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Publicado a: 15/11/2017

A revista Forbes aposta em Kendrick Lamar para 2018

Publicado a: 15/11/2017

[FOTO] Direitos Reservados

No próximo dia 12 de Dezembro chegará às bancas o novo número da centenária revista Forbes, uma espécie de bíblia das maiores fortunas e dos mais poderosos do planeta. Numa das capas de um número especial com o título 30 Under 30 estará Kendrick Lamar, o rapper de Compton, Los Angeles, que este ano editou o aclamado DAMN..

“Ele buscou inspiração no ambiente que o rodeava para um tipo de empreendimento completamente diferente”, escreve o jornalista Zackey O’Malley Greenburg: “uma parceria de 2014 com a Reebok permitiu-lhe criar um par de sneakers com a sua assinatura – um vermelho e outro azul, um símbolo da coexistência pacífica dos notórios gangues Crips e Bloods”

“Em qualquer tipo de negócio exterior à arte e à cultura e ao hip hop, eu tenho que ter completo controle criativo”, explica depois Kendrick Lamar, que, sublinha a revista, já conquistou 7 Grammys. “E ao ter esse controle, eu sempre quis ter algo que representasse mais do que apenas uma etiqueta com um preço”. O jornalista faz depois notar que o rapper já amealhou perto de 80 milhões de dólares, incluindo 30 só em 2017, o seu melhor ano, para o qual contribuiu um novo acordo assinado com a Nike no passado Verão.

 



A peça da Forbes inclui uma entrevista realizada em frente de uma audiência de alguns milhares de pessoas no 30 Under 30 Summit, um encontro em que a revista discute o futuro com figuras destacadas de 20 diferentes áreas incluindo o Gaming, os Media, a Energia, Desporto, Saúde, Ciência, Educação, Finanças e diversas outras áreas do sector financeiro e económico e, claro, a Música.

Há mais rappers e outras figuras do universo hip hop e r&b que merecem destaque na lista das 30 personalidades com menos de 30 anos que serão importantes, de acordo com a Forbes, em 2018: Cardi B (25 anos); Playboi Carti (22 anos); Will Dzombak (o manager de Wiz Khalifa, que tem 29 anos); H.E.R. (20 anos); Khalid (19 anos); JaQuel Knight (coreógrafo de Beyoncé, que conta 28 anos); Kesha Lee (a engenheira de som que assinou faixas multi-platinadas de Young Thug, Migos ou Pharrell e que conta 29 anos); Lil Uzi Vert (23 anos); Lizzo (29 anos); os Migos de Quavo e Offset (ambos com 26 anos) e Takeoff (23 anos); Phil Quist (agente de artistas omo Young Thug e Fetty Wap, om 29 anos); Travis Scott (26 anos); SZA (28 anos); Wondagurl (a produtora de temas de Jay-Z, Drake, Rihanna ou Big Sean que conta apenas 21 anos); Young M.A. (25 anos); Young Thug (26 anos); Chris Zarou (manager do rapper Logic, que tem 28 anos). O hip hop e r&b representam mais de metade da lista de 30 personalidades destacadas pela Forbes, mais um sinal claro da força inegável que estes géneros continuam a representar no presente.

 



Kendrick Lamar é a figura em destaque na música e merece uma das capas que chegarão às bancas no próximo dia 12 de Dezembro. Irónico que isso aconteça depois da Forbes ter dedicado a capa do seu número actual a Donald Trump. A peça de Zack O’Malley faz notar que o rapper, que amealha mais de um milhão de dólares por concerto agora, já visitou a Casa Branca por duas vezes, mas que tão cedo não deverá voltar a fazê-lo.

Na entrevista – que já pode ser lida online – Kendrick explica que se apaixonou pelo hip hop aos 4 anos, fala sobre a importância que Top Dawg teve logo no início da sua carreira, tendo-lhe dado a primeira oportunidade de entrar num estúdio, mas também sobre a inspiração de figuras como Snoop, Dr. Dre, dos N.W.A., Tupac ou Kurupt. K-dot também aborda o seu lado de homem de negócios, fala da nova ligação à Nike e concorda quando o jornalista descreve a sua atitude de responsabilidade que equilibra a sua capacidade de ganhar dinheiro com uma óbvia dedicação à comunidade como “capitalismo consciente” – “é uma boa expressão”, concede o rapper. O homem de DAMN. também não foge a uma questão sobre os chamados mumble rappers, concorda que há espaço para diferentes sensibilidades dentro do rap, para a evolução do género, mas ataca os artistas que desvalorizam o passado e os pioneiros: “ao fim do dia, podem continuar a ser quem são, mas é importante respeitar o que nos trouxe até aqui, é assim que se continua a evoluir”, garante.

Kendrick não aborda apenas os triunfos e fala também dos seus erros e falhas, oferece a sua perspectiva sobre a revolução do streaming, fala sobre a importância dos anos 90 na sua formação artística, relembra a grandiosidade de Barack Obama – “Big Barack”, como lhe chama -, responde a uma questão de um dos membros do elenco de Hamilton, e deixa conselhos aos empreendedores do futuro: “acabo sempre a pensar na palavra ‘falhar'”, explica o rapper que acredita que as suas falhas podem inspirar outros a superarem obstáculos.

 


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