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Ricardo Camacho, músico dos Sétima Legião, morreu aos 64 anos, vítima de complicações geradas por um cancro no pulmão. Segundo a agência Lusa, o músico estava internado na Bélgica, país onde vivia actualmente, uma informação confirmada por Rodrigo Leão, ex-companheiro da mítica banda portuguesa surgida nos anos 80.
Os Sétima Legião deixaram marca indelével no seu percurso, mas o seu contributo para a música portuguesa está longe de terminar aí. Produziu trabalhos dos GNR, Xutos e Pontapés, António Variações e Manuel Moura Guedes, remisturou “Dúia” dos Da Weasel e colaborou com os Pop Dell’Arte, por exemplo. Criou, juntamente com Pedro Ayres Magalhães, Miguel Esteves Cardoso, Francisco Vasconcelos, Pedro Bidarra e Francisco Sande e Castro, a Fundação Atlântica, editora que lançou projectos de Anamar, Delfins, The Raincoats ou The Durutti Column.
Nascido na Madeira, Ricardo Jorge Gonçalves Ornela Camacho mudou-se com 17 anos para Lisboa para estudar medicina. Depois de abandonar o curso — iria completá-lo mais tarde –, o músico trabalhou na Rádio Comercial como realizador de programas de rádio. Enquanto médico, Ricardo Camacho dedicou-se à investigação em torno da SIDA: foi director do Laboratório de Virologia no Hospital Egas Moniz, em Lisboa, e professor universitário e investigador convidado do Rega Institute for Medical Research, na Bélgica.