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Publicado a: 14/06/2017

Sam The Kid e Sensi: “Ter a profissão não é uma missão, é uma consequência”

Publicado a: 14/06/2017

[ENTREVISTA] Diogo Pereira [FOTOS] Sebastião Santana

Em antecipação do concerto de retrospectiva do hip hop português que recebeu a designação A História do Hip-Hop Tuga e que vai decorrer no Sumol Summer Fest na Ericeira a 30 de Junho, o Rimas e Batidas esteve à conversa com Sam The Kid e Sensi no Estúdio Kambas, em Lisboa, a propósito das suas carreiras, dos seus percursos e daquilo que os move, numa entrevista que mereceu dos nossos interlocutores respostas maduras e inteligentes, recheadas de nostalgia, orgulho no passado e firme confiança no futuro.

 


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Que desafios e problemas entendem que o vosso movimento enfrenta nesta altura?

[Sam The Kid]  É uma boa pergunta. A minha visão é uma visão positiva, nem vejo tanto grandes problemas. De certeza que os há, mas em comparação com antigamente, eu acho que certas barreiras, e certas coisas que às vezes não dependiam de nós, e precisávamos de certas pessoas, ou certas plataformas ou editoras, ou o que quer que seja, e hoje em dia a net tornou esta coisa mais democrática. Mas há sempre aquela questão do filtro. Por exemplo, os programas de rádio às vezes serviam para filtrar certas coisas, e isso às vezes dentro de uma balança pode ser mau porque…

[Sensi] – É tendencioso.

[Sam The Kid] – Podes pensar Ah, não está a passar o meu. Mas às vezes também pode ser necessário porque pode haver pessoas que estão aí a fazer bom hip hop e se calhar também não conseguem furar nesta democracia em que já somos dezenas de milhares.  A quantidade é a maior de sempre. Cada vez há mais projectos, produtores…

[Sensi] – Todos os dias.

[Sam The Kid] –  Um produtor para furar tem de andar ali a fazer comentários nos YouTubes todos e o caraças, ‘tás a ver? Mas isto sou eu a tentar arranjar um problema nesta coisa boa da democracia. Mas é só isso. É uma dificuldade que existe porque estamos todos ao mesmo nível e se estivermos todos a começar, para sobressair… Mas ao mesmo tempo tenho uma cena romântica, que é: eu gosto de acreditar que a qualidade há de sempre vir ao de cima. Há uns que podem ter o caminho mais facilitado, se tiverem um conhecimento aqui e ali. Mas isso é em todo o lado.

[Sensi] – Concordo plenamente. Há muito mais coisas boas do que coisas más. Se o talento for bom, pode demorar um bocadinho mais, mas vai chegar lá. E acaba sempre por vencer.

Então é mais fácil hoje promover o trabalho de um artista do que era quando vocês começaram?

[Sensi] – Não necessariamente, pela quantidade de coisas novas que há. Antigamente se calhar havia 20 para distribuíres e conseguires atenção. Agora, com mil…

[Sam The Kid] –  Sim, mas eu estou a pensar nos anos 90, em que… zero. Ou passas na rádio ou… Aqui ao menos se tiveres o teu canal e a tua banca, podes chegar a cem pessoas. Cem já é melhor do que nada. Nos anos 90 só tinhas os programas de rádio e se não passasse ninguém ia ouvir.

[Sensi] – Lá está, há os prós e os contras. Mas isso faz parte da evolução, que traz sempre lados menos bons e tens que te moldar e reinventar e tornar sempre a coisa interessante. E acho que os artistas têm sempre essa obrigação e têm sempre conseguido.

Acham que as coisas estão melhor do que estavam quando começaram?

