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A notícia partiu ontem da Okayplayer: Walter “Junie” Morrison morreu aos 62 anos. Como membro importante dos Ohio Players e Parliament- Funkadelic, o músico deixa um legado incrível para o universo musical.
It’s all about the funk: multi-instrumentista, produtor e director musical são cargos que constavam no currículo de Morrison. Nascido em Dayton, Ohio, o artista brilhou em grupo – o P-Funk deve-lhe muito -, mas a solo criou uma série de discos de culto (por exemplo, Bread Alone, editado em 1980, foi o primeiro álbum a solo e todos os instrumentos e produção foram assumidos pelo próprio).
Dono de uma criatividade e virtuosismo só ao alcance dos predestinados, Junie não era nome arrumado na gaveta dos clássicos: em 2016, Solange dedicou-lhe “Junie“, faixa de A Seat At The Table. O funk deve-lhe muito e a comunidade negra sabe-o melhor que ninguém. Que o diga Dâm-Funk, o mensageiro moderno do género. Invite Light, disco editado pelo produtor em 2015, contava com o nome de Junie Morrison nos créditos. O texto partilhado no site da Stones Throw Records horas depois da notícia do seu desaparecimento comprova a importância gigante de Junie na formação musical do importante selo onde despontaram talentos como o de Madlib, além do já citado Dâm-Funk.
Virando a agulha para o universo hip hop, alguns dos melhores produtores como Madlib, J Dilla ou DJ Shadow não se coibiram de samplar este mestre do funk. Para celebrar o seu legado, a Okayplayer criou uma playlist em que se percorrem as 7 vidas da música de Junie.
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