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Publicado a: 11/11/2018

NBC no Centro Cultural Olga Cadaval: “a família que a gente escolhe”

Publicado a: 11/11/2018


[TEXTO] Alexandra Oliveira Matos [FOTOS] Hélder White [VÍDEO] Luis Almeida

Sabem quando organizamos uma festa e queremos que tudo seja inesquecível? Planeamos todos os momentos, acreditamos que vamos ter tempo de dar atenção a todos e imaginamos que no fim todos voltarão para casa felizes e de coração quente. Foi assim o concerto do décimo aniversário do Maturidade de NBC. O Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, estava composto. À entrada, abraços e beijos de reencontros, ansiosos por re-ouvir o álbum que há dez anos tiveram em repeat no MP3.

Com as calças que usou em 2006 no concerto dos GNR no Rock in Rio Lisboa — fez questão de frisar –, Timóteo Santos desejou que cada um fosse  “Bem Vindo ao Passado”. E não fosse esta uma viagem no tempo não teríamos ouvido “Pela Arte”, uma música que é também uma jornada de visita à primeira década de rimas de NBC. Estava dado aquele primeiro “olá, como estás?” de chegada à festa. A decoração, a mesa posta, a comida na mesa sobressaíam, há que dizer. Os The Velcrew e o coro composto por João Pina e Gabriel chamavam, mais do que tudo, a atenção com arranjos irrepreensíveis e uma vivacidade que não esmoreceu por segundos sequer.

Do repertório não falhou nenhuma música, apenas algumas palavras fugiram das letras escritas há mais de dez anos. Fruto do tempo, do entusiasmo ou do nervosismo  não sabemos, mas os pequenos erros foram depressa perdoados e esquecidos ou não estivéssemos rodeados por aqueles que tão bem querem a NBC. Lince, responsável pela Big Bit e elo de ligação entre tantos rappers, ajudou em “Dá-me uma mão”. Maze, Valete e New Max deixaram uma mensagem de parabéns em vídeo. Dino D’Santiago cantou “A Voz” e Virgul veio também dar um abraço apertado ao amigo NBC que nunca quis brilhar sozinho no seu dia. Contente por estar a festejar com “a família que a gente escolhe”, Timóteo trauteou “Nova Lisboa” e “Rainha” em agradecimento à existência daquelas pessoas na sua vida. Até o Timóteo mais novo, o filho de NBC, subiu a palco para cantar “NBCioso”.

Não faltou a conjugação do presente numa breve passagem por “Acorda”, “Dois” e “Espelho” do Toda a Gente Pode Ser Tudo. Porém, depressa se voltou a escrever num pretérito que, diria, imperfeito ou não se tivesse ouvido “Homem” numa versão soul rockeira na voz arrepiante de Luiz Caracol. O anfitrião estava feliz, pululante. Com um sorriso que só ameaçou esmorecer em lágrimas no momento em que dedicou “Heróis (1974)” aos pais que nunca se coibiram de lhe colocar “uma casca de banana debaixo dos pés” para que aprendesse a cair.

No fim, como bom anfitrião que foi de uma festa que vai ficar para sempre no coração de todos, tal como o álbum Maturidade, convidou o público a subir a palco para que ninguém voltasse a casa sem um abraço. Uma iniciativa à revelia da organização que arrancou muitas risadas a todos e foi a derradeira confirmação de uma festa bem sucedida.

 


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