[Sam The Kid] –  Eu acho que está melhor em muitos aspectos. A variedade é aceite, há público para tudo. Na realidade o hip hop tuga sempre teve variedade, a meu ver, mas aquilo que às vezes antigamente, em termos de puristas… Eu sou purista mas, por exemplo, eu nunca censurei o rap do Super Shor, que não era de super conteúdo lirical, ou interventivo, mas era bem-vindo, como o Ol’Dirty Bastard é bem-vindo no Wu-Tang, e ele não está a dizer nada. Há uns menos profundos e outros mais profundos. E o hip-hop é bonito por causa disso. Existe cada vez mais essa variedade, e há público para isso. Às vezes certos sons não passam. Eu já aprendi com isso, uma vez no Lux deu um acapella de um som meu, o “Abstenção”, e uma rapariga disse-me Eu não quero ouvir isso agora. E, graças a Deus, temos pessoal que vinga nas semanas académicas e não precisa de ser só essa cena do club, da diversão. Tens o meu caso, do Valete, do Halloween, que está na estrada a dar concertos. Cada um com a sua identidade. E não é um rap que facilita esse tipo de situação, de “isto foi bonito porque bateu bué no club, então tá na estrada”. Há espaço para todos.

 



Em que aspecto essa evolução se tornou mais notória e importante para vocês?

[Sensi] – Eu acho que é notório a partir do momento em que tu vês, tanto nos meios de comunicação como nos festivais, nas grandes plataformas, e tudo o mais, nos sítios onde se calhar nos anos 90 poderia haver alguns preconceitos e era mais difícil entrar, hoje em dia não há um festival que não tenha hip hop. E não há uma rádio que não passe hip hop. E é fruto da evolução dos próprios artistas de hip hop que têm uma melhor produção, melhor qualidade de som, o som está muito ao nível do que é feito lá fora.

Do que têm mais saudades?

[Sensi] – Isto são coisas mais pessoais, mas tenho saudades de certas sonoridades que com a evolução e o caminho que as coisas tomaram foram ficando mais raras de se ouvir, por exemplo uma banda hip hop com aquela vibe de rock que havia nessa altura, como os Da Weasel.

[Sam The Kid] –  Eu tenho mais saudades ao nível pessoal e da idade do que do hip hop. Não tenho saudades de cantar em cenas sem condições [risos], isso é romântico, é bonito na tua história para dizer que passaste tempos difíceis, mas não tenho saudades disso. Por falar em saudades, e pode ter a ver com outra pergunta que tu fizeste, há pouco tempo a Mónica Mendes recuperou uma rubrica com o José Mariño que é como o Repto, e eu tinha saudades que é para voltar àquela parte do filtro. É uma boa pessoa que sempre filtrou bem as coisas e tocou a minha geração de uma maneira espectacular, com o seu bom gosto. Isso é muito importante, uma pessoa que filtra. Imparcialidade e bom gosto.

Acham que é mais fácil para um artista começar hoje do que quando vocês começaram?

[Sam The Kid] –  É muito mais fácil, porque as ferramentas estão muito mais acessíveis. Podes sacar um programa e produzir em casa, podes sacar beats em casa.

[Sensi] – Fazes tudo em casa.

[Sam The Kid] –  Mas na minha perspectiva, havia muito mais para fazer antes. E portanto a fasquia está mais baixa. Embora eu também não fosse nada de especial, mas tinha essa fome e essa visão. A minha visão de me fazer sobressair e de conseguir acrescentar algo à cultura. E consegui. E é isso que pode ser mais difícil, que é como é que tu vais conseguir superar certas coisas?. E isso pode desmoralizar.

O que mudou nas vossas carreiras e vidas desde que começaram?

