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Publicado a: 04/03/2018

“takeover”: Trap & roll com frankie. baptista e lazuli

Publicado a: 04/03/2018

[FOTO] davjd gonçalves

“takeover” é o primeiro single do novo EP, take-o, de frankie. baptista e lazuli. Vasco Loja e Davjd Gonçalves ficaram encarregues da realização e edição do vídeo, respectivamente. Tal como aconteceu em “Good Vibes”, Michael “Mic” Ferreira, da Sine Factory, tratou da mistura e masterização da faixa.

Com voz e guitarra de frankie. e beat de lazuli, o tema pisa território desconhecido em Portugal. A estética visual e sónica não engana: Trippie Redd é referência assumida pelo músico do Porto, que recupera, particularmente no refrão, a forma singular como o artista norte-americano utiliza a voz nas suas canções.

Embalados pela irreverência própria da sua idade (frankie. baptista tem 19 anos e lazuli tem 18 anos), “trap & roll” — cunho utilizado pelo próprio guitarrista para descrever a sonoridade do single — é a sua forma de expressão, misturando as batidas repletas de graves com guitarras libidinosas e um uso despudorado de auto-tune.

 


https://www.youtube.com/watch?v=kQOGHHkLcFw&feature=youtu.be

[O novo single]

“Apresento aqui o primeiro single, ‘takeover’, do meu novo EP, take-o, que vai ser composto por quatro/cinco faixas, criadas em conjunto com o produtor lazuli. não quero cometer o erro outra vez de anunciar datas sem ter tudo pronto, por isso, só posso dizer que estamos a trabalhar para lançar com a maior brevidade possível. Descrever este projecto no que toca a géneros musicais é difícil para mim, tem variadas influências trap, r&b e rock até. Neste single nota-se mais a presença de sonoridades do trap, mas com inspiração noutros estilos nomeadamente no que toca à guitarra, que, em termos de melodias, apresenta outra perspectiva sonora à faixa, na minha opinião. Também não quero de todo que me comparem a algum rapper (se é que o pareço), pois não é o meu objectivo com este EP. A ideia é tornar-me num artista bastante polivalente, e daqui a alguns anos ter vários projectos diferentes, de vários estilos, explorando a minha voz, guitarra e até outros instrumentos de forma distinta, tentando trazer algo novo para Portugal. Aqui, pela primeira vez, explorei a minha voz com recurso ao auto-tune, que me ajuda a chegar a uma sonoridade que pretendo quando imagino o tema na minha cabeça. Apesar de ter consciência de que não sou um cantor exímio [risos], gosto bastante de ‘brincar’ com a minha voz.”

 

[A criação do EP com lazuli]

“A ideia de começarmos este EP nasceu há cerca de dois meses durante uma conversa com o lazuli. Curiosamente, eu e ele chegámos a estudar na mesma escola secundária, mas, na altura, eu não sabia que ele produzia. Só há uns meses é que começamos a falar e a partilhar ideias. Na imensidão de instrumentais que ele me ia mandando, comecei, em brincadeira, a experimentar umas melodias com a voz. Disse-lhe que estava a pensar usar alguns beats deles em futuros projectos. Então, “porque não fazermos um projecto dos dois?”. Daí um EP, pois fazer um álbum com qualidade ficaria demasiado dispendioso, temos 18/19 anos e todas as despesas estão a nosso cargo, fruto do nosso trabalho. É um problema que toca à maior parte dos jovens artistas nacionais, de qualquer género/estilo musical, penso eu. Querendo proporcionar a melhor experiência ao ouvinte, é preciso qualidade e rigor na captação, mistura e masterização, qualidade essa que se paga, acabando por compensar, pois conseguimos expressar melhor o que imaginamos ao criar a obra de arte. Falo por mim: quando estou na fase de criação, falando por exemplo deste projecto, ouço vários beats, e vou imaginando na minha cabeça várias melodias, até encontrar uma que ache forte e interessante. Depois escrevo algo simples sobre o que me vier à cabeça. No caso deste single, falo sobre a tentativa de chegar longe, no meu caso, com a música. O que significa chegar longe? Chegar aos ouvidos das pessoas, transmitir algo e criar sensações aos ouvintes. Mostrar trabalho. Fazer música e mais música. Depois receber feedback, bom, ou mau (que me faz crescer enquanto pessoa e artista). Pode também significar algo diferente para cada um dos ouvintes, por isso tento transmitir algo positivo. Acreditem sempre nos vossos sonhos! Falando outra vez dos processos de criação, quando tenho melodias e letra, vou a estúdio, e depois de gravar a voz, gravo a guitarra à base da improvisação. É o que me sair no momento. Sou muito espontâneo no que toca à guitarra. Tento sempre adicionar riffs que preencham os espaços vazios e que me identifiquem sonoramente.”

 


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