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Texto: ReB Team
Fotografia: Vera Marmelo
Publicado a: 03/10/2022

Pela segunda vez.

Bandua sobre o Imaterial: “Suspeitamos que as nuances deste espectáculo ganharão ainda mais expressão num teatro lindíssimo”

Texto: ReB Team
Fotografia: Vera Marmelo
Publicado a: 03/10/2022

O Imaterial, em Évora, está a acolher concertos, um ciclo de cinema documental, conferências e um Encontro Ibérico de Música desde o primeiro dia de Outubro — o fim acontece no dia 9 deste mesmo mês. Amanhã, dia 4, a dupla Bandua apresenta-se no festival; antes da actuação, Edgar Valente e Bernardo D’Addario escrevem-nos sobre aquilo que podemos esperar:

“O Festival Imaterial será um concerto especial para Bandua! Depois de termos rodado quase quarenta concertos pelo país desde Abril no primeiro formato de apresentação, decidimos trabalhar num novo espetáculo que acabámos de estrear no Festival Iminente na semana passada e que teve um impacto muito positivo para o público e para a nossa equipa de trabalho. Estamos muito entusiasmados com o concerto no Festival Imaterial porque será a segunda vez que iremos levar este formato às pessoas, com o acréscimo de que será a primeira vez que o mostraremos numa sala interior, e logo no Teatro Garcia Resende, um teatro lindíssimo, onde suspeitamos que as várias nuances deste espectáculo ganharão ainda mais expressão.

Entre as várias novidades que temos a apresentar gostaríamos de dar relevo ao adufe gigante que nos foi cedido com enorme gentileza pelo José Salgueiro (um dos adufes que faz parte do projecto Aduf estreado na Expo ’98 e que é só por si um símbolo histórico), que nos servirá não só pelo estrondoso e particular som que tem, mas também como base para as projecções visuais que têm vindo a ser trabalhadas pelo David Negrão, em parceria com a iluminação do Pedro Blanco. Seremos também acompanhados em palco pela performance da Vânia Rovisco, que incorporará a entidade de Bandua numa figura de marafona dançante, com a ajuda das indumentárias pensadas e costuradas para a ocasião pela nossa querida tecedeira Janis Dellarte. E claro, tudo isto com a nossa música também ela cada vez mais costurada de uma ponta à outra do espectáculo, na ideia de trazermos esta ideia de romaria electrónica, como que uma tentação aos corpos que teimam em ficar sentados nas cadeiras. Será curioso ver como reagirá o público sentado em cadeiras a um espectáculo que estimula muito a dançar, mesmo que seja mais devagar.

Um de nós, o Edgar, já esteve no Imaterial como público no ano passado e jurou que iria voltar. Agora do lado do palco, esperemos que a experiência seja ainda melhor. Somos muito honrados por podermos participar de um festival como o Imaterial logo no nosso ano de estreia, entre tantos artistas de todo o mundo e com identidades tão bem aprofundadas. E é bom entendermos porque nele nos inserimos, pois entre Bandua e o Imaterial ‘temos como verdade que o património só existe se houver quem o reclame e quem o reinterprete, quem saiba escutar o passado, com ele aprender, mas nele não encontrar uma prisão e uma limitação’. E é para isso que lá estamos, para apresentarmos a nossa música que apesar de ter raízes na Beira Baixa, existe para continuar a abrir caminhos e não para fechar fronteiras.”


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