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Publicado a: 15/04/2016

Jameszoo estreia-se na Brainfeeder com Fool

Publicado a: 15/04/2016

Jameszoo é o nome artístico do músico e produtor holandês Mitchel Van Dinther que se prepara para editar o seu álbum de estreia, Fool, na Brainfeeder de Flying Lotus. A 13 de Maio poderá então ouvir-se o resultado do trabalho de um compositor que descreve o seu som como “jazz computorizado ingénuo”, um classificativo que, tendo em contra as amostras já disponíveis, os temas “Flake” e, agora também, “Flu”, com a participação do exímio arranjador brasileiro Arthur Verocai, parece ser extremamente apropriado.

A participação de Verocai, como de resto a de Steve Kuhn, por exemplo, faz todo o sentido: o álbum homónimo do compositor e arranjador brasileiro é um dos absolutos “holy grails” do universo do “diggin’” no hip hop, já samplado por gente como MF Doom, ScHoolboy Q, Statik Selektah ou Little Brother. O pianista Kuhn, por outro lado, trabalhou com nomes que qualquer produtor de hip hop conhece nas suas voltas nas caves poeirentas de vinil, como por exemplo Stan Getz. O que ilustra bem a perspectiva do jazz de Jameszoo: um produtor que educou os ouvidos nos samples de hip hop e que hoje tem uma abordagem fusionista que é uma clara continuação do que gente como Miles Davis ou Herbie Hancock fez na década de 70.

O novo álbum de Jameszoo acaba por funcionar quase como uma ponte entre os universos de Flying Lotus e Kamasi Washington: ambos exploram, a partir de perspectivas muito diferentes – o laptop, um, o palco e o estúdio live, o outro – o jazz e Jameszoo parece encontrar-se algures a meio entre os dois. O músico e produtor holandês tinha até aqui editado uma série de maxis em etiquetas como a Kindred Spirits (editora que, aliás e decerto não por acaso, relançou o mítico álbum de estreia a solo de Arthur Verocai) e a Rwina.


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