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Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 07/11/2022

Uma semana de novidades audiovisuais nos terrenos do hip hop e electrónica pela mão de Gonçalo Oliveira.

7 Dias, 7 Vídeos

Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 07/11/2022

Era digital, informação à velocidade da luz. Vídeos e músicas a soçobrar pelas plataformas virtuais. Novidades emaranhadas entre si, confusão sónica, sentidos desorientados. Quem nos guia? Por onde vamos? Para onde vamos?

7 Dias, 7 Vídeos é o resgate audiovisual semanal nos terrenos do hip hop e electrónica. Filtragem de qualidade, barreira contra a poeira que nos cega com tanto de novo, com tanto para espreitar e escutar.


[BROCKHAMPTON] “Big Pussy”

Kevin Abstract manda silenciar o jazz que se escuta no início de “Big Pussy” para nos pintar o retrato do actual momento dos BROCKHAMPTON. No início do ano, a banda anunciou que ia entrar num hiato por tempo indeterminado depois de cumprido um importante objectivo, o de editar um álbum de despedida. Depois de um curto e nostálgico vídeo que surgiu no canal YouTube do grupo, “I Miss the Band Already”, “Big Pussy” foi lançado enquanto single inaugural de The Family, LP que verá a luz do dia já a 17 de Novembro pela RCA Records.


[Mariah The Scientist] “Bout Mine”

Após três discos editados pela RCA — o mais recente, Buckles Laboratories Presents: The Intermission, saiu em Março — Mariah The Scientist não está para brincadeiras e estreia-se pelo seu próprio selo com “Bout Mine”, canção que teve WondaGurl na produção. Aos 25 anos, a cantora de Atlanta atravessa o melhor momento da carreira e procura solidificar o seu nome no panorama do r&b depois de um ano muito bem conseguido ao nível de concertos, ela que andou por solo europeu e americano e riscou da sua lista de desejos alguns dos festivais mais sonantes do planeta, como o Coachella, o Lollapalooza ou o Rolling Loud Toronto.


[Yves Tumor] “God Is a Circle”

Yves Tumor é um dos nomes mais sólidos de uma nova vaga de experimentalistas pop e recorre às mais diversas linguagens musicais para compor as suas canções, executadas quase sempre de uma perspectiva de banda de rock. No seu novo “God Is A Circle”, essa sonoridade manifesta-se sob a forma de um punk extremamente dançável e vem acompanhada de um videoclipe assinado por Jordan Hemingway. Produzida com a ajuda de Noah Goldstein, a nova faixa avulso do artista americano, a primeira desde The Asymptotical World EP (2021), regista também os contributos de Ecco2k e Thoom.


[Butch Dawson] “Why Bother” feat. Pink Siifu

Em Agosto do ano passado, Butch Dawson era uma das várias caras menos conhecidas a surgir entre a ficha de créditos de GUMBO’!, através da cedência das batidas que resultaram em “Doin Tew Much. (In MY Mama Name)”, “SMILE (wit yo Gold)” e “Call The Bro (Tapped In)”. Na semana que passou, foi Pink Siifu a retribuir o gesto ao rapper e produtor de Baltimore, através de um verso doado para este novo “Why Bother”, o segundo tema lançado por Dawson este ano.


[Swamp Harbour] “INDACITY IV” feat. Sleazy F Baby

O passado dia de Halloween foi especialmente assustador para os residentes de Londres. Bisk e Stinkin Slumrok reactivaram o projecto Swamp Harbour e convidaram Sleazy F Baby para os ajudar a assombrar as ruas no seu mais recente “INDACITY IV”. A dupla formou-se há um par de anos em contexto de pandemia e, em Outubro de 2020, levavam-nos numa viagem de rap pantanoso naquele que foi o seu longa-duração de estreia homónimo, integralmente produzido por Sam Zircon.


[Nah Eeto & Black Josh] “From Nout”

Em 2018, Nah Eeto era uma das convidadas de Yung Sweg Lawd, de Black Josh, quando estava ainda a dar os primeiros passos no universo do hip hop. A artista queniana foi somando pontos tanto a solo como em colaborações com Lee Scott ou Milkavelli e tornou-se numa peça importante para o elenco da Blah Records, editora que da qual Black Josh também faz parte. Porém, foi na Twenty Twenty London que o par se reencontrou em disco, na passada sexta-feira, com o duplo single From Nout x Songa. Honey JD, também um afiliado da Blah Records, tratou de criar o único vídeo para este projecto.


[VICE] The Story of ‘Because I Got High’ by Afroman

Foi uma das maiores febres de sempre da cultura hip hop e será certamente um dos maiores one hit wonders de toda a história da música. Afroman conquistou o mundo quando fez da erva a culpada de todas as suas falhas e fê-lo com um tema que mais se assemelhava a um sketch de comédia musical, com uma produção extremamente minimal e intimista que ia no sentido inverso daquilo que os grandes nomes a militar dentro do género estavam a fazer. Depois do sucesso planetário em 2001, o seu nome praticamente desapareceu do radar, quase com a mesma rapidez com que ascendeu aos topos das tabelas de vendas. Duas décadas depois, a VICE pinta um quadro completo daquele que foi o curto mas impactante reinado de “Because I Got High”.

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