[Sam The Kid] –  Eu tinha o objectivo e o sonho de tentar fazer disto uma profissão. Mandei-me de cabeça. E isso mudou, porque não tinha isto como profissão, e hoje em dia posso dizer que tenho. Amanhã posso não ter outra vez mas pelo menos consegui durante muito tempo. Agora em relação à minha postura artística não mudou muita coisa, sinceramente. Posso experimentar, fazer beats diferentes, estar sempre actualizado, mas não tenho necessidade de mudar as coisas se não for preciso, se é aqui que eu trabalho, ‘tá bom, ‘tá bom. Não estou em constante mutação dos meios e da forma como eu abordo a escrita ou os beats, na sua essência. Obviamente que não faço beats ou escrevo como fazia nos anos 90, mas a essência, não escrever a pensar se isso vai bater no concerto, isso vê-se depois de estar gravado. É sempre com essa perspectiva. Até tenho um som que estou a escrever que fala sobre isso, da abordagem e da mentalidade: “Ter a profissão não é uma missão, é uma consequência”. Cada um escolhe a sua maneira de ter fome, para chegar a um objectivo: mas eu para não ter desilusões, se estiveres sempre com essa fome, com essa cenoura à frente do coelho, “eu quero isto, eu quero isto”, podes-te desiludir. Eu vivo muito mais descansado assim. Faz a tua cena, escreve sem pensar se vai ser hit, vive o momento. E quando faço o beat, quando faço a rima, essa parte nunca mudou.

[Sensi] – Eu comecei como produtor e MC, lancei dois discos, e entretanto estou ligado à música desde o meu pai. Nos últimos anos por acaso deu uma volta interessante, porque abri uma agência, fazemos produções, estamos a fazer este espectáculo da história do hip hop, agenciamos alguns artistas em que acreditamos, como os GROG, e isso dá-me uma perspectiva diferente de estar no foco. Enquanto és produtor, tens umas preocupações, quando és MC tens outras, e esta nova etapa na minha vida está ainda a mostrar-me um outro lado, o lado do espectáculo, das luzes, da produção, dos pormenores, porque o espectáculo não vive só da rima. Os pormenores que se pode acrescentar ao espectáculo podem exponenciar muito mais as próprias rimas e tudo mais. Ando agora dedicado a esse lado e a explorar esse lado, e a perceber cada vez mais como é que as coisas se podem fazer e bem, e desafiar-me a mim próprio a subir sempre um degrau, e fazer produções como esta, em que consigo imaginar o concerto todo na minha cabeça e a mim quase me parece uma produção que se faz lá fora. É uma produção bem feita, pormenorizada, com uma dimensão grande, que não é todos os dias que se tem oportunidade de fazer. Acho que a minha carreira evoluiu nesse sentido, não vou deixar de fazer música, e tenciono ainda este ano lançar coisas novas, mas são coisas diferentes, e eu gosto. Acho que é uma coisa familiar, porque o meu pai já era assim, com os Xutos [e Pontapés], o meu irmão é assim com os Orelha [Negra]. E temos esta cena de perceber todos os lados, perceber o que o agente faz, o manager, e tirar o melhor partido disso.

O vosso público é maior ou mais abrangente do que era quando começaram? Ou ainda é um nicho?

[Sam The Kid] –  É muito mais abrangente, isso é óbvio. Quando começámos a maior parte do público era aquilo que nós chamamos os hip hop heads, os conhecedores da cultura, e hoje em dia não. Quando tocas num circuito mais mainstream, os hip hop heads são uma minoria, mesmo. Tipo 10%. Mesmo dentro dos miúdos novos, são miúdos que nos vêem como se estivéssemos num universo pop, de certa forma. Embora mais alternativo. Mas o que quero dizer é que gostam de ti mas não significa que tenham uma cultura, knowledge, sobre o hip hop. Aliás, têm muito pouca em comparação com o público de antigamente, que era muito mais pequeno.

[Sensi] – Isso é, lá está, fruto da evolução, e eu acho também que antigamente se calhar o público era mesmo pessoal que acompanhava a cena e hoje em dia há pessoas que não ouvem hip hop de todo e podem ser fãs do Samuel, por exemplo. E isso foi uma barreira que se ultrapassou.

