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Publicado a: 03/04/2017

Sensei D.: “O vinil tem uma mística muito própria que nenhum outro formato tem”

Publicado a: 03/04/2017

[ENTREVISTA] Rui Miguel Abreu [FOTOS] Ricardo Cachão [EDIÇÃO FOTOS] Fábio Teixeira

David Alves, mais conhecido por Sensei D., não tem parado nos últimos tempos: lançou Vivificat, longa-duração de estreia, foi convidado para dar aulas no curso de hip hop na Restart e, a meias com Maria, deu uma masterclass sobre sampling na edição deste ano do Lisboa Dance Festival. A edição em vinil do trabalho lançado no final de 2016 é o próximo passo a dar.

Comecem a preparar as carteiras: o preço do álbum em vinil (2xLP) é de 25€ (+ portes), e incluirá um código para fazer download do formato digital, incluindo os remixes, a partir do site oficial do produtor. Quem também quiser o formato CD, pode optar pelo pack CD + vinil por 30€ (+ portes). Os vinis só estarão disponíveis a partir de dia 5 de Abril, mas já podem fazer pré-reservas para o mail sensei.d.one@gmail.com.

Para nos explicar tudo, o ReB trocou algumas palavras com Sensei D sobre o que aí vem:

 


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Era um sonho teres o teu álbum neste formato?

Sim, sem dúvida! Quando editei o álbum em CD tive imensos pedidos para uma edição em vinil, mas inicialmente pensei que fosse mais uma coisa pouco “fazível”. No entanto, e após algumas pesquisas e contactos, vi que era um projecto exequível, com custos mais elevados que a produção de um CD obviamente, mas exequível para uma quantidade menor direccionada para um “mercado/público” específico! Além disso, comecei como DJ e nesta cultura cresci rodeado de vinis, desde os tempos da Godzilla e, mais tarde, Kingsize ou Supafly. Visto que o Vivificat é um reflexo de mim e das minhas influências, achei que faria todo o sentido.

Que pensas que o vinil tem que não se consegue sentir com nenhum outro suporte?

O vinil tem uma mística muito própria que nenhum outro formato tem e, não te sei explicar tecnicamente, mas o vinil tem uma “profundidade” de som que também não encontras noutros formatos. Além disso, no scratch e turntablism, não há nada que se compare ao “tacto” do vinil.

Indica-nos 5 discos que para ti fazem especial sentido em vinil?

Ufa, tantos! Vou dizer aleatoriamente: Jaylib – Champion Sound; Madvillain – Madvillany; Smif-N-Wessun – Dah Shinin’; Sean Price – Monkey Barz; The Sugarhill Gang – Rapper’s Dellight

 


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Quem achas que vai ser o público que vai adquirir o Vivificat em vinil?

Provavelmente, coleccionadores de vinil, coleccionadores de discos de hip hop tuga (uma vez que são poucos os que saem em vinil) DJs, produtores e pessoal que já tenha um background com vinil.

Já ouviste o test pressing deste álbum: como descreves o som? 

Ouvi e adorei! Uma qualidade impecável! Posso dizer que no dia que o testei, pus, para efeitos de comparação, o RTJ 2 e fiquei extremamente satisfeito com o resultado!

Samplaste muito vinil para o Vivificat?

Algum. No que toca à produção, não me limito apenas a samplar vinil. Já samplei K7, directamente de uma TV, mp3, whatever.

Quais os planos que se seguem?

Do Vivificat, ainda sairá outro videoclipe. Diferente do habitual, por isso é que está a demorar mais. De outros projectos, neste momento ainda não quero “subir muito o pano”, mas virão ai talvez umas faixas soltas com videoclipe, um EP com um grupo que será todo produzido por mim e ainda outro projecto que posso dizer que será mais do que “apenas música”…

 


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