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Publicado a: 25/11/2015

Pedro, O Mau coloca BIANCA 2010 no catálogo da Internet Bravo

Publicado a: 25/11/2015

[TEXTO] Gonçalo Oliveira

Pedro, O Mau é um dos nomes grandes a surgir na produção do hip hop nacional, revelando também grandes aptidões para outros ramos da electrónica, sempre com uma conotação experimental. Temos acompanhado de perto a sua caminhada enquanto VULTO., que em pouco mais de um ano vê a sua biblioteca do Bandcamp recheada com dezassete edições entre singles, remisturas, álbuns ou EPs, entre os quais se destacam AS IRMÃS REUNEMBUSTOSURREALISMO XPTO e MARCHA. Este último trabalho, realizado em parceria com Secta, mereceu mesmo espaço de critica aqui no Rimas e Batidas. Há ainda MAPAMUNDO, uma aventura que une produções de Pedro, O Mau e a voz de Íris Rebelo, responsável também pelo vídeo do tema “TROMPETE PARTIDO”, disponível na página da net label Internet Bravo que é também o selo escolhido para editar este novo álbum.

Mais do que simples beats, cada faixa é um episódio das viagens que a cabeça de Pedro efectua. Já que o seu corpo não o pode acompanhar, limita-se apenas a transcrever todas essas ideias e experiências para um software que lhe ofereça a total liberdade de modular e criar os sons com que fantasia. Pedro, O Mau é o escape para uma vida paralela. O lado onde o mesmo se diz sentir mais livre e despreocupado em seguir seja que tendência sonora for. E é aqui que encontramos a grande diferença para com os restantes projectos. “Acho que é a verdadeira exploração, a nível pessoal, das melodias distorcidas que habitam no meu cérebro Que em VULTO. nunca vêm ao de cima porque o trabalho é muito mais objectivo”, diz-nos o produtor. “Ou seja, não estou a trabalhar para alguém, estou a trabalhar para mim.”

BIANCA 2010 é um trabalho que tem sido desenvolvido nos últimos dois anos e faz regressar Pedro, O Mau a um longa-duração disponibilizado pela Internet Bravo. Um trabalho a solo que conta apenas com a intervenção de Die Von Brau numa ocasião. Instrumentais fundamentados pela teoria do hip hop mas que, na prática, vão para terrenos ainda mais além, explorando a sujidade digital do glitch, colocando todo o trabalho na órbita da música electrónica experimental.

 

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