[Sam The Kid] –  Sim, e eu com isto não estou a ser ingrato. As pessoas não são obrigadas a conhecer tudo. Quando era uma minoria, eu era mais mimado com essas pessoas com knowledge que sabiam exactamente o que estavas a fazer. E o facto de saber que posso chegar a mais pessoas não faz com que eu queira mudar o meu discurso, se eu quiser dar umas rimas que só os hip hop heads é que vão perceber. Não me importo de “escrever fechado”, à mesma. Vocês é que se quiserem perceber é que tentem perceber. Não facilito. Depois de criar, se tiver alguém em mente, são esses hip hop heads em que penso, não penso no mainstream. Não penso na miúda que está a curtir o Drake, mas não sabe quem são os Gang Starr. Penso no hip hop head.

 


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Quais as lições mais importantes que aprenderam desde que começaram esta viagem?

[Sensi] – Há pouco ele falou de uma coisa que foi importante e que acho que fui aprendendo com o tempo que é tu saberes gerir a tua expectativa das coisas. E isso é muito importante para não desanimares. Falou-se também, por exemplo, há pouco, da questão de chegares a uma certa idade e arranjares outro trabalho, e eu agora consigo viver disto sem ter a pressão de pagar contas. É importante ter uma liberdade de demorar o tempo que demorar, sem estar à espera dos resultados.

[Sam The Kid] –  Eu quando oiço a palavra lições penso em enganos ou erros e que tu aprendeste algo com isso. Não consigo pensar na palavra lições sem ir para aí. Por exemplo, a cena do negócio, a princípio temos ingenuidade: canta-se e depois vê-se se está lá dinheiro, e depois não está. O A Partir de Agora fala nisso tudo.

 



[Sensi] – Hoje em dia obrigatoriamente tens de dizer “tu recebes antes”. Há contratos e condições. Antes era tudo de boca, chegavas ao fim do concerto e chapéu.

[Sam The Kid] –  A nível de espectáculos já é muito raro esse tipo de banhadas acontecerem. Porque nós não permitimos que isso aconteça.

[Sensi] – Como dar um concerto sem fazer soundcheck. É uma coisa que tu aprendes, que mais vale fazer o soundcheck para estar mais à vontade logo à noite. Isto acaba por ser como uma relação pessoal ou amorosa. Vais cometer um erro com uma namorada e para a próxima vais tentar não cometer os mesmos erros. É a mesma coisa. Vais aprendendo com os teus pequenos erros.

Sentem-se satisfeitos e orgulhosos com o ponto em que se encontra o hip hop português nesta altura da sua história comparado com o seu início? E o que é que na vossa opinião ainda falta fazer? Que metas a alcançar ainda?

[Sam The Kid] –  O orgulho, claro que sim. Tanta coisa que já aconteceu. Cenas inacreditáveis. Cenas até escolares, o hip hop estar inserido nos cursos de letras, muitos professores dizerem que é mais fácil obter a atenção dos alunos. Isso é uma conquista espectacular. Só isso, já chegava. Mas há mil e uma coisas que te podia dizer. Desde cenas internacionais, o Vhils é um motivo de orgulho para o hip hop, por exemplo.

[Sensi] – A dimensão que as coisas tomaram. O orgulho de estar no palco do Sumol, a contar esta história com estes artistas todos. O orgulho de olhar para todos os festivais portugueses, e teres artistas de hip-hop nos palcos principais, nacionais e internacionais. E mesmo os internacionais é um bocado à conta de quem está aqui no país a lutar pelas coisas. É um orgulho ver pessoas que podem ter tido preconceitos e tudo o mais e hoje em dia têm que aceitar. Se calhar há vinte anos não estava aqui a SIC, por exemplo, a entrevistar-nos.

[Sam The Kid] –  E o que falta fazer é o mesmo que eu tinha dito em relação a um rapper que esteja a começar. O próximo gajo que queira fazer uma cena semelhante, já foi feito. Pode ser feito melhor, pode ser feito diferente, mas já foi feito.

[Sensi] – Claro, tens que fazer. E isso é desde sempre. Na altura em que ele começou, já a música tinha as mesmas notas, só há aquelas notas. E tens que te reinventar, de arranjar uma coisa nova.

[Sam The Kid] –  E eu sinceramente sei de algumas coisas que ainda não foram feitas, mas também não vou dizê-las. [risos]

O que vos deu mais orgulho fazer todos estes anos?

