinamentos da sua progenitora.
MIKE lançou “Time Ain’t Enough” no mês passado, faixa que serviu para anunciar Black Soap, o seu 13º projecto em apenas quatro anos de carreira. O rapper também faz parte dos Standing On The Corner, colectivo de Nova Iorque que no ano passado surpreendeu a Internet com o lançamento de RED BURNS.
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