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[TEXTO] Catarina Craveiro
O cartaz do Vodafone Mexefest está fechado e carregado de surpresas. Uma delas é o palco Ciência Rítmica Avançada, com curadoria de Rui Miguel Abreu, director do Rimas e Batidas, que escolheu a dedo a programação deste palco instalado na sala de espelhos do Palácio Foz, situado no início da Avenida da Liberdade, que vai pôr a brilhar nomes como Bison & Squareffekt, Roger Plexico, Nerve e DJ Firmeza. Artistas que vêm diversificar ainda mais este evento, já de si tão ecléctico.
Este é um festival que está muito atento aos talentos do amanhã, como tal, o cartaz tem um forte cunho de Vanessa Careta, da Música no Coração, especialista em descobrir novidades. Uma actividade quase heróica se vivida no singular tendo em conta o frenesim electrificante que é o cenário musical actual. Surgiu assim esta aliança com Rui Miguel Abreu “que já tinha trazido o ano passado o Meu Kamba Soundsystem”, relembrou a própria. Para o jornalista, este é um palco que oferece “uma perspectiva da música que está a borbulhar nos subterrâneos em Portugal”. E acrescenta “a ideia é que esta curadoria reflicta o espírito amplo do Rimas e Batidas daí termos hip hop vocal e instrumental e uma cena electrónica que vai do kizomba ao grime e à batida de Lisboa”. Estes músicos portugueses juntam-se a artistas que espelham o peso do rap e as suas variâncias no cenário musical actual como Roots Manuva, Akua Naru e Karol Konka.
Outra novidade é o Vodafone Blackout Room, a sala 3 do Cinema São Jorge vai ter concertos de 15 minutos onde a única coisa que importa é o som. Segundo a organização, as luzes estão desligadas para que assim o público tenha uma “experiência sensorial” diferente e para que possa apurar os restantes sentidos. Vão haver também cinco propostas de roteiros, disponíveis na app do festival, criados por personalidades ligadas à música. Cada um deles vai dar ainda um contributo artístico ao festival: Inês Meneses, radialista, irá ver um texto seu projectado nos Restauradores; Joaquim Quadros, locutor da Vodafone FM, irá disponibilizar gratuitamente músicas de novas bandas portuguesas através de QR Codes; Rui Miguel Abreu, estará a cargo do Mercado de Música Independente, a realizar nos dias do festival, entre as 12h e as 19h, no Museu de História Natural e da Ciência, proporcionando 10% de desconto aos portadores de bilhete; Paulo Segadães, fotógrafo, realizador e baterista de The Legendary Tigerman, disponibilizará fotografias que estarão espalhadas em mupis pela avenida; e por fim André Tentúgal, realizador e mentor dos We Trust: vai realizar uma curta-metragem que será exibida na Sala Manoel de Oliveira do Cinema São Jorge.
São mais de 50 artistas divididos por espaços variados na Avenida da Liberdade, alguns dos quais pouco habituados a serem cenário de festa. O público vai ter que se mexer entre o Cinema São Jorge, a Garagem EPAL, o Palácio Foz, a Estação do Rossio, o Ateneu Comercial de Lisboa, a Sociedade de Geografia de Lisboa, o Coliseu dos Recreios, a Igreja de S. Luis dos Franceses, a Casa do Alentejo. Entre as novidades deste ano figuram o Tanque (a piscina inactiva do Ateneu Comercial de Lisboa), o Teatro Tivoli BBVA e a Sala 3 do Cinema São Jorge. Para facilitar os vai-vem ao longo da Avenida da Liberdade, estão disponíveis os Vodafone Bus, que serão também palco de concertos.
Os bilhetes custam 45 euros até 26 de Outubro e 50 euros nos dias do festival.
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