[Sensi] – Isto é uma coisa pessoal, mas uma coisa que me encheu mesmo a alma foi a minha festa de 30 anos. Foi uma série de novidades, com banda, duetos improváveis, cena fixe, saí de lá mesmo tranquilo. Dormi descansado. Foi intimista e marcante para mim. Foi memorável. Depois há aqueles marcos, que um gajo fica uma vida inteira a pensar “E se um dia eu fizer aquilo?”. Lembro-me que era puto, uns 12 ou 13 anos, a começar a ir ao Sudoeste, e comecei a pensar “Um dia vou tocar no Sudoeste”, e aconteceu. Não foi dos meus melhores concertos, porque tivemos problemas técnicos. Mas pronto, aconteceu.

E tu, também tens um evento tão marcante como este?

[Sam The Kid] –  Não estou a pensar em eventos. Tive concertos marcantes, no Paredes de Coura, Sudoeste, Orelha Negra com orquestra. Mas nem penso nos espectáculos, penso, quando dizes a palavra orgulho, algo que orgulharia a minha mãe, a minha zona, ou alguém próximo de mim, penso “Eu sempre quis ser aceite”, uma luta que já foi conquistada porque já temos mais idade e já somos levados mais a sério. A cena de sermos vistos como poetas. Eu sempre quis conhecer os gajos que se chamam poetas, mesmo. Eu queria conhecer um poeta. E queria que ele olhasse para mim e dissesse “Também és lixado, também és um poeta, boy”. E eu conheci, poetas do fado. Nas tertúlias, coisas da noite, tipo sociedade secreta, à porta fechada. E o Jorge Fernando dizer “Cospe aí aquela rima”, e eu cuspia a minha rima e ele “Fogo, este miúdo dá-lhe muito”. E muitos deles nunca tinham ouvido rap, a primeira vez que ouviram, houve um deles que disse que parecia corridinho do Algarve, que era o mais próximo que tinha ouvido. Como também me orgulho de ter estado na casa do Carlos do Carmo, da Simone de Oliveira, a oferecerem-se para gravarmos um álbum juntos. Pessoas que eu samplo, e que oiço e admiro. Principalmente na minha geração, em que era difícil ter esse respeito, porque havia aquela coisa de ou não era música, ou não é poesia, e depois esse pessoal aceitar. Orgulho. Ou de terem feito um auditório em Chelas com o meu nome. Aos trinta e poucos anos ter um feito desses, para mim é um orgulho enorme, mesmo. E foi o hip hop que fez isso.

Sem querer estar a fazer disto uma competição, e sei que isto é muito subjectivo, mas que nomes destacam como os mais importantes da história do hip hop português? E porquê?

[Sensi] – O primeiro emcee foi o General D, por ser o primeiro, tem de ser mencionado. Acho que toda a gente, desde a nova escola até aos mais antigos, têm importância. Para agora um Holly Hood, ou os GROG[NATION], conseguirem ter impacto foi preciso há 23 anos alguém estar a batalhar e muitas vezes a bater contra uma parede. Por isso acho que é um bocado ingrato estar a mencionar nomes individuais porque acho que todos fazem parte de um processo, e são responsáveis por estar a lutar.

[Sam The Kid] – Há os nomes óbvios, que toda a gente iria dizer, tipo Da Weasel, Black Company, Mind da Gap, Valete, são coisas óbvias, mas pode ter havido outros unsung heroes, como o Sanryse, que pode ter influenciado o teu rapper favorito a ser o que ele é. Não teve se calhar o destaque, um mega hit que pôs toda a gente a cantar, mas que influenciou a cultura e os seus intervenientes. São todos importantes à sua maneira, principalmente os que trouxeram algo à mesa, mesmo que não tivesse tido uma popularidade enorme, ou numa altura em que o hip hop não estava tão massificado como agora, e que se saíssem agora teriam mais hipóteses de viver a cena enquanto profissão.

 


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