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Publicado a: 12/01/2017

Riça: “O mais importante é a malta sair do espectáculo com dois ou três momentos marcantes”

Publicado a: 12/01/2017

[FOTO] Mestria

 

Riça apresenta o EP de estreia, Bicho com mau gosto, a 20 de Janeiro no Plano B, Porto. O rapper de Gandra, Paredes irá apresentar-se com Kass e DJ SirCyber, ficando o resto da noite por conta de dB e G-821.

Ainda à procura do seu espaço no rap nacional, Bicho com mau gosto é trabalho descomplexado alinhado musicalmente com nomes como Keso, Kap – que ficou responsável pela masterização do EP, ou Puro L, por exemplo. O Rimas e Batidas conversou por e-mail com Riça sobre a recepção do público, os elogios dos nomes grandes e o que esperar do concerto.

 


Como tem sido a recepção ao EP?

Para o meu primeiro trabalho mais sólido, está a ser incrível, não tanto pela quantidade, mas pela qualidade do feedback. Estou bastante contente com os comentários no geral – acham que é um disco genuíno e com alguma versatilidade sem perder identidade. Óbvio que maior parte das opiniões vêm de malta amiga, mas ainda assim não deixaram de ser honestas. Acho que o próximo passo para expandir essa recepção é dar alguns concertos e o lançamento do CD em formato físico.

Estavas à espera deste reconhecimento? O Maze e o Keso passaram as tuas músicas nos seus programas de rádio…

É curioso porque durante o processo de concepção do EP essa expectativa foi flutuando. Havia dias em que ficava obsessivo, comparava-me demasiado com trabalhos que estavam a sair, deixava que a dúvida tomasse o controlo e acabava numa de “ninguém vai ligar puto a isto…”. Noutros dias sentia-me incrível, sentia que estava a criar a obra do milénio (risos). No fim, no equilíbrio emocional da coisa, acabei por olhar com calma para o que tinha em mãos, fui mostrando a amigos e apercebi-me que iria ser um disco bem recebido, mas nada para ser aclamado (o que acabou por acontecer). No que toca às músicas, aquela que não esperava ter a recepção que teve foi a “Às voltas”. Pensei que a malta ia olhar para ela como um interlúdio, um brindezinho como o skit. Acabou por ser o oposto e isso deu-me confiança para fazer a seguir o que já andava a magicar há muito. Há outras coisas de que eu não estava à espera e que acabaram por ser realizações pessoais, como ter malta como o Keso e o Maze a passarem músicas minhas e a falarem do EP. A postura optimista, esotérica e consciente do Maze foi-me marcando ao longo de anos e, por conseguinte, marcou este EP; o lirismo, o sarcasmo, a musicalidade e a riqueza das letras do Keso (o KSX2016 coincidiu com o processo de escrita de algumas músicas e isso foi muito importante, pois serviu como lembrete para não deixar a minha identidade sucumbir a algo mais apetecível nos dias que correm.)

Como é que te irás apresentar no Plano B? 

O concerto em si ainda não está fechado, mas tudo indica que seremos três pessoas em palco: eu, o Kass e o DJ SirCyber. Ainda estamos a trabalhar a dinâmica entre nós e a explorar pequenos detalhes que possam marcar o concerto.

O que é que esperas do concerto? Serão só músicas do EP ou existem surpresas preparadas?

Idealmente, espero casa cheia (risos). Pelo que aprendi até agora com os poucos concertos que dei, para mim, o mais importante é a malta sair do espectáculo com dois ou três momentos marcantes e a vontade de experimentar de novo o que ali se passou, sendo muita ou pouca gente. E com a malta que temos no cartaz acho que isso é possível – os G-821, por exemplo, sabem como mandar uma casa abaixo.

Sim, serão só músicas do EP. Gostava de apresentar algumas que ficaram de fora, mas o tempo não me permitiu fazê-lo com garantia de qualidade. Talvez aconteça no próximo…Mas tirando isso, temos pelo menos uma surpresa para a malta que aparecer – durante o concerto iremos estrear um vídeo animado para o skit “Azeitonas”.

 


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