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A curadoria Rimas e Batidas no PARK terá lugar no próximo Sábado, dia 19 de Novembro, e Maria é um dos artistas convidados para actuar. Juntamente com ele, Supafly Brothazz, duo composto por Sensei D. e Sindroma, vão dar-vos mais hip hop na Calçada do Combro.
David Almeida, o verdadeiro nome de Maria, tem Isto Nem é uma Beat Tape EP na bagagem – foi estreado aqui no Rimas e Batidas – e a passagem do estúdio para o live act é contada na primeira pessoa pelo produtor: “Passa por fazer sequências inteiramente ao vivo com uma estrutura distinta da que está no EP. Todos os elementos estão separados e vou lançando-os à medida que as músicas se estão a construir, com muitas partes tocadas ao vivo, recurso a sintetizadores, técnicas como live looping e uma boa dose de improviso.”
“O setup está dividido em duas partes: audio e midi. No audio é onde estão pequenos loops que compõem as músicas separados e colocados por ordem: drums, baixos, samplers, pads, etc… Assim permite-me lançar ou retirar elementos quando quero. Depois existem 3 pistas midi que enviam informação para os sintetizadores e recebem audio externo, um Volca keys ligado a um pedal analogue delay, um Novation Mininova e um sampler interno. Todos estes elementos são posteriormente processados por uma rack de efeitos interna do Ableton que está mapeada para ser controlada por um Kontrol x1 ( controlador foi feito originalmente para o Traktor, mas eu uso-o com Ableton com os “mappings” feitos por mim). Parece complexo, mas é um setup simples”, descreveu Maria sobre como serão as suas especificações técnicas do concerto.
O primeiro trabalho “mais a sério” é o seu primeiro cartão-de-visita e David Almeida conta como têm sido as reacções: “Quando os teus vizinhos de infância manifestam orgulho é razão para ficares feliz. Estou muito contente, até porque também tem aberto portas e dado uma exposição maior ao meu trabalho. Embora esta identidade seja recente, é algo que já está há muito tempo em formação. Estou muito satisfeito com o feedback que tenho recebido, tanto no EP como nas remisturas.”
Quanto a novidades durante o concerto, Maria é peremptório na resposta: “Quero explorar estas canções ao vivo que é algo que até à data ainda não tive oportunidade de o fazer. Gostava que este trabalho possa chegar a mais pessoas, no entanto vai haver um ‘desdobramento’ das músicas que passa por levá-las para outros locais no campo sonoro. Gosto muito de tocar ao vivo porque dá-me liberdade de desconstruir temas e acrescentar valores que não têm nas versões originais. Gosto de acreditar que este tipo de performances valoriza e desmistifica o trabalho dos produtores para os que são menos atentos.”
A terceira edição da curadoria mensal no PARK, em Lisboa, acontece no dia 19 de Novembro. Maria e Supafly Brothazz sucedem a Boss AC – mês de Setembro – e João Pedro da Costa, Bruno Roda e Gijoe. Marquem na vossa